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Pelo menos 12 pessoas morreram depois de uma embarcação com dezenas de migrantes ter naufragado no Canal da Mancha. Segundo um porta-voz da guarda costeira francesa citado pela agência Reuters, 53 pessoas foram resgatadas, várias delas em estado crítico. Os serviços de emergência foram mobilizados em grande número desde as 11h30 horas locais.

No X, Gérald Darmanin, o ministro da Administração Interna francês, confirmou a ocorrência de um naufrágio no Pas-de-Calais, ao largo de Wimereux. “O balanço provisório é de 12 mortos, 2 desaparecidos e vários feridos. Todos os departamentos governamentais estão mobilizados para encontrar os desaparecidos e cuidar das vítimas”, garantiu, através da rede social.

Entretanto, em declarações aos jornalistas, o ministro revelou que a pequena embarcação, “com menos de sete metros”, seguia com cerca de 70 pessoas amontoadas a bordo, recordando que barcos sobrecarregados podem afundar-se “muito, muito rapidamente” e é por isso que tantas pessoas morrem em incidentes como este.

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A Guarda Costeira francesa, citada pela BBC, faz um balanço provisório que dá conta de 53 pessoas resgatadas do incidente desta segunda-feira. Através de um comunicado informa que foi criado um posto móvel médico para cuidar dos sobreviventes em Boulogne-sur-Mer, com muitos deles a necessitar de cuidados médicos urgentes. Além disso, informa que as operações de busca ainda estão a decorrer.

Olivier Barbarin, prefeito de Le Portel, a cidade costeira francesa onde decorre a operação de resgate, disse que “o fundo do barco se rasgou”, tendo provocado o naufrágio, cita a Sky News.

Para o local das buscas e resgate foram mobilizados embarcações de salvamento que se encontravam nas proximidades e helicópteros, incluindo uma aeronave da marinha francesa.

A ministra da Administração Interna inglesa, Yvette Cooper, afirmou, citada pela BBC, que o desastre ocorrido esta terça-feira no Canal da Mancha é um “incidente horrível e profundamente trágico” e assegura estar a ser informada sobre a situação em permanência. “Os bandos que estão por detrás deste terrível e insensível comércio de vidas humanas têm vindo a amontoar cada vez mais pessoas em barcos cada vez menos resistentes e a enviá-los para o Canal da Mancha, mesmo com muito mau tempo”, recordou.