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O primeiro-ministro português e o Presidente da Ucrânia têm falado ao telefone ao longo das últimas semanas e desenharam e concluíram o acordo de cooperação e segurança bilateral que na terça-feira será assinado em Lisboa.

Esta referência ao diálogo estabelecido entre Luís Montenegro e Volodymyr Zelensky foi feita pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro, esta segunda-feira, no final do Conselho de Ministros, numa conferência de imprensa em que também acentuou que a visita do Presidente ucraniano a Lisboa estará “centrada” na sua reunião com o Governo e com o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

Além do primeiro-ministro, em Lisboa, na terça-feira, Volodymyr Zelensky terá um encontro com o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Perante os jornalistas, António Leitão Amaro considerou que a visita do chefe de Estado ucraniano “será muito importante e é mais um sinal do compromisso do Estado e do povo português, traduzido através do Governo português e, em particular, do primeiro-ministro”.

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“Ao longo das últimas semanas — algumas vezes tem sido público, outras vezes não —, o primeiro-ministro tem interagido, tem falado ao telefone com o Presidente ucraniano. Nesse diálogo entre o Presidente ucraniano e o primeiro-ministro, foi desenhado, acordado, o acordo de cooperação e segurança que será assinado durante a visita” de Volodymyr Zelensky, adiantou o ministro da Presidência.

António Leitão Amaro reforçou que o Presidente da Ucrânia, em Lisboa, vai encontrar-se com “várias entidades”.

“Mas é sobretudo centrada na sua presença em Lisboa (…) com o primeiro-ministro e o Governo. Este acordo vai reforçar o apoio português. Um apoio humanitário, politico, mas também de segurança e defesa. Materializa-se num esforço do povo português de que o Governo é o representante”, disse.

Em Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse esta segunda-feira que o acordo que vai ser assinado na terça-feira na presença do Presidente da Ucrânia sistematiza todo o apoio prestado nos últimos dois anos e abrange os próximos dez.

Rangel diz que acordo bilateral com a Ucrânia continua a ser trabalhado

“Foi concluído, há cerca de três semanas, o acordo político entre Portugal e a Ucrânia que é um acordo bilateral em todas as áreas em que cooperámos nestes dois anos”, disse Paulo Rangel em Bruxelas, no âmbito de uma reunião ministerial.

O acordo, assinado por ocasião da visita do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, inclui a “assistência humanitária, financeira, militar, política” no que diz respeito ao processo de integração na União Europeia.

“Recolhe todas as dimensões em que trabalhámos, mas de uma forma sistematizada e com um horizonte de dez anos”, acrescentou.

Segundo uma nota divulgada simultaneamente pelo gabinete do primeiro-ministro e pela Presidência da República, “a visita de trabalho do Presidente Zelensky insere-se na intenção partilhada de aprofundar as excelentes relações entre os dois estados, com enfoque particular no reforço da cooperação no domínio da segurança e defesa”.

“Durante a estadia, o Presidente da Ucrânia terá reuniões de trabalho com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e será recebido pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa”, acrescenta-se no texto.

De acordo com a mesma nota conjunta, esta visita de Zelensky a Portugal “será ainda oportunidade para reiterar o compromisso de Portugal para com a soberania e integridade territorial da Ucrânia, bem como com a manutenção do apoio político, militar, financeiro e humanitário a Kiev”.

Em agosto do ano passado, Marcelo Rebelo de Sousa realizou uma visita de dois dias à Ucrânia, a convite do Presidente Volodymyr Zelensky, por ocasião do 32.º aniversário da independência deste país.

Marcelo já chegou a Kiev para encontro com Zelensky. Leva três objetivos na bagagem e Pacheco Pereira e João Soares na comitiva

Nessa visita, o chefe de Estado português passou por Kiev, Bucha, Moshchun, Irpin e Horenka, em sinal de apoio aos ucranianos na guerra em defesa contra a invasão pela Federação Russa iniciada em fevereiro de 2022.