Um “forte dispositivo” da PSP conduziu nesta quinta-feira uma “operação especial de prevenção criminal” em Lisboa, na zona do Martim Moniz, uma zona onde “frequentemente se registam ocorrências que envolvem armas”.  Ao final da noite, a PSP revelou que a operação resultou em duas detenções: uma em flagrante por posse de arma proibida e posse de produto estupefaciente; outra através de mandado de detenção emitido pela Autoridade Judiciária —  o homem é suspeito da concretização de pelo menos 8 crimes de roubo, explicou a polícia. Foram ainda apreendidos 435 euros, que se suspeita ser dinheiro proveniente de atividades ilícitas, sete bastões (de madeira e de ferro), 17 envelopes com fotos tipo passe.

A operação policial permitiu ainda apreender 3.435 euros em numerário, um passaporte e diversos documentos por suspeita a auxílio a imigração ilegal, 581,37 gramas de haxixe, uma faca com mais 10 centímetros de lâmina e um telemóvel que constava como furtado.

O enorme aparato policial na zona levou à circulação de imagens nas redes sociais, nas quais se vislumbram, na Rua do Benformoso, dezenas de pessoas encostadas à parede, de mãos no ar, para serem revistadas pela polícia, e comentários sobre a necessidade daquele procedimento. O objetivo da operação, disse a comissária Ana Ricardo em declarações à SIC, foi “transmitir à população um sentimento de segurança” e atuar relativamente a “situações criminosas” que já estavam identificadas, “nomeadamente muitas ofensas à integridade física usando armas brancas”.

Participaram na operação “diversas valências (trânsito, ordem pública, investigação criminal e fiscalização policial), em coordenação com uma equipa da UECCEV / 11.ª Secção do DIAP de Lisboa”, segundo comunicado divulgado pela PSP.

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Os objetivos, anunciou inicialmente a polícia, passavam por “deter suspeitos da prática de crimes de posse ilegal de arma e apreender armas que eventualmente sejam encontradas no interior de veículos de suspeitos”. Por outro lado, a operação visava “aumentar o sentimento de segurança das pessoas que habitualmente utilizam os transportes públicos, espaços que dão acesso a estes, bem como nas áreas adjacentes, fiscalizando os utentes suspeitos dos transportes públicos”.

A PSP quer “incidir a ação policial em locais considerados e avaliados de maior risco, como por exemplo cafés, associações, entre outros existentes nos locais, considerando a recolha de informações em fase de planeamento e execução das operações”.

“É expectável que a operação potencie a segurança e tranquilidade públicas junto dos cidadãos nos locais referidos, bem como nas suas zonas envolventes, e permita controlar, detetar, localizar, apreender e prevenir a introdução, ou verificar a regularidade da situação de armas, seus componentes ou munições”, terminou a PSP, em comunicado.