Marcelo Rebelo de Sousa veio a Coimbra apelar ao voto em… Juncker. Reconheceu qualidades e trabalho no Parlamento Europeu tanto a Paulo Rangel e a Nuno Melo, mas disse que é “essencial” votar na coligação por ser o único partido em Portugal que apoia o Jean-Claude Juncker para o cargo de presidente da Comissão Europeia.

Com as eleições a influenciarem a escolha do presidente da Comissão pela primeira vez este ano, Marcelo deu esta terça-feira uma dimensão europeia à campanha da Aliança Portugal pedindo aos portugueses que façam “uma escolha simples” e votem no PSD/CDS-PP por ser quem apoia Juncker em Portugal. “Há dois candidatos que podem ganhar, são os dois europeístas. Juncker é apoiado pelo PPE e Schulz pelos socialistas. Eu prefiro Juncker, tem experieância de governar, Schulz nunca governou”, apontou.

Mas os elogios não se ficaram por aí. O professor disse que Juncker esteve “sempre ao lado dos portugueses” como presidente do Eurogrupo, sublinhando que “nos momentos mais difíceis da relação com a troika, quando era preciso dizer à Alemanha que olhasse para Portugal com outros olhos, Juncker estava lá”.

Marcelo disse ainda que esta é uma “escolha fundamental” para colocar em Bruxelas um presidente da Comissão Europeia que esteja alinhado com aquilo que pode haver de mais progressivo e solidário na Europa” e acima de tudo, votar num amigo de Portugal.

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A onda do PSD/CDS-PP no Norte e Centro do país

A Aliança Portugal embarcou hoje na Onda Colossal – empresa que explora os moliceiros de Aveiro – para navegar na ria, mas para Nuno Melo, o mote serve para navegar até ao fim da campanha. “Onda Colosssal? Diz mesmo bem, estamos em onda crescente na campanha” apontou o eurodeputado enquanto entrava para o moliceiro acompanhado de Paulo Rangel.

O passeio esteve quase a ser cancelado devido à chuva, mas uma aberta deixou os candidatos atravessarem os canais da ria em acalmia. O mesmo se tem vindo a passar com a campanha. Morna na primeira semana, a coligação tem vindo a receber apoios dos ex-dirigentes do PSD e do CDS, tentando aumentar o entusiasmo e interesse dos militantes nestas europeias e ao mesmo tempo mostrar união à volta dos candidatos em comum.

Esta terça-feira coube a Paulo Portas e Marcelo Rebelo de Sousa os principais papéis de apoiantes incondicionais. Enquanto Paulo Portas fez o que faz melhor, distribuindo beijinhos e abraços numa fábrica de bacalhau – comeu pastéis de bacalhau, vestiu entusiasticamente a bata e a touca para entrar na fábrica, louvou o esforço dos empreendedores e lançou farpas ao Partido Socialista – , Marcelo fez a sua intervenção num jantar comício em Coimbra, com casa cheia.