O Governo vai lançar até ao final do ano o programa “Parcerias Para o Desenvolvimento” que visa agregar as oportunidades de aproveitamento de fundos para o desenvolvimento por parte das empresas portuguesas. Para além de criar um site único onde as empresas podem pesquisar os fundos disponíveis das sete instituições de desenvolvimento das quais Portugal faz parte e de dois fundos de desenvolvimento, o Governo quer disponibilizar formação para as empresas e pôr à sua disposição os canais diplomáticos necessários para estes fundos virem para Portugal.

Luís Campos Ferreira, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, e Manuel Rodrigues, secretário de Estado das Finanças, apresentaram este programa nas Conferências de Lisboa que se realizam esta quarta e quinta-feira na Fundação Calouste Gulbenkian, que têm como tema principal o Desenvolvimento Global, e a intenção é a de ter à disposição das empresas portuguesas “um conjunto de candidaturas à distancia de um clique”. “Não há quem faça mais que a Europa para erradicar a pobreza no mundo […] E há que maximizar o retorno deste empenho com a dinamização da economia nacional sem complexos”, disse Campos Ferreira.

Assim, as empresas que quiserem apostar em investimentos além-fronteiras em países com carências de desenvolvimento, nomeadamente nos países de língua portuguesa, poderão, a partir de 2015, recorrer a este programa do executivo. Manuel Rodrigues defende que se, por um lado, os laços comerciais com os países da CPLP têm sido fortalecidos com o crescimento das exportações a um ritmo de 13% nos últimos anos – e também com um número crescente das importações desses países -, há também necessidade de aproveitar os fundos para o desenvolvimento já que as empresas portuguesas são capazes de efetuar “propostas vencedoras” – entre 2007 e 2013, as empresas portuguesas foram buscar a estes fundos de várias organizações multilaterais quase 500 milhões de euros.

A proposta do Governo, é assim, daqui para a frente e segundo os dois governantes – o programa é tutelado pelo Ministério das Finanças e pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros – pôr também à disposição dos empresários as “representações diplomáticas no estrangeiro”, a “rede diplomática económica”, a AICEP e os seus recursos.

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