O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, acusou esta segunda-feira o bilionário Elon Musk de “espalhar mentiras e desinformação” e de apoiar um ativista de extrema-direita atualmente detido em resposta a acusações ao Governo trabalhista.

“Aqueles que estão a espalhar mentiras e desinformação o mais longe possível não estão interessados nas vítimas”, afirmou em resposta a perguntas dos jornalistas sobre comentários de Musk feitos nos últimos dias.

O primeiro-ministro denunciou o que considera ser uma estratégia de “aumento da intimidação e ameaças de violência, esperando que os meios de comunicação social as amplifiquem”.

Musk, um conselheiro do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou à subsecretária de Estado responsável pela Proteção e violência contra mulheres e raparigas, Jess Phillips, “apologista do genocídio da violação” e “bruxa má” e sugeriu que deveria ser presa.

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A secretária de Estado recusou recentemente um inquérito nacional ao caso de exploração sexual de menores em Oldham, nos arredores de Manchester, entre 2011 e 2014, e defendeu que o município deveria encomendar um inquérito local, como aconteceu em Rotherham e Telford.

Em publicações nos últimos dias na rede social X, da qual é proprietário, Musk repetiu várias vezes os pedidos dos deputados reformistas britânicos e conservadores para que fosse realizado um inquérito nacional, apesar de o anterior governo conservador ter recusado um pedido semelhante em 2022.

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Um relatório publicado na altura concluiu que os serviços públicos locais falharam em proteger as crianças, mas que não houve encobrimento relativamente aos criminosos predominantemente paquistaneses.

Musk também visou o primeiro-ministro britânico Keir Starmer por, segundo ele, não ter levado à justiça o que muitos chamam “gangues de violação” quando era procurador-geral do Ministério Público entre 2008 e 2013.

Os escândalos, alegou Musk na sexta-feira, representam um “enorme crime contra a humanidade”.

Musk também defendeu a libertação do ativista de extrema-direita Tommy Robinson, cujo verdadeiro nome é Stephen Yaxley-Lennon, preso por desrespeito à justiça britânica.

“Aqueles que estão a defender Tommy Robinson não estão interessados na justiça. Estão a apoiar um homem que foi para a prisão por quase ter desfeito um caso de assédio sexual, um caso de assédio sexual por parte de um gangue”, afirmou esta segunda-feira Starmer.