A líder do PAN saiu de Belém a dizer que lamenta que “as reuniões estejam a decorrer” sem que os resultados dos círculos externos “sejam conhecidos”, uma vez que ainda há um “potencial empate técnico entre PS e PSD.” Inês Sousa Real foi a primeira líder partidária a ser recebida em Belém, numa série de audições que o Presidente está a fazer por ordem crescente de votos até dia 20 de março antes de indigitar um novo primeiro-ministro.

Sobre soluções de governação, Sousa Real lembra que “o PAN já deixou claro que há valores que representa e que são irrenunciáveis” e que, nesse sentido, manifestou ao chefe de Estado “preocupação com a estabilidade da governação” poder eventualmente ferir esses valores.

A porta-voz do PAN reiterou que ainda não se sabe “quem está em condições de formar Governo, pese embora Pedro Nuno Santos já tenha felicitado Luís Montenegro”. Sousa Real quer por isso “aguardar quer pela reunião da Comissão Política Nacional, quer por aquele que possa ser o resultado do ponto de vista da governação”.

A líder do PAN diz, no entanto, que “matematicamente” não cabe ao PAN “a responsabilidade de aguentar o Governo”, uma vez que só tem uma deputada única. No entanto, “num hipotético cenário em que não haja qualquer tipo de coligação com o Chega e em que matematicamente todos os partidos sejam necessários, deixamos claro que não queremos ter qualquer retrocesso no país.”

Sousa Real disse ainda que tendo em conta o “ideário”, considera “difícil que a AD se aproxime dos valores do PAN”. E acrescenta que os portugueses escolheram o PAN para ser “partido de oposição.”

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