O ministro da Economia disse esta terça-feira que seria “vantajoso se o Governo conseguisse privatizar a TAP nesta legislatura”. Questionado pelo PS durante uma audição no Parlamento sobre comércio internacional e acordos de parceria, António Pires de Lima não quis avançar detalhes de calendário, manifestando apenas que seria “uma vitória” se o processo de privatização avançasse ainda esta legislatura, ou seja, até ao verão de 2015.

“O Governo ainda não tomou nenhuma decisão sobre esta matéria, mas se se criarem as condições para avançar com o projeto de privatização eu veria nisso uma clara vitória”, disse o ministro, não esclarecendo, no entanto, se já há acordo dentro do Executivo sobre o modelo de privatização da TAP.

A questão foi levantada pelo deputado do PS Fernando Serrasqueiro, que quis saber pormenores de calendário. “Se as propostas forem fechadas no próximo verão ainda vai avançar?” Mas Pires de Lima, que em ocasiões anteriores tinha dito que a privatização da companhia aérea nacional, a avançar, teria de ser até ao final do ano, não quis entrar em pormenores. Reiterou apenas que “seria vantajoso privatizar ainda nesta legislatura”. Até porque “a TAP precisa de maior flexibilidade de gestão e de capital para poder crescer”, disse, lembrando os “problemas operacionais” que ocorreram nos últimos meses.

Apesar de ser uma audição sobre comércio internacional, nomeadamente sobre o acordo de parceria transatlântica entre a União Europeia e os EUA, os partidos da oposição, PS, Bloco de Esquerda e PCP, questionaram ativamente o ministro da Economia sobre o pé em que está (ou não está) a privatização da TAP, assim como sobre as recentes declarações que fez sobre a PT. “Quais são os interesses que o Governo quer defender nestas empresas estratégicas?”, questionou o deputado socialista Paulo Campos.

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