O presidente do Chega, André Ventura, anunciou esta sexta-feira que o partido se retira das negociações para o Orçamento do Estado para 2025 e que “com toda a probabilidade votará contra” o documento.
André Ventura disse que transmitirá ao “Governo, ainda hoje, por nota própria e oficial que [o Chega] se considera excluído das negociações” do Orçamento do Estado e indicou que, “com toda a probabilidade votará contra” o documento.
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Em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa, o líder do Chega indicou que esta decisão “é irrevogável” e instou o Governo a negociar com o Partido Socialista, manifestando esperança de que possam concluir “as negociações com sucesso”.
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“O Chega estará fora da aprovação do Orçamento e continuará a fazer o trabalho de liderar a oposição. Nada me fará mudar de ideias”, salientou André Ventura, acrescentando que o partido “foi traído pelo primeiro-ministro”, devido ao que considera serem as negociações que decorrem “há meses” entre o governo e o PS.
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“Eu sinto-me traído pelo primeiro-ministro e o eleitorado do Chega sente-se traído pelo primeiro-ministro. O Chega está farto de ser enganado”, lamentou André Ventura, lembrando as garantias que, diz, lhe foram dadas pelo executivo de Luís Montenegro. “O que nos foi transmitido pelo governo foi que não havia nenhuma negociação com o PS. O governo mentiu ao Chega e a Portugal”, acusou.
“Espero mesmo que as negociações secretas entre PS e PSD deem o seu fruto. Garantirão pelo menos que não haverá uma nova crise política nos próximos meses”, defendeu.