O secretário-geral do PS desmentiu hoje o primeiro-ministro sobre a privatização da TAP, garantindo que no memorando de entendimento apenas estava prevista a venda parcial e que a meta de receitas com privatizações já foi ultrapassada.

No jantar de Natal da distrital do PS/Porto, que decorre hoje em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, António Costa referiu-se aos vários “momentos de fantasia” que Pedro Passos Coelho teve hoje no debate quinzenal na Assembleia da República, considerando que o primeiro destes relacionou-se com a privatização da TAP.

“Ao contrário do que diz o primeiro-ministro, o que estava no memorando de entendimento com a ‘troika’ [assinado pelo PS] não era a previsão de uma privatização a 100% da TAP. Não, o que estava no memorando de entendimento era que a TAP só seria privatizada parcialmente e nunca na sua totalidade”, garantiu.

Na opinião do secretário-geral do PS, é tarde para evocar o memorando de entendimento, porque este também dizia que a meta prevista para as privatizações era de 5,5 mil milhões de euros e que, “neste momento, o Estado já privatizou mais de 8 mil milhões de euros, bastante mais do que era a meta prevista no memorando”.

“Não é necessário privatizar a TAP, porque o objetivo aí previsto já foi alcançado e, por isso, o melhor que tem a fazer é não vender a TAP e manter esse ativo estratégico para o país”, declarou.

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