O Chega/Açores vai concorrer a todos os círculos eleitorais nas regionais antecipadas de 4 de fevereiro, apresentando o atual deputado José Pacheco como cabeça de lista por São Miguel, tendo como objetivo “crescer até aos seis ou sete deputados”.

“Temos um objetivo de crescer até aos seis, sete deputados nos Açores e trabalhar em prol dos açorianos, como fizemos estes três anos, pois não é só ter votos e ter deputados”, afirmou José Pacheco, que será também o primeiro candidato pelo Círculo Regional de Compensação (que reúne os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos nove círculos de ilha).

O presidente do Chega/Açores falava em declarações à agência Lusa após a entrega, no Tribunal de Ponta Delgada, da lista de candidatos a deputados pelo círculo eleitoral de São Miguel.

O líder regional do Chega garantiu que o partido “está a trabalhar” para apresentar “boas propostas” ao eleitorado, acrescentando que o manifesto eleitoral está a ser ultimado e já tem “80 e muitas páginas, abrangendo todas as áreas”, contando com “contributos da sociedade civil”.

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“A candidatura de qualquer partido é sempre vencer as eleições. Aqui nos Açores queremos reforçar a posição de terceira força política e, logo que possível, passarmos a ser a segunda força”, sublinhou José Pacheco.

Em declarações à Lusa, o dirigente regional do Chega disse que “o slogan do partido tem sido sempre ser a voz do povo”.

“Vamos levar ao eleitorado sempre uma mensagem de esperança. Não vamos discutir pessoas, ao contrário de outros que nos têm insultado. Vamos dar uma mensagem de esperança e fiscalidade da governação dos Açores como fizemos até agora. E vamos continuar a fazer este trabalho sem medo, com coragem sempre”, sustentou.

José Pacheco criticou “o compadrio vergonhoso nos Açores”, alegando que existe no arquipélago “uma ditadura fofinha”.

“Vamos estar muito atentos aos anseios das pessoas, como fizemos nestes três anos, e a partir daí fazer o nosso trabalho no parlamento. Não vamos trabalhar dentro da bolha do sistema. Vamos combater este compadrio que é vergonhoso nos Açores. E quem esteve a fazer listas sabe o quanto isto é vergonhoso, porque as pessoas simplesmente têm medo de dar a cara”.

Segundo José Pacheco, “quase 50 anos depois da democracia em Portugal, e da Autonomia nos Açores, ainda existem pessoas que têm legitimamente receio de fazerem parte de uma lista, seja do Chega, seja do que for”.

“Neste caso é do Chega, porque são perseguidas, têm medo de represálias e isto é inadmissível”, denunciou ainda.

Além de José Pacheco, o Chega apresenta, também, como candidatos às eleições regionais antecipadas de 4 fevereiro: Dimas Costa (Santa Maria), Francisco Lima (Terceira), Francisco Dutra (Pico), Liliana Pereira (Faial), Valdemar Furtado (São Jorge), Bruno Costa (Graciosa), José Paulo Sousa (Flores) e Luís Franco (Corvo).

Os Açores vão a votos em 4 de fevereiro de 2024, após a dissolução da Assembleia Legislativa Regional pelo Presidente da República, devido ao chumbo do Orçamento para o próximo ano.

Para as eleições regionais açorianas já foram anunciadas as candidaturas das coligações PSD/CDS/PPM, que governou as ilhas nos últimos três anos, e CDU (PCP/PEV), bem como de seis partidos: PS, Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Chega, Bloco de Esquerda (BE), Juntos pelo Povo (JPP), Iniciativa Liberal (IL).