A partir de de 11 de Novembro, a fábrica que produz o Panda, em Pomigliano d’Arco, bem como a linha de fabricação de motores em Pratola Serra, vão atravessar um período de paragens temporárias. A Fiat justifica a decisão com “condições difíceis do mercado”, enquanto a Stellantis avança que a pausa é necessária por “estarem num rumo que implica escolhas difíceis e sem soluções fáceis”.
No início do ano, a Fiat anunciou o incremento em 20% da produção do Panda devido ao aumento da procura por parte dos clientes, que elegeram o versátil citadino como o líder do segmento na Europa e o modelo mais vendido em Itália, de acordo com a Reuters. Este sucesso levou o CEO da Fiat, Olivier François, a assegurar que Pomigliano d’Arco continuaria a produzir o Panda até pelo menos 2027. Mas não contavam com as alterações do mercado que tiveram lugar nestes primeiros nove meses do ano.
Curiosamente, este travão na produção do Panda tem lugar poucos dias depois de uma decisão similar ter sido tomada em relação à fábrica de Mirafiori, que produz o Fiat 500e e o Maserati GranTurismo. Ambos os modelos lidam com falta de clientes, mas se as dificuldades do 500 eléctrico não parecem fáceis de ultrapassar, a Maserati vai tentar inverter a tendência com o lançamento de uma nova versão híbrida em 2025.
Fiat Panda está de volta com motor a gasolina, híbrido e eléctrico
Entretanto, resta saber qual o plano da Fiat para satisfazer os clientes que colocaram o actual Panda na liderança do segmento europeu e que ainda em Julho, só em Itália, comercializou mais de 63 mil unidades, um incremento de 21% face ao período homólogo de 2023. Isto porque o próximo Panda, que será denominado Grande Panda por crescer 33,7 cm (elevando-o do segmento A, dos citadinos, para o B, dos utilitários), surgirá apenas no final de 2025, com versões a gasolina, híbridas e eléctricas.