A Alemanha terá eleições antecipadas a 23 de fevereiro de 2025, de acordo com informações avançadas por vários meios de comunicação alemães, que citam fontes dos grupos parlamentares do Partido Social Democrata (SPD) e da União Democrata-Cristã (CDU).
Os grupos parlamentares da CDU e do SPD terão chegado a acordo sobre uma proposta de eleições legislativas antecipadas, com o acordo dos liberais do FDP (Partido Democrático Liberal) e dos Verdes, mas a decisão final sobre a data deverá ser tomada pelo Presidente federal, Frank-Walter Steinmeier.
A 16 de dezembro, o chanceler Olaf Scholz, do SPD, deverá submeter-se a uma moção de confiança no parlamento alemão (Bundestag) depois da demissão do ministro das Finanças, Christian Lindner (do FDP) que precipitou o fim da coligação “semáforo”. Com a saída do líder liberal, também os ministros da Justiça e da Educação, membros do mesmo partido, abandonaram as suas pastas.
Inicialmente, Scholz pretendia convocar uma moção de confiança a 15 de janeiro, o que levaria a Alemanha a ir a votos no final de março, seis meses antes do previsto. No entanto, os vários partidos da oposição, incluindo a CDU, afirmaram que “não há qualquer razão para esperar até ao início do próximo ano“, propondo então uma antecipação das datas inicialmente avançadas pelo chanceler alemão. A esta pressão apresentada pelos outros partidos e pela opinião pública, Scholz referiu que “não tem qualquer problema em convocar a moção para antes do Natal”, em declaração ao canal ARD.
De acordo com as últimas sondagens divulgadas pelo POLITICO, atualizadas há quatro meses, a CDU, com 30%, poderá roubar o lugar do SPD no governo, com Friedrich Merz a ocupar o cargo de Scholz. Ainda antes dos sociais-democratas, o partido de extrema-direita AfD segue com 16%, com dois pontos percentuais de vantagem sob o partido do chanceler.