O presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta sexta-feira que o partido se retira das negociações para o Orçamento do Estado para 2025 e que “com toda a probabilidade votará contra” o documento.

André Ventura disse que transmitirá ao “Governo, ainda hoje, por nota própria e oficial que [o Chega] se considera excluído das negociações” do Orçamento do Estado e indicou que, “com toda a probabilidade votará contra” o documento.

Pedro Nuno pediu ao Governo previsões orçamentais e cenário para 2025 em carta enviada a 29 de julho

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, o líder do Chega indicou que esta decisão “é irrevogável” e instou o Governo a negociar com o Partido Socialista, manifestando esperança de que possam concluir “as negociações com sucesso”.

[Já saiu o quinto episódio de “Um Rei na Boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube. Também pode ouvir aqui o primeiro, o segundo, o terceiro e o quarto episódios]

“O Chega estará fora da aprovação do Orçamento e continuará a fazer o trabalho de liderar a oposição. Nada me fará mudar de ideias”, salientou André Ventura, acrescentando que o partido “foi traído pelo primeiro-ministro”, devido ao que considera serem as negociações que decorrem “há meses” entre o governo e o PS.

André Ventura defende que país deveria ser “poupado a eleições” caso orçamento seja chumbado

Eu sinto-me traído pelo primeiro-ministro e o eleitorado do Chega sente-se traído pelo primeiro-ministro. O Chega está farto de ser enganado”, lamentou André Ventura, lembrando as garantias que, diz, lhe foram dadas pelo executivo de Luís Montenegro. “O que nos foi transmitido pelo governo foi que não havia nenhuma negociação com o PS. O governo mentiu ao Chega e a Portugal”, acusou.

“Espero mesmo que as negociações secretas entre PS e PSD deem o seu fruto. Garantirão pelo menos que não haverá uma nova crise política nos próximos meses”, defendeu.