Mark Chavez, acusado da morte do ator norte-americano Matthew Perry, declarou-se esta quarta-feira culpado num tribunal de Los Angeles, relata a agência Reuters. O médico estava acusado, juntamente com outras quatro pessoas de distribuir ilegalmente cetamina, droga que levou à morte por overdose da estrela de Friends, em outubro do ano passado.

O médico aceitou um acordo com os procuradores, depois de ter exprimido “remorsos” pelo seu envolvimento na morte de Perry. Chavez era um dos dois médicos californianos, que acompanhava a recuperação do ator de uma dependência de drogas. Agora, pode enfrentar até 10 anos de prisão. O seu advogado, Matt Binninger, já tinha afirmado que Chavez queria colaborar com a justiça por arrependido de ter contribuído para a morte de alguém que devia estar a ajudar com cuidados médicos.

[Já saiu o primeiro episódio de “A Grande Provocadora”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de Vera Lagoa, a mulher que afrontou Salazar, desafiou os militares de Abril e ridicularizou os que se achavam donos do país. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube]

O ator, que ficou famoso pela sua participação na série “Friends”, morreu em outubro do ano passado e a autópsia identificou a causa de morte como “efeitos agudos” de cetamina. Perry já tinha reconhecido publicamente os seus problemas com drogas. Em agosto deste ano, uma investigação revelou que a overdose acidental tinha sido causada por um plano complexo entre médicos e pessoas próximas de Perry para lhe continuar a vender cetamina em doses maiores do que aquelas que precisava para o seu tratamento.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Assistente pessoal e médicos de Matthew Perry acusados de facilitar acesso a droga que levou à sua morte

O outro médico que trabalhava com Chavez, Salvador Plasencia, insistiu em tribunal na sua inocência, assim Jasveen Sangha — conhecida como “rainha da cetamina” — que é ainda acusada de ter fornecido a droga aos dois médicos de Perry. Os dois vão ser novamente presentes a tribunal para julgamento em março.

Os outros dois envolvidos no caso são o assistente do ator, Kenneth Iwamasa, e um intermediário, que afirmou ter obtido a droga a partir de Sangha. Ambos enfrentavam acusações menores e já se tinham declarado culpados noutra ocasião.