O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acredita que os seus aliados na Europa, como é o caso de França, Espanha e Itália, devem estar do lado israelita nesta batalha contra os grupos financiados pelo Irão, apesar das críticas terem tecido uma vasta quantidade de críticas aos métodos utilizados pelas autoridades israelitas.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, tem condenado várias vezes o governo de Netanyahu, começando com um apelo a um embargo internacional de armas a Israel, no dia 11 de outubro, e, mais recentemente, com um comentário a lembrar o papel das Nações Unidas na génese do país. Em entrevista ao jornal francês Le Figaro, o primeiro-ministro israelita considerou “vergonhoso” o apelo do Chefe de Estado francês e defendeu que o comentário sobre a ONU é um “sinal de ignorância e desrespeito pela história”. Contudo, o primeiro-ministro israelita espera que França “mude a sua posição” e relembra Macron que está a “lutar contra pessoas que odeiam todos os valores defendidos pela Europa”.

Netanyahu foi questionado também sobre os ataques da última semana ao sul do Líbano, contra instalações da UNIFIL — Força Interina das Nações Unidas no Líbano —, que causaram vários feridos e foram duramente contestados por vários líderes europeus. “Não temos nada contra a UNIFIL”, indica o primeiro-ministro israelita, que defende a sua posição lançando as culpas para o lado do Hezbollah, acusando o grupo xiita libanês de se “esconder por de trás das instalações da ONU para lançar mísseis” contra Israel. “Em quase 20 anos, quantos mísseis do Hezbollah é que a UNIFIL impediu?”.

O governante israelita fez novamente referência à resolução 1701 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, desenhada depois da guerra de 2006 entre os dois corpos atualmente em conflito. Há cerca de 18 anos ficou decidido que “não poderia existir qualquer ocupação armada por parte do Hezbollah a sul do rio Litani”, recorda o primeiro-ministro, e que durante buscas feitas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) às “centenas de túneis e esconderijos” na região, encontraram armas “topo de gama” da Rússia nestas bases do grupo libanês.

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