Acabado de ser formalmente indicado como cabeça de lista da Iniciativa Liberal às eleições europeias, João Cotrim de Figueiredo aproveitou a entrevista à CNN para criticar o Governo pela “falta de ambição” para implementar reformar no sistema fiscal, mas também na Saúde e Educação.

O Conselho Nacional dos liberais aprovou este domingo o nome de Cotrim Figueiredo, que já em novembro tinha sido apontado como a opção mais forte na Iniciativa Liberal para dar o rosto nas eleições de 9 de junho. A escolha recebeu 47 votos a favor e duas abstenções. Horas depois, o antigo presidente do partido, que recentemente deixou o seu lugar no Parlamento, apontou baterias à “falta de ímpeto reformista” do Governo de Luís Montenegro para avançar com reformas estruturais em áreas centrais. Cotrim criticou a “falta de ambição para reformar efetivamente não só o sistema fiscal mas também o sistema de saúde ou da educação”, considerando que “não há suficiente coragem e determinação para fazer reformas mais estruturais” que, defende, podem ser “impopulares no imediato” mas são “necessárias” no longo prazo.

O cabeça de lista da IL respondeu ainda a uma questão sobre a intenção do CDS de criar uma comissão para preparar as celebrações dos 25 de novembro (de que no próximo ano se assinalam, também, os 50 anos). “Concordaria sem reservas e pergunto apenas quando é a primeira reunião porque gostaria de lá estar”, disse Cotrim.

No plano europeu, e por entre “apelos enfáticos” à participação eleitoral, Cotrim de Figueiredo defende que o combate da extrema-direita se faz “tirando as razões de queixa das pessoas que votam nesses partidos, porque estão descrentes nas políticas adoptadas na união”. Cotrim — que se mostrou “favorável” ao alargamento da UE a mais países — elegeu ainda “combate à corrupção e a luta pela transparência” das instituições europeias como pontos prioritários da sua candidatura ao Parlamento Europeu. Mas a pedra de toque será, para o liberal, a promoção do “crescimento económico”.

A Iniciativa Liberal procura, nas eleições de 9 de junho, eleger o seu primeiro eurodeputado. Sem representação em Bruxelas, o cabeça da lista da IL não tem dúvidas sobre a família política europeia a que o partido pretende juntar-se, caso consiga a eleição: o Renovar Europa. Quanto a um eventual apoio a von der Leyen para um segundo mandato à frente da Comissão Europeia, Cotrim lembra que essa decisão ainda não foi tomada, precisamente, no seio do Renovar Europa, mas recorda que essa foi a opção nas últimas eleições.

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