Um grupo de ativistas pró-Palestina vandalizou, durante a madrugada deste sábado, a sede em Santarém da empresa Steconfer, especialista em infraestrutura ferroviária e com projetos em Jerusalém e que o grupo acusa de lucrar com o genocídio.
Em comunicado, o Coletivo pela Libertação da Palestina refere que “um grupo de pessoas solidárias com a resistência palestiniana” e com o movimento pintou e partiu vidros do edifício e vários veículos da empresa, tendo escrito na fachada do edifício “Steconfer lucra com o genocídio”.
“Em 2021, a Steconfer, com sede em Santarém, foi contratada para fornecer serviços na criação da via ferroviária de Jerusalém, com objetivo de expandir a linha existente e construir uma nova linha. A empresa portuguesa compromete-se também a construir novos postos de manutenção e ainda a extensão de um outro, no colonato ilegal de Giv’at Shapira, em Jerusalém Oriental”, lê-se numa publicação nas redes sociais.
Para os ativistas, este projeto “contribui ativamente para a normalização do estado colonial sionista e para a contínua anexação de terras palestinianas. Além disso, o projeto vai claramente contra o direito internacional, sendo feito em terra que a própria lei internacional considera ocupada”.
Fonte da GNR confirmou à Lusa que as autoridades foram chamadas ao local para tomar conta da ocorrência, não tendo feito quaisquer detenções, uma vez que os ativistas tinham já abandonado as instalações da empresa.
Em novembro, ativistas do Coletivo pela Libertação da Palestina, Climáximo e Greve Climática Estudantil já tinham pintado de vermelho a fachada dos escritórios da mesma empresa em Lisboa.
Além da Steconfer, os ativistas criticam ainda as “mais de 930 empresas portuguesas a exportar para Israel”, a quem apela para que “se pare de consentir com o genocídio a decorrer na Palestina”.