O presidente do Alternativa Democrática Nacional (ADN) recusou esta quinta-feira qualquer confusão da sigla do partido com a da Aliança Democrática (AD), considerando que o povo português “não é burro”.

Bruno Fialho respondeu, em declarações à Lusa, ao apelo do líder da AD, Luís Montenegro, feito há dois dias, para que quem for votar em 10 de março tenha em atenção a sigla que reúne PSD, CDS-PP e PPM.

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Durante 50 anos não houve confusão entre PS e PSD, que também só têm uma letra de diferente. Acho que não era isto que Luís Montenegro queria dizer porque os portugueses não são burros (…). Tentar diminuir o que o ADN está a fazer e fez durante dois anos, a nossa resiliência, para um troca de letras é chamar burros aos portugueses e, se foi essa a intenção, é péssimo. Se não foi e é apenas medo do que o ADN pode fazer entrando na Assembleia da República pois, olhe, é como diz aquele senhor que felizmente se demitiu, habituem-se”, acrescentou.

O dirigente comentou também a percentagem que algumas sondagens dão ao seu partido (1%). Bruno Fialho insistiu na credibilidade da sondagem, afirmando que “mesmo que não estivesse materializado, hoje em dia já está porque o ADN é falada por todo o Portugal” e que, “finalmente as pessoas conseguiram perceber a mensagem do partido”.

Com início da arruada agendado para as 16h, a comitiva do ADN foi recebida pela chuva, facto que Bruno Fialho aproveitou para falar da “fraude climática” e dos “psicopatas do clima que, inclusive, agridem candidatos às eleições”, defendendo que “os jovens não podem continuar a ser enganados por uma fraude climática que só serve para taxar [a população] de impostos”.

Assumindo-se como um partido humanista, o líder da ADN afirmou que “eleger um deputado agora será perfeito, mas que mais tarde ou mais cedo vai acontecer”, não escondendo que conta com o apoio dos cidadãos brasileiros que já podem votar em Portugal e que apoiam Jair Bolsonaro [anterior Presidente do Brasil] assim como dos evangélicos.

“Se eles considerarem que o ADN é o seu partido eu conto com os votos deles”, afirmou Bruno Fialho, que admitiu “identificar-se com algumas políticas de Bolsonaro, nomeadamente na questão económica que, como se vê com o desempenho do Lula [da Silva], o Brasil está quase a ir outra vez para a ruína”., assim como no caso dos evangélicos: “também conto, são cristãos”, disse.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República. A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.