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O presidente da IL considerou esta quarta-feira a visita de António Costa a Kiev uma “boa escolha para iniciar o mandato” à frente do Conselho Europeu e apelou a negociações de paz que não tragam vantagens para a Rússia.

Em declarações aos jornalistas após um encontro com a embaixadora da Ucrânia, Maryna Mykhailenko, na embaixada do país, em Lisboa, Rui Rocha afirmou que António Costa, o novo presidente do Conselho Europeu, fez uma “boa escolha” e deu um “sinal importante” ao iniciar o seu mandato numa visita a Kiev, capital da Ucrânia.

António Costa em Kiev: “A soberania ucraniana, a integridade do seu território e as suas fronteiras têm de ser respeitadas”

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Parece-me que foi uma boa escolha, essa de iniciar o seu mandato dando testemunho também do apoio da sua própria posição, da posição que agora tem na União Europeia à Ucrânia, portanto parece-me que é um bom começo desse ponto de vista”, disse.

Questionado sobre as palavras do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que afirmou que está preparado para terminar a guerra na Ucrânia em troca da adesão à NATO, mesmo que a Rússia não devolva imediatamente os territórios ocupados, Rui Rocha frisou que as negociações devem assegurar que “quem agride, quem invade, quem não respeita o direito internacional, não deve ter vantagem nesta matéria”.

O líder da IL sublinhou que é “fundamental que haja uma via diplomática que possa chegar a bom porto” e reiterou a posição dos liberais por um reforço do apoio português disponibilizado à Ucrânia, bem como pela adesão dos ucranianos à NATO e à União Europeia.

Estes avanços, disse, “são fundamentais para os desenvolvimentos futuros, que interessam a todos, porque a Ucrânia está a defender o seu território, a sua integridade e a sua liberdade, mas está a defender também a integridade e a liberdade dos europeus em geral”.

Sobre a reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, em Bruxelas, Rui Rocha defendeu que haja um “convite da NATO condicionado ao desenvolvimento das questões no terreno”, por compreender que a adesão imediata à organização de um país em guerra “não é oportuna”.

“O que eu espero é que esses passos possam ser dados respeitando os momentos da organização da NATO, mas também dando sinais claros de que a NATO está também alinhada com os interesses ocidentais nesta matéria”, acrescentou.