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O ministro da Defesa da Bielorrússia disse esta terça-feira que o país, forte aliado da Rússia, vai apresentar uma nova doutrina militar que, pela primeira vez, prevê a utilização de armas nucleares.

No ano passado, a Rússia enviou armas nucleares táticas para serem estacionadas na Bielorrússia, embora não haja pormenores sobre quantas. Moscovo afirmou que manterá o controlo sobre essas armas, que se destinam a ser utilizadas no campo de batalha e que têm alcances curtos e rendimentos comparativamente baixos.

Não foi esclarecido de que forma é que a nova doutrina poderá ser aplicada às armas russas.

“Comunicamos claramente a opinião da Bielorrússia sobre a utilização de armas nucleares táticas estacionadas no nosso território”, disse o ministro da Defesa, Viktor Khrenin, numa reunião do Conselho de Segurança da Bielorrússia, citado pela agência Associated Press.

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“Surgiu um novo capítulo, em que definimos claramente as nossas obrigações para com os nossos aliados”, afirmou.

A doutrina deverá ser apresentada para aprovação à Assembleia Popular de toda a Bielorrússia, um órgão representativo que funciona na Bielorrússia em paralelo com o parlamento.

A Rússia utilizou o território da Bielorrússia como plataforma para invadir a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e tem mantido as suas bases militares e armas no país, embora as tropas bielorrussas não tenham participado na guerra.

O secretário do Conselho de Segurança, Alexander Volfovich, afirmou que a instalação de armas nucleares russas na Bielorrússia se destina a dissuadir a agressão da Polónia, membro da NATO.

“Infelizmente, declarações dos nossos vizinhos, em particular da Polónia (…) obrigaram-nos a reforçar” a doutrina militar, disse.