Chegou a Paris como underdog. Regressa aos Estados Unidos como campeão olímpico. Nos 400 metros, Quincy Hall deu um grande exemplo de superação e, depois de não ter começado bem, recuperou nos últimos metros, ultrapassou Matthew Hudson-Smith e conquistou a vitória. Para além disso, bateu o seu recorde pessoal, baixando dos 44 segundos: 43,40.

Quincy Hall começou o seu percurso no desporto na Raytown South High School, no Missouri, onde teve contacto com o atletismo, o futebol americano e a luta livre. O atleta vem de uma família de corredores, já que Milton e Breanna, seus irmãos, também competem. Em 2016, sagrou-se campeão estadual dos 400 metros, batendo o recorde escolar do estado do Missouri. Já na College of the Sequoias, na Califórnia, venceu as provas estaduais dos 400m e 400m barreiras e da estafeta 4x400m.

No ano seguinte esteve presente no Campeonato Pan-Americano de sub-20, no Peru, onde venceu os 400m barreiras, com direito a novo recorde do campeonato (49,02 segundos). Já como estudante na Universidade da Carolina do Sul, onde tirou sociologia, Hall ganhou o campeonato norte-americano universitário ao ar-livre, nos 400m barreiras. Nesse ano também conquistou o ouro na mesma especialidade no campeonato da América do Norte, Central e Caraíbas de sub-23.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

[Já saiu o segundo episódio de “Um rei na boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no YouTube. Também pode ouvir aqui o primeiro episódio. ]

Em 2022, na Prefontaine Classis, em Eugene, o atleta reduziu o seu recorde pessoal nos 400m barreiras para os 48,10 segundos. Nesse ano, ganhou o ouro na estafeta mista de 4x400m e na estafeta de 4x400m no campeonato das Américas. Em 2023, Hall conquistou o bronze nos 400m nos Mundiais de Budapeste, com novo recorde pessoal (44,37).

Em entrevista ao Visalia Times-Delta, o agora campeão olímpico revelou que a sua grande inspiração é a mãe. “Ela quer sempre que eu faça o bem. E é nisso que sou bom. Ela quer  ver-me destacar nisso. Eu divirto-me a fazer isto. Ela motiva-me mais. Quando corro, prefiro correr do que trabalhar”, partilhou, contando ainda que, quando tinha cinco anos, a mãe apresentou-lhe o atletismo num evento… religioso.