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No ano passado houve menos contentores a saírem dos portos portugueses, mas alguns produtos fintaram a crise
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No ano passado houve menos contentores a saírem dos portos portugueses, mas alguns produtos fintaram a crise

MÁRIO CRUZ/LUSA

No ano passado houve menos contentores a saírem dos portos portugueses, mas alguns produtos fintaram a crise

MÁRIO CRUZ/LUSA

Em ano de pandemia, as exportações portuguesas aguentaram-se em 78 mercados — tiveram ajuda de medicamentos, novilhos e F-16

A pandemia destruiu muita riqueza no ano passado em Portugal, mas nem todos os mercados foram um desastre. O Observador foi espreitar alguns pequenos "milagres" nas exportações nacionais.

O que é que aviões de guerra, vacas, medicamentos ou canábis medicinal podem fazer pela economia portuguesa? Não tanto quanto o país precisaria neste momento, porque não chegam para amparar a queda abrupta na maioria dos mercados (e nos mais relevantes), mas são exemplos de como foi possível manter à tona da água as relações comerciais com vários países um pouco por todo o mundo.

No pior ano da economia portuguesa em pelo menos seis décadas, em que a atividade recuou 7,6% — e as exportações de bens caíram 10,2% —, houve quase oito dezenas de mercados num total de 250 (o que inclui territórios como Gibraltar ou micro-estados como o Vaticano) que passaram cheques “mais gordos” pelos produtos portugueses. Os serviços estão fora destas contas.

Obras do acaso? Tendências do momento? Ou ganhos efetivos de quota de mercado? Cada caso é um caso. O Observador foi encontrar alguns dos mais curiosos, com base em dados do Instituto Nacional de Estatística e da AICEP, como as vendas de gado para Israel, de F-16 para a Roménia ou medicamentos para a Irlanda. Todas elas fizeram um brilharete no ano passado. Alguns foram negócio que não se repete, outros são para continuar.

Não há só perdas com a Covid-19 — o caso irlandês

Quem analisar as mais recentes estimativas económicas na União Europeia não ficará indiferente aos números do PIB irlandês do ano passado. Se todos os restantes estados-membros, sem exceção, apresentaram quebras entre 0,8% (Lituânia) e 11% (Espanha), como é que a Irlanda (que teve três confinamentos) exibe um crescimento de 3,4%? As razões que justificam esse aumento — e que envolvem a pandemia — trazem notícias interessantes, embora de impacto limitado, para Portugal.

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PIB da Irlanda cresce 3,4% em 2020 apesar da pandemia

É verdade que esses 3,4% podem sempre ser vistos como um crescimento “tímido” face ao comportamento sempre desconcertante da economia irlandesa — que nos cinco anos anteriores só por uma vez teve o PIB a crescer abaixo de 8,5%. Mas seria de esperar que, em ano de pandemia, e com a Europa a fazer contas ao que perde, ninguém escapasse ileso.

Não foi esse o caso da Irlanda, em grande medida porque tem uma forte presença da indústria farmacêutica — atraída, tal como as empresas tecnológicas, pelos incentivos fiscais. Nada pesa tanto nas exportações irlandesas como os medicamentos, que já valem quase 4 em cada 10 euros das vendas ao exterior. As exportações neste setor, num ano profundamente marcado pela Covid-19, tiveram um crescimento de 25%.

O que é que isto significa para as exportações portuguesas? Eduarda Queirós, presidente da Câmara de Comércio Portuguesa na Irlanda, explica que as empresas que estão instaladas naquele país tiveram de “aumentar a sua capacidade de resposta” para fazer face à procura, “procurando fornecedores de matérias-primas e serviços de outros países, Portugal incluído”.

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“Enquanto hub empresarial europeu, muito sustentado nos benefícios fiscais em vigor no país, a República da Irlanda é atualmente o centro nevrálgico da indústria farmacêutica e médica, estando sediadas e com produção no país 24 das 25 maiores empresas farmacêuticas e 14 das 15 maiores Medtech — empresas como Pfizer, Johnson & Johnson, Roche, Novartis e AbbVie, entre outras”, lembra Eduarda Queirós.

A responsável sublinha nomeadamente o contrato conseguido pela Hovione. Em setembro, a multinacional especializada na área da ciência da saúde — que foi fundada por húngaros em Portugal na década de 50 e hoje emprega 1.200 pessoas no país — anunciou o acordo com a farmacêutica Ligand para aumentar a produção de Captisol, usado no antiviral Veklury (remdesivir). O medicamento é usado no âmbito da pandemia para tratar doentes com pneumonia que necessitem de oxigénio suplementar. “A Hovione irá produzir em breve por mês a quantidade que normalmente produz num ano”, revelou então a empresa.

Em declarações ao Observador, Marco Gil, vice-presidente de vendas da Hovione, sublinha que a empresa “exporta a totalidade da produção da fábrica de Loures” e que “esse aumento de capacidade de produção traduz-se no aumento das exportações”.

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“A Irlanda tem um hub farmacêutico muito extenso e a Hovione exporta vários produtos para vários clientes na Irlanda. A produção de Captisol aumentou como resposta à procura deste produto associado ao tratamento do Covid-19”, confirma o responsável.

