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O Hamas alertou esta sexta-feira para as “graves consequências” para o “cenário nacional palestiniano” das operações das forças da Autoridade Palestiniana contra milicianos no campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, cenário de combates há mais de duas semanas.
“A continuação da campanha de segurança da Autoridade Palestiniana no campo de Jenin está a derramar sangue palestiniano, com 19 mártires devido a execuções e assassínios“, indicou o movimento de resistência islâmico, criticando o “desrespeito total” da Autoridade Palestiniana pelos “apelos populares” para acabar com a “perseguição contra o povo”.
O grupo islamita palestiniano, que controla o enclave da Faixa de Gaza desde 2007, sublinhou que estas “práticas repressivas” beneficiam Israel e pediu a “todos os componentes da sociedade palestiniana na Cisjordânia” que “intervenham imediatamente para parar o derramamento de sangue por parte do aparelho da Autoridade Palestiniana”.
O Hamas também enfatizou ser necessário uma campanha de “pressão máxima” sobre a Autoridade Palestiniana para “evitar que novos crimes e violações sejam cometidos contra o povo palestiniano e sua corajosa resistência”, segundo citou o jornal Filastin, ligado ao movimento.
O Hamas tem vindo a condenar em diversas ocasiões as “práticas repressivas” da Autoridade Palestiniana nas suas operações em Jenin, que levaram a confrontos entre as forças de segurança palestinianas e as Brigadas de Jenin, que incluem membros das Brigadas dos Mártires Palestinianos e dos ‘braços armados’ do Hamas e da Jihad Islâmica.
As autoridades palestinianas garantiram que estão a atuar em Jenin para acabar com o “caos”, embora tenham recebido críticas de várias fações armadas, que argumentam que estas operações beneficiam Israel e enfraquecem as ações armadas contra as forças de segurança israelitas, no meio do conflito no Médio Oriente.