A Jerónimo Martins criou uma Fundação, com dotação de 40 milhões de euros e propôs aos acionistas que parte dos seus lucros anuais passem a ser-lhe atribuídos, anunciou, num comunicado.

Assim, o grupo referiu que, “no âmbito da sua política de responsabilidade corporativa, e para ampliar a escala e aumentar o alcance das suas iniciativas de caráter social e de solidariedade, instituiu, no passado dia 19 de março, a Fundação Jerónimo Martins (Fundação), com uma dotação inicial de 40 milhões de euros”.

“Esta Fundação desenvolverá a sua missão junto dos colaboradores do grupo e respetivas famílias e, complementarmente, da comunidade em geral em especial em resposta a situações de vulnerabilidade socioeconómica“, destacou.

Segundo a empresa, “a sua atividade incidirá nas áreas da saúde e do bem-estar, da prevenção e erradicação da pobreza, da promoção da educação, do emprego e da formação profissional, da proteção na velhice e invalidez e do apoio à família, crianças e jovens”.

Assim, e “conforme consta do documento preparatório do ponto quarto da convocatória para a Assembleia Geral do próximo dia 18 de abril hoje (sexta-feira) publicado, o Conselho de Administração” do grupo “propõe aos seus acionistas uma alteração dos estatutos da Sociedade, de forma a prever que parte dos resultados líquidos de cada exercício (ou das reservas livres), num montante anual de até 40 milhões de euros, possa ser alocada a uma dotação para a Fundação”.

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Segundo o comunicado, “a constituição desta Fundação e os termos do seu financiamento anual, se aprovada a referida proposta, traduzem uma lógica de partilha dos lucros com as partes interessadas para além dos acionistas”.

A Jerónimo Martins explicou ainda que “seguir-se-á o necessário pedido de reconhecimento à Presidência do Conselho de Ministros, que, uma vez concedido, permitirá à Fundação iniciar a sua atividade”.

A convocatória para a assembleia-geral (AG) da Jerónimo Martins, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deu ainda conta dos restantes pontos a votar na reunião, incluindo os documentos de prestação de contas, como o relatório de gestão, as contas individuais e consolidadas, o relatório de governo societário e outros.

Os acionistas do grupo irão ainda proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade e votar na proposta de aplicação de resultados.

O grupo propôs um dividendo de 0,655 euros por ação, num total de 411,6 milhões de euros.