Os Estados Unidos atingiram sexta-feira 15 alvos houthis no Iémen, anunciou o Comando Militar do Médio Oriente dos EUA (Centcom), depois do rebeldes xiitas terem denunciado ofensivas em vários pontos da capital iemenita, Saná, e na província de Hodeida.
As forças norte-americanas “realizaram hoje ataques contra 15 alvos houthis em áreas do Iémen controladas pelos houthis”, um movimento rebelde apoiado pelo Irão, destacou o Centcom, através da rede social X.
U.S. Central Command (CENTCOM) forces conducted strikes on 15 Houthi targets in Iranian-backed Houthi-controlled areas of Yemen today at about 5 p.m. (Sanaa time). These targets included Houthi offensive military capabilities. These actions were taken to protect freedom of… pic.twitter.com/w8dC2lacpP
— U.S. Central Command (@CENTCOM) October 4, 2024
Os rebeldes xiitas Huthis tinham reportado anteriormente mais de uma dezena de ataques aéreos executados pelos Estados Unidos da América (EUA) e pelo Reino Unido em vários pontos da capital iemenita, Saná, e na província de Hodeida.
Segundo a rede al-Masriya, ligada ao movimento rebelde iemenita, “sete ataques” atingiram o aeroporto de Hodeida e arredores, enquanto outros quatro tiveram como alvo a capital do Iémen, sob controlo dos houthis desde o final de 2014, no início da guerra civil no país.
Um último “atentado bombista” ocorreu na cidade de Dhamar, no sudoeste do país, segundo a imprensa local, que não especifica se se registaram mortos ou feridos em cada um dos incidentes.
Os rebeldes próximos do Irão que controlam parte do Iémen devastado pela guerra têm vindo a realizar ataques ao largo da costa do país desde novembro.
Argumentaram que os ataques visam navios que sirvam portos israelitas em solidariedade com os palestinianos, no contexto da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, iniciada em outubro de 2023.
Os ataques no mar Vermelho e no golfo de Aden, zonas essenciais para o comércio mundial, fizeram disparar os custos dos seguros e levaram muitas companhias a navegar numa rota muito mais longa pelo extremo sul de África.
Os EUA, um aliado próximo de Israel, criaram em dezembro uma força multinacional para proteger a navegação na zona estratégica e lançaram os primeiros ataques no Iémen em janeiro, com a ajuda do Reino Unido.
Os rebeldes houthis do Iémen integram o chamado “Eixo da Resistência”, uma coligação liderada pelo Irão e contra Israel de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e o movimento xiita libanês Hezbollah.