O vice-presidente da refinaria de petróleo russa Lukoil, Robertus Vitaly Vladimirovich, morreu “subitamente” aos 54 anos, revela um comunicado publicado esta quarta-feira no site da empresa, que é a segunda maior na Rússia, apenas atrás da Gazprom. As causas da morte não foram detalhadas.
Este é o quarto dirigente da Lukoil a morrer em circunstâncias suspeitas, pelo menos desde o início da invasão russa à Ucrânia.
Em maio de 2022, o antigo presidente da Lukoil, Alexander Subbotin, morreu aos 43 anos após ter alegadamente ser tratado com veneno de sapo para curar uma ressaca. O homem terá sido sujeito, detalhou a imprensa russa, a um tratamento alegadamente aplicado por dois xamãs.
Quatro meses depois, o também vice-presidente da Lukoil e presidente do Conselho de Administração da empresa, Ravil Maganov, morreu após ter caído de uma janela do sexto andar no hospital em que estava internado em Moscovo, após ter supostamente sofrido um ataque cardíaco.
Em outubro de 2023, o presidente da Lukoil na altura, Vladimir Nekrasov, morreu também “subitamente” alegadamente de insuficiência cardíaca.
Robertus Vitaly Vladimirovich é, assim, o quarto nome ligado à administração da petrolífera a morrer “subitamente” e em circunstâncias estranhas.
No comunicado publicado esta quarta-feira, a Lukoil recorda o ex-vice-presidente como um “líder talentoso, uma pessoa versátil e um camarada simpático”. Tendo começado a trabalhar para a Lukoil logo após ter saído da universidade de economia, Robertus Vitaly Vladimirovich foi subindo na empresa.
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“Ao longo de 30 anos de trabalho na Lukoil, ele ganhou o respeito dos seus colegas não só na empresa, como também em toda a indústria. Ele ganhou um prémio estatal pelo seu sucesso no desenvolvimento do complexo energético doméstico”, lê-se ainda no comunicado.
De recordar que o conselho de administração da Lukoil se opôs a guerra na Ucrânia. Num comunicado lançado a 3 de março de 2022, a empresa mostrava “preocupação” pelos “trágicos eventos na Ucrânia”, pedindo igualmente o fim das hostilidades através de “meios diplomáticos”.