Foi detido, em França, um suspeito pertencente a uma organização criminosa que se dedicava à prática de burlas com criptomoedas e que terá lesado várias vítimas portuguesas em cerca de um milhão de euros. Segundo a Polícia Judiciária (PJ), que liderou uma operação internacional, juntamente com a Polizia di Stato de Itália, em causa estava o método clássico de fraude “Rip Deal”, com recurso à utilização de criptomoedas e de várias aplicações.

A operação “TRUST”, contou com o apoio da EUROPOL, foi desenvolvida em Itália, França e Roménia, tendo sido realizadas várias buscas domiciliárias que conduziram à detenção do suspeito, bem como à apreensão de bens materiais de elevado valor monetário e de um acervo de bases de dados que permitirão determinar a total abrangência dos factos.

Como explica a PJ, a atividade criminosa era desenvolvida por vários elementos plurilocalizados, em duas etapas distintas. “Numa primeira fase, os suspeitos atraíam as vítimas interessadas em investir ou vender propriedades fingindo pertencer a um fundo de investimento internacional e ganhando a sua confiança para, no momento do pagamento, furtar os criptoativos”, esclarece.

Numa fase seguinte, outros elementos do grupo, sobretudo suspeitos originários do continente asiático e viver em Itália, “eram responsáveis por branquear os rendimentos provenientes de atividades ilícitas, através de movimentos intrincados de criptoativos, criando um labirinto difícil de rastrear”.

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Em Portugal, a investigação foi conduzida pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ. A investigação permitiu detetar vítimas em vários países europeus como a Áustria, Itália, Espanha, Roménia e Suíça.

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