Siga aqui o nosso liveblog sobre a guerra na Ucrânia.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou este domingo, em Kiev, a excluir a possibilidade de negociações com o homólogo russo até que Vladimir Putin aceite a sua derrota na guerra.
A declaração de Zelensky foi feita em conferência de imprensa, numa altura em que o conflito gerado pela invasão russa da Ucrânia entra no seu terceiro ano.
“É possível falar com uma pessoa surda? É possível falar com uma pessoa que mata os seus oponentes?”, disse Zelensky, ao ser questionado sobre a possibilidade de procurar uma saída negociada para a guerra.
O Presidente ucraniano insistiu na sua “Fórmula de Paz” – um documento que exige, entre outros, a retirada das tropas russas de todo o território ucraniano – como o único quadro de negociação possível.
“Vamos oferecer-lhe [a Putin] uma forma de aceitar que perdeu a guerra e que esta foi um grande erro”, disse Zelensky, que pretende realizar uma cimeira internacional na Suíça, na primavera, para conseguir que o maior número possível de países apoie a “Fórmula de Paz”.
O chefe de Estado explicou que, uma vez obtido o apoio destes países, o documento será apresentado a Putin, tal como foi feito com o acordo sobre os cereais patrocinado pela Turquia e pelas Nações Unidas.
Putin concordou, entre julho de 2022 e julho de 2023, em permitir o trânsito de cereais através do mar Negro, a partir dos portos ucranianos, em troca do levantamento das sanções impostas ao setor agrícola ucraniano.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa na que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
O conflito, que entra agora no terceiro ano, provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número exato por determinar de vítimas civis e militares.