Assim que o contentor com diversos painéis fotovoltaicos chegou ao Porto de Sines, vindo do Panamá, foi detetado pelas autoridades nacionais que no seu interior estava escondida uma grande quantidade de cocaína. Foi a partir daí que a Polícia Judiciária montou uma mega-operação, para que os suspeitos pudessem ser detidos em flagrante e fosse localizado o local de destino da droga — já em território espanhol –, sempre em coordenação com o Cuerpo Nacional de Policia de Espanha.

Segundo a Judiciária, esta “operação de combate ao tráfico transnacional de estupefacientes, pela via marítima, permitiu desmantelar a infraestrutura de um grupo de crime organizado dedicado ao tráfico de droga, apreender cerca de 70 quilos de cocaína e deter quatro homens em Espanha”.

“A investigação realizada pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da PJ iniciou-se na sequência da identificação, por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, de um contentor que havia chegado ao Porto de Sines proveniente do Panamá, que continha diversos painéis fotovoltaicos e respetivas estruturas metálicas, nas quais foi possível detetar diversas embalagens de cocaína”, começa por explicar a PJ, clarificando como foi montado o dispositivo e o acompanhamento, sem que os suspeitos se apercebessem.

“Através das diligências efetuadas pela Polícia Judiciária, apurou-se que o contentor seria transportado para Espanha, onde a droga seria retirada. Assim, a PJ montou um dispositivo de seguimento e vigilância, após autorização da competente autoridade judiciária”, refere a Judiciária.

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E foi na sequência desse acompanhamento, feito em conjunto com Cuerpo Nacional de Policia, que foi possível presenciar “a chegada do contentor a um armazém na zona de Cáceres, em Espanha, onde foram detidos três dos suspeitos que aguardavam a chegada do contentor para retirar a droga”.

“Posteriormente, e também em Espanha, acabaria por ser detido um quarto suspeito, que as autoridades espanholas indicam como sendo o principal responsável pelo grupo criminoso desmantelado”, refere uma nota da PJ, sublinhando que “a todos os detidos foi decretada a medida de coação de prisão preventiva”.

A investigações a esta alegada rede de tráfico de droga ainda continua.