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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou, esta quinta-feira, aos seus aliados ocidentais para darem uma “resposta firme” à “chantagem” do líder russo, Vladimir Putin, que algumas horas antes ameaçou atacar Kiev com o novo míssil estratégico “Orechnik”.

“Qualquer chantagem da Rússia deve ser recebida com uma resposta firme”, disse Zelensky durante o seu discurso diário, transmitido nas redes sociais.

Horas antes, Putin ameaçou atacar os centros de decisão em Kiev com o seu poderoso míssil “Orechnik”, utilizado pela primeira vez na semana passada, após novos ataques à rede elétrica ucraniana.

O Presidente russo disse que os últimos ataques noturnos que visaram a Ucrânia, que deixaram pelo menos um milhão de ucranianos sem eletricidade, foram uma resposta aos recentes bombardeamentos ucranianos na Rússia, que envolveram a utilização de mísseis de longo alcance norte-americanos (ATACMS) e britânicos (“Storm Shadow”).

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Depois de um primeiro ataque à Ucrânia com o míssil “Orechnik”, na semana passada, Vladimir Putin avisou que a Rússia poderia repetir estas manobras, ou mesmo bombardear instalações militares de países ocidentais que fornecem armamento a Kiev.

Até agora, o líder russo não cumpriu as suas ameaças, mas atacou a infraestrutura energética da Ucrânia com mísseis e drones por 11 vezes este ano, desta vez com munições cluster (também conhecidas por bombas de fragmentação), segundo as autoridades de Kiev.

A partir de Astana, a capital do Cazaquistão onde participou numa cimeira regional, Vladimir Putin voltou a elogiar as características do míssil “Orechnik”, e disse não excluir a sua futura utilização para atacar “centros de decisão, incluindo em Kiev”.

“Se utilizar vários destes sistemas num ataque — dois, três, quatro — então, em termos de poder, será comparável ao uso de uma arma nuclear”, disse o Presidente russo aos jornalistas, comparando o míssil a um “meteorito”.

Os novos mísseis e os ataques a “centros de decisão”. Putin volta a ameaçar Ocidente e chama “usurpador” a Zelensky

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.