Um recluso barricou-se na manhã desta sexta-feira na enfermaria de uma prisão de Arles, cidade do sul de França, fazendo cinco reféns — quatro elementos da equipa médica e um guarda prisional. Por volta das 16h00 locais (15h00 em Lisboa), o recluso rendeu-se e os reféns foram todos libertados, sem que sem registassem quaisquer ferimentos nas vítimas, afirmou o departamento da polícia da região de Bouches-du-Rhône.

O homem, que tinha em sua posse um objeto cortante, terá ficado descontente após a sua transferência para outra prisão ter sido indeferida. Uma fonte consultada pela Agence France-Presse avança que o indivíduo tinha “perturbações psiquiátricas graves”, mas o seu perfil não correspondia ao de um terrorista.

Cerca de uma hora antes do recluso se render, um dos reféns, um médico psiquiatra da prisão de Arles, foi libertado. Quando foram libertados os restantes reféns, o ministro da Justiça Géral Darmanin confirmou na rede social X que não houve feridos resultantes da situação e aproveitou para agradecer à intervenção das autoridades.

O jornal da região de Marselha, La Provence, afirma que o homem tem 37 anos e é bem conhecido pelas forças de segurança daquele país, por já ter cometido vários crimes. O recluso cumpre atualmente pena de prisão até 2031 por crime de violação sexual, de acordo com o Le Monde.

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O sequestro ocorreu por volta das 11h15 e várias unidades da polícia local foram mobilizadas para a prisão. Segundo a imprensa francesa, foram chamadas ao estabelecimento forças especiais como as Equipas Regionais de Intervenção e Segurança (ERIS, na sigla francesa), criadas em 2003 para agir em situações de crise nas prisões do país e as RAID, uma equipa de intervenção da polícia nacional francesa.

O ministro da Justiça Gérald Darmanin já reagiu na rede social X, garantindo que foram “mobilizados todos os meios necessários para fazer face à situação”. Darmanin diz que está “a acompanhar a evolução da situação em direto”.

Texto editado por Carlos Diogo Santos