A Coreia do Norte deverá lançar um novo míssil balístico no próximo sábado, acredita a Coreia do Sul, já que se trata do aniversário do país liderado por Kim Jong-Un. “A situação é muito grave“, confessa o primeiro-ministro da Coreia do Sul.
“Não parece faltar muito tempo até que a Coreia do Norte conclua o seu programa de armamento nuclear”, lamentou Lee Nak-yon, perante um conjunto de ministros da Defesa que se realizou em Seul esta quinta-feira. “É necessário tomar medidas extraordinárias para travar a irresponsabilidade” [da Coreia do Norte], acrescentou o primeiro-ministro, citado pela CNN.
A imprensa sul-coreana também já especulou que a Coreia do Norte não deverá deixar de marcar o aniversário do país para fazer mais um exercício militar — como, de resto, já aconteceu no ano passado, também no aniversário do país.
A Coreia do Norte garante que vai avançar com o programa nuclear mesmo que a comunidade internacional imponha mais sanções, e já acusou os EUA de serem o “principal culpado pela escalada de tensão e ameaça nuclear”.
“Os EUA estão terrivelmente equivocados se acreditam que podem assustar ou persuadir a RPDC (República Popular Democrática de Coreia, nome oficial de Coreia do Norte) dizendo que ‘todas as opções’ estão em cima da mesa e impondo as piores sanções e pressão” sobre o país, disse ontem o Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano.
Donald Trump afirmou, também na quarta-feira, que a opção militar não é “a primeira escolha” para lidar com a Coreia do Norte, após conversar ao telefone com o presidente da China, Xi Jinping. “Vamos ver o que acontece, vamos ver o que acontece. Certamente não é uma primeira opção, mas vamos ver o que acontece“, disse Trump aos jornalistas na Casa Branca, depois do telefonema.