Carlos César reagiu com algum incómodo e ironia ao aproveitamento político que considera ter sido feito do prefácio do livro de José Luís Carneiro que escreveu há dois anos. O presidente do PS e apoiante Pedro Nuno Santos escreveu, na sua página no Facebook, que a candidatura do ministro da Administração Interna pretendeu “retirar vantagem do prefácio ‘radicalmente‘ elogioso”, mesmo que o escolhido para apresentar esse “ato de encerramento de campanha” tenha sido “Augusto Santos Silva, na sua condição de moderado”.

Parte da mensagem interno da candidatura de José Luís Carneiro tem sido feito em torno de provar que o governante é “moderado” por oposição ao “radical” Pedro Nuno Santos. Daí a ironia de Carlos César. O presidente do PS revela que José Luís Carneiro lhe tinha comunicado “há poucos dias” que ia lançar o livro “com depoimentos seus sobretudo do período em que liderou o aparelho partidário.”

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Carlos César acrescenta, na mesma publicação, que “há duas coisas” em que tem “certezas nestas eleições para a liderança do PS: uma, é que Pedro Nuno e José Luís são dois excelentes candidatos e representantes do PS”. A outra, acrescenta, “é que Pedro Nuno Santos é ainda melhor do que José Luís Carneiro. Aliás, tem-no demonstrado sobejamente.” E, voltando a recorrer à ironia, conclui: “Imagine-se, então, o que eu diria de elogioso se prefaciasse um livro do Pedro Nuno!”

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