O PCP optou por não indicar nenhum nome para o grupo de trabalho que está a preparar a sessão evocativa do 25 de Novembro na Assembleia da República. A esquerda votou contra a celebração do dia no Parlamento, mas optou por fazer parte da organização, com exceção dos comunistas.
A líder parlamentar, Paula Santos, já tinha indicado numa Conferência de Líderes ser contra a realização da sessão e agora, em resposta ao Observador, o PCP confirma que “não fez nenhuma indicação para o grupo de trabalho sobre a sessão do 25 de Novembro que entende não se dever realizar”.
Para o Partido Comunista Português esta sessão aprovada com os votos a favor do PSD, Chega, Iniciativa Liberal e CDS, insere-se “no processo de desvalorização, menorização e ataque ao 25 de Abril” que as “forças retrógradas e reacionárias procuraram e procuram pôr em causa”. Já o Bloco de Esquerda acabou também por guardar até ao fim a indicação do nome mas marcou presença na reunião inaugural, que decorreu esta quarta-feira de manhã, antes da Conferência de Líderes, através do deputado José Soeiro.
Ainda à esquerda, o PS e o Livre também optaram por integrar este grupo de trabalho que foi constituído na sequência de uma questão levantada por Pedro Delgado Alves na Conferência de Líderes. O deputado do PS entendeu que a sessão do 25 de Novembro não deve “mimetizar” a do 25 de Abril e pediu alternativas, o que levou à constituição deste grupo. Será, aliás, o próprio Pedro Delgado Alves a integrar o grupo de trabalho.
Também o Livre, que votou contra a evocação do dia com uma sessão solene, indicou o nome de Rui Tavares para integrar o grupo de trabalho. À direita, o PSD indicou o nome do deputado Hugo Carneiro, enquanto o Chega apontou Rui Paulo Sousa. Já a Iniciativa Liberal apontou Rodrigo Saraiva, entendendo que “as celebrações do 25 de Novembro (…) devem ter a mesma dignidade parlamentar do que as celebrações do 25 de Abril”. Já o CDS indicou o líder parlamentar, Paulo Núncio.