A empresa chinesa ByteDance, criadora do TikTok, planeia regressar à indústria dos videojogos, poucos meses depois de ter recuado, perante o receio de uma proibição da aplicação de vídeos curtos nos Estados Unidos.

De acordo com uma circular interna divulgada pelo portal de notícias económicas Caixin, a ByteDance vai acompanhar o desenvolvimento do setor e continuar a “explorar” os negócios de videojogos, um segmento para o qual vai nomear o seu antigo chefe de recursos humanos.

Em novembro, a empresa tecnológica decidiu anular todos os projetos da sua divisão de videojogos Nuverse e vender os direitos e as operações dos títulos mais rentáveis a outras empresas.

No entanto, a possível proibição do TikTok nos EUA — o projeto de lei foi aprovado na Câmara dos Representantes, mas ainda tem de passar pelo Senado antes de o Presidente Joe Biden o poder assinar como lei – fez com que a empresa mudasse de ideias.

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Congresso dos EUA aprova projeto de lei que pode banir TikTok do país

O projeto de lei, que foi aprovado com 352 votos a favor e 65 contra na câmara baixa do parlamento norte-americano, exige que a ByteDance se desfaça do TikTok para evitar a proibição da plataforma de vídeos curtos nos Estados Unidos, entre acusações de que constitui uma ameaça à segurança nacional devido à possibilidade de o Governo chinês aceder aos dados dos utilizadores e poder influenciar eleições.

China diz que repressão contra Tiktok é um tiro que vai sair pela culatra aos EUA

O diretor executivo do TikTok, Shou Zi Chew, manifestou na quinta-feira deceção com o possível veto, enquanto as autoridades chinesas — que proíbem a utilização de serviços norte-americanos como o Google, Facebook, Instagram, X, WhatsApp ou YouTube no seu território — classificaram-no como um “ato de injustiça” e um pretexto para “oprimir empresas estrangeiras de sucesso”.