O chef de cozinha espanhol Daniel Sancho, filho do célebre ator espanhol Rodolfo Sancho, foi condenado a prisão perpétua na Tailândia, por matar e desmembrar e cirurgião colombiano Edwin Arrieta, em agosto de 2023.
O Tribunal de Koh Samui, no sul da Tailândia, proferiu nesta quinta-feira a sentença do mediático caso – divulgando um acórdão que foi proferido por cinco juízes, dada a severidade da pena prevista. Contrariamente às expectativas da defesa, que esperava uma pena não superior a 8 anos, o tribunal optou por impor a prisão perpétua, relata a EuroNews.
O tribunal sentenciou, ainda, o condenado a pagar 119.000 euros à família da vítima que tinha pedido 768 mil euros de indemnização . A decisão afasta a pena de morte, que poderia ter sido aplicada, já que vigora na Tailândia.
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O crime, que teve lugar na ilha tailandesa de Koh Phangan, chocou a opinião pública internacional. Daniel Sancho, um chef de 29 anos, chegou à ilha onde viria a matar Edwin Arteaga, um cirurgião de 44 anos, a 1 de agosto de 2023. As autoridades apontaram para a tese de um crime passional.
O espanhol de 29 anos sempre garantiu que não tinha qualquer relação amorosa ou sentimental com a vítima e que eram apenas “parceiros de negócios” — não obstante afirmar que Edwin o “obrigou” a terminar a relação com a namorada de longa data e a fazer “coisas que nunca tinha feito”.
Filho de conhecido ator espanhol detido na Tailândia por matar e desmembrar amigo com quem viajava
Daniel disse à agência EFE que se sentia “refém” de Edwin. “Era uma jaula de vidro, mas era uma jaula”. O jovem, que as autoridades acreditam ter preparado o crime ao longo de vários dias, tem vindo a manter uma versão de uma suposta legítima defesa, mesmo depois de ter confessado o crime.
O jovem afirmou em várias ocasiões que apenas cometeu o crime macabro para “defender” a vida, acrescentando que Edwin Arteaga, o cirurgião de 44 anos com quem manteria uma relação sexual há cerca de um ano, o ameaçou e à sua família.
O julgamento teve início em 9 de abril e terminou em 3 de maio de 2024. Durante este período, as sessões decorreram à porta fechada, com pouca informação a passar para os meios de comunicação social.