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A escrita, o medo, o amor, a mulher: 20 frases para lembrar Agustina Bessa-Luís (1922-2019)

"Nunca tive a ambição de ser conhecida", disse uma vez ao El País. "Escrever é comover para desconvocar a angústia e aligeirar o medo", escreveu ainda. Agustina morreu esta segunda-feira, aos 96 anos.

“Penso que tenho a escrita como um dom que tenho o dever de valorizar e cultivar da melhor maneira que consigo. Procuro explorar esse dom, de uma forma constante e renovada sempre com o mesmo empenhamento.”
Entrevista à Ensino Magazine Online (setembro de 2001)
"Quando aprendi a ler, no mundo fez-se luz e passei a compreender tudo."
"O Livro de Agustina" (2007)
“Desde criança que me apercebi que o medo era o grande mistério. Era o caminho para o poder. Refiro-me à noção de poder que é dada numa família em que o rapaz está votado a um triunfo de qualquer maneira, às vezes exigente demais para as forças que tem, e a menina vive mais na sombra.”
Entrevista ao Diário de Notícias (2003)
“Querem atribuir à escrita aquilo que não atribuem à própria vida. Os meus livros são mais reais que essa realidade engarrafada que nos é transmitida.” 
Documentário para a RTP (2005)
“Escrever é isto: comover para desconvocar a angústia e aligeirar o medo, que é sempre experimentado nos povos como uma infusão de laboratório, cada vez mais sofisticada. Eu penso que o escritor com maior sucesso (não de livraria, mas de indignação social profunda) é aquele que protege os homens do medo: por audácia, delírio, fantasia, piedade ou desfiguração.”
"Contemplação Carinhosa da Angústia" (2000)
“O meu ídolo era a gramática portuguesa, à qual faço constantes heresias.”
"O Livro de Agustina" (2007)
“O amor está relacionado com a memória. Ama-se só o que nos recorda alguma coisa ou alguém. A memória é um estado de afeição. Em amor, a improvisação não existe.”
"Crónica da Manhã" (outubro de 1978)
“Eu tenho só uma [vocação], que é escrever. Usar a palavra, dar-lhe vida, confiar nela para que nela vejam verdades poderosas, como a de sermos destinados a coisas maravilhosas. Falar no maravilhoso, hoje em dia, é um risco muito grande. Que digo eu? Um risco, não; uma espécie de loucura. Sejamos loucos quando os sensatos falham, e vamos pensando como encarar o maravilhoso.”
"Dicionário Imperfeito" (2008)
“A realidade é outra coisa e acho que o artista que rende homenagem à realidade do mundo e da vida é realmente o grande artista”
Entrevista ao Jornal de Letras (junho de 2004)
“O que mais me atrai na Literatura, julgo, é aquilo que pode oferecer, em termos de conhecimento das outras pessoas , do mundo e de nós próprios.”
Entrevista à Ensino Magazine Online (setembro de 2001)
“Nasce-se inocente mas com conhecimento daquilo que se é - aquilo que depois se procura através da arte, através de tantas manifestações humanas: de onde viemos, o que somos, para onde vamos. A criança sabe e depois vai perdendo essas faculdades. Mas nascer adulto e morrer criança, que é o que eu quero, isso é que é difícil.”
Entrevista ao Diário de Notícias (2002)
“Nunca tive a ambição de ser conhecida. Se a literatura tem qualidade, sobrevive. Jamais procurei relações ou amizades para me promover.”
Entrevista ao El País (20 de outubro de 2000)
“A mulher não tem o sentimento de desespero que o homem tem. Porque a mulher completa-se em si mesma, na sua própria criação, como ser que se reproduz e dá vida a outro ser. Portanto, ela não se exprime pela desesperação. O homem sim.”
Entrevista ao Jornal de Letras (junho de 2004)
“Há muitas pessoas que são respeitáveis, mas que não são capazes dessa franqueza. O dizer as coisas, às vezes até de uma maneira seca e brutal…”
Entrevista à Revista Selecções do Reader’s Digest (janeiro de 2006)
“Sou perigosa porque conheço profundamente a natureza humana.”
Entrevista ao Público (junho de 2004)
“Cada um é um profeta na sua casa e ninguém acha isso estranho porque, mais ou menos, todos são profetas.”
"O Livro de Agustina" (2007)
“A busca do êxito fácil provoca grandes fiascos.”
Entrevista ao El País (20 de outubro de 2000)
“Segundo o meu ponto de vista, o homem necessita da crueldade porque necessita da culpa. Necessita de culpar-se para ser um criador. Porque é que o homem é violento e gosta da guerra? Eu tenho resposta para isso mas como não é uma resposta que tenha consolação, prefiro guardá-la para mim. ”
Documentário na RTP (2005)
“A melhor prova duma real amizade está em evitar os compromissos entre aqueles que se estimam. Ainda que devendo muito aos que muito me louvam, eu não quero ser-lhes obrigada pela gratidão. Mas sim grata porque estou com eles, devido a circunstâncias que a todos nós agradam e são um laço mais entre nós, sem constituírem um dever.”
"Dicionário Imperfeito" (2008)
“Os homens que não têm o coração tão preenchido morrem dele, sem queixas e sem sofrimento. Mas não se pode dizer que viveram.”
"O Livro de Agustina" (2007)

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