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O líder da Organização Mundial da Saúde (OMS) insistiu esta quarta-feira que a população na Faixa de Gaza está a correr “grande perigo”, sublinhando que a fome e o desespero estão a piorar no enclave palestiniano devastado pela guerra.
Tedros Adhanom Ghebreyesus apelou à comunidade internacional para que tome “medidas urgentes para aliviar o grave perigo que o povo de Gaza enfrenta e compromete a capacidade dos humanitários de ajudar uma população que sofre ferimentos terríveis, fome aguda e sério risco de doença”.
Num comunicado divulgado esta quarta-feira, a organização da Organização Mundial da Saúde sublinhou que a sua equipa no terreno relatou, na terça-feira, uma necessidade de alimentos que “continua a ser aguda” em toda a Faixa de Gaza, alvo de ofensivas pelas forças israelitas desde o ataque sem precedentes do Hamas a Israel, a 7 de outubro.
“Pessoas famintas bloquearam a nossa caravana na esperança de encontrar comida”, sublinhou a Organização Mundial da Saúde.
Esta agência adiantou também que conseguiu entregar equipamento a dois hospitais na terça-feira, no norte e no sul do território, enquanto 21 dos 36 hospitais da Faixa de Gaza já não funcionam.
“A capacidade da Organização Mundial da Saúde de fornecer medicamentos, suprimentos médicos e combustível aos hospitais é cada vez mais limitada pela fome e pelo desespero das pessoas que entram e saem dos hospitais”, alertou.
“A segurança das nossas equipas e a continuação das operações dependem da entrega imediata de mais alimentos a Gaza”, sublinhou Tedros.
A resolução adotada na semana passada no Conselho de Segurança da Organização Mundial da Saúde , que apelou à entrega imediata e em grande escala de ajuda humanitária a Gaza, “aumentou a esperança” de melhorias, apontou ainda o líder da Organização Mundial da Saúde.
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“No entanto, as conclusões da Organização Mundial da Saúde no terreno mostram que a resolução tragicamente não teve qualquer efeito nesta fase”, acrescentou.
Tedros Adhanom Ghebreyesus lembrou que é necessário “urgentemente e imediatamente” um cessar-fogo para “poupar os civis da violência contínua e iniciar o longo caminho para a paz e a reconstrução”.