O Senado dos EUA deu este domingo um passo crucial para adotar um pacote de ajuda de 95 mil milhões de dólares para a Ucrânia, Israel e Taiwan, que está parado há meses no Congresso.
Ao reunir 67 votos para esta votação processual, o Senado indica que tem os votos necessários para aprovar este pacote de 88 mil milhões de euros numa data posterior ainda não determinada, embora vá enfrentar uma forte oposição dos membros republicanos da Câmara dos Representantes, noticia a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).
A Ucrânia está perigosamente com as reservas em baixo, se a América não enviar ajuda à Ucrânia com este projeto de lei de segurança nacional, [o Presidente russo Vladimir] Putin tem todas as hipóteses de ser bem sucedido”, avisou o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, antes da votação.
Quase dois anos após o início da invasão russa, os representantes eleitos dos Estados Unidos, o principal apoiante militar da Ucrânia, não conseguem chegar a acordo sobre a aprovação de novos fundos.
A grande maioria dos democratas é a favor, mas os republicanos, por outro lado, dividem-se entre os intervencionistas pró-Ucrânia e os apoiantes de Donald Trump, muito mais isolacionistas.
O pacote inclui fundos para a luta de Israel contra o Hamas e para um aliado estratégico dos Estados Unidos, Taiwan, com cerca de 14 mil milhões de dólares, o equivalente a quase 13 mil milhões de euros.
A maior parte, de 60 mil milhões de dólares que correspondem a 55,6 mil milhões de euros, ajudará a Ucrânia a reabastecer os stocks de munições, armas e outras necessidades essenciais, numa altura em que o país entra no terceiro ano de guerra.
A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.