Vários milhares de pessoas saíram este domingo à rua em Berlim e Bruxelas para se manifestarem contra o antissemitismo, os ataques israelitas em Gaza e em apoio a Israel.
O primeiro protesto, contra o antissemitismo, juntou cerca de 3.200 pessoas, em Berlim.
Na rede social X, o chanceler alemão Olaf Scholz escreveu ser “necessário levantar a voz contra o antissemitismo, o racismo, o ódio e a incitação”.
Es ist absolut notwendig, unsere Stimme zu erheben gegen Antisemitismus, gegen Rassismus, Hass und Hetze. #NieWiederIstJetzt – das ist das wichtige Zeichen, das heute von den Vielen am Brandenburger Tor ausgeht! Je mehr Stimmen laut werden, desto wirksamer sind wir.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) December 10, 2023
Os manifestantes deslocaram-se desde o parque Tiergarten até ao Portão de Brandemburgo, muitos deles com bandeiras de Israel.
“Os judeus têm medo e sentem-se abandonados. Este sentimento não é apenas produto do ódio, mas também do silêncio e da indiferença“, defendeu a presidente da câmara baixa do parlamento, Bärbel Bas, que também participou na manifestação.
No Centro de Berlim decorreu também uma marcha sob o lema “Solidariedade com a Palestina, sem armas para o genocídio”, que juntou cerca de 2.500 pessoas.
Os manifestantes, muitos deles com bandeiras e lenços palestinianos, pediram o fim do apoio alemão à ofensiva israelita.
Também neste domingo, uma manifestação contra o antissemitismo juntou perto de 4.000 pessoas em Bruxelas, segundo dados da Polícia belga.
A manifestação passou por locais como o Museu Judaico ou a Grande Sinagoga de Bruxelas.
Os manifestantes carregavam bandeiras belgas e cartazes, nos quais se podiam ler frases de ordem como “Não é preciso ser judeu para lutar contra o antissemitismo” e “Alegria judaica é resistência”.
O ministro da Justiça belga, Paul Van Tigchelt, garantiu este domingo que os atos de antissemitismo serão combatidos em todas as frentes.
“Os manifestantes têm razão em chamar à atenção para esta questão. Não podemos aceitar que os nossos concidadãos tenham medo de sair de casa”, referiu, citado pela agência EFE.