Embora dezenas de categorias de produtos tenham conhecido aumentos nas exportações para a Irlanda no ano passado, o crescimento de 18,5% no valor de todos os bens vendidos (+76,7 milhões de euros, para 490 milhões) é explicado essencialmente pelos medicamentos, que aumentaram em 78 milhões de euros (para um total de 196,6 milhões).

É também este crescimento dos medicamentos para a Irlanda que justifica, em grande medida, a melhoria das exportações no setor farmacêutico português como um todo (incluindo não só medicamentos, mas também, por exemplo, reagentes para análises). Em 2020, as exportações no setor atingiram 1,2 mil milhões de euros, mais 105 milhões do que em 2019. O aumento das exportações para a Irlanda representa 74% do acréscimo em todo o setor.

“A Irlanda tem um hub farmacêutico muito extenso e a Hovione exporta vários produtos para vários clientes na Irlanda. A produção de Captisol aumentou como resposta à procura deste produto associado ao tratamento do Covid-19”
Marco Gil, vice-presidente de vendas da Hovione

Mercado romeno resiste à boleia das Forças Armadas

A base aérea nº 86, no Sul da Roménia, tem quatro boas explicações para o crescimento de 7,1% (31 milhões de euros) nas exportações portuguesas para aquele país no ano passado. Não fossem as aeronaves que o Estado vendeu à Roménia, num acordo celebrado em 2018, e este mercado seria apenas mais um a afundar em ano de pandemia. Dos cinco caças F-16 então contratualizados, e que estiveram ao serviço da Força Aérea portuguesa, quatro deles voaram no ano passado para a localidade de Borcea, a meio caminho entre a capital, Bucareste, e o Mar Negro.

Apesar de ser uma exportação excecional e que não se deverá repetirá muito mais vezes — porque não sobram F-16 para vender — este é um negócio que já contribuiu para o crescimento do país em 2016 (111,4 milhões de euros), 2017 (36,4 milhões de euros) e agora, em 2020, com outros 64,5 milhões de euros.

São vendas excecionais, mas os F-16 para a Roménia já começam a ser um "clássico" das exportações portuguesas

PAULO CUNHA/LUSA

Os F-16, que foram transformados para a versão romena e atualizados pela Força Aérea na base de Monte Real, estão a ser entregues a conta-gotas: dois chegaram à Roménia em junho, outros dois no outono e o quinto deverá ser entregue este ano.

Está prevista ainda a colaboração entre as equipas de pilotos e de manutenção dos dois países, tal como já tinha acontecido há cinco anos, quando teve início o primeiro processo de venda de F-16 à Roménia. Na altura, em 2016, estavam em causa 12 aeronaves (três das quais entregues no ano seguinte), tendo sido formados cerca de 130 militares romenos em Monte Real, incluindo pilotos e técnicos de manutenção.

A relação entre as duas forças armadas até é mais antiga, desde que foi celebrado, em 1995, o primeiro acordo militar entre os ministérios da Defesa dos dois países, mas só em 2013 começaria o “namoro” das autoridades romenas pelo material de guerra utilizado em Portugal, com a assinatura do primeiro contrato para o fornecimento dos F-16, entregues três anos depois.

Ministro da Defesa reúne-se com homólogo na Roménia com UE e venda de F-16 na agenda

Além dos caças, uma segunda categoria de produtos que teve um crescimento digno de nota inclui contadores de voltas, taxímetros, podómetros ou indicadores de velocidade. Teve um crescimento de 34,9 milhões de euros (quase quatro vezes mais do que no ano anterior).

No entanto, os produtos mais exportados para a Roménia continuam a ser partes e acessórios de veículos, que valeram no ano passado 85,5 milhões de euros (um aumento de 6,8 milhões face ao ano passado.

No total, Portugal exportou em 2020 para este mercado mais 31,6 milhões de euros face a 2019, ou seja, um crescimento de 7,1% (atingindo um total de 474,5 milhões de euros).

O interesse de Israel pelo gado português nunca foi maior

Há uma viagem marítima que se tornou frequente nos últimos anos — responsável por uma parte considerável das relações económicas entre Portugal e Israel — e que, no ano da pandemia, teve importância reforçada. É que nunca, como no ano passado, as empresas judaicas compraram tanto gado bovino vivo a Portugal.

Quando este negócio arrancou em 2015, depois de um acordo diplomático entre os dois países, Portugal fez negócios no valor de 9,6 milhões de euros. Na primeira viagem, do porto de Sines ao porto de Haifa, o navio Holstein Express transportou 3.650 cabeças de gado ao longo de seis dias, num negócio que valeu 4 milhões de euros. O arranque da operação, mediático, levou mesmo o então o Governo de Passos Coelho a sinalizar o momento como “um acontecimento relevante para a internacionalização deste setor e para a economia nacional”.

Seria apenas o início. No ano seguinte, o valor total dessas exportações subiria para 52,2 milhões de euros, tendo, a partir daí, crescimentos graduais — para 55 milhões em 2017, 62 milhões em 2018 e 65 milhões em 2019.

Nada, no entanto, que se compare com os 95,4 milhões de euros exportados em 2020 (sobretudo de novilhos até aos 24 meses e novilhas até aos 15 meses de idade). Um crescimento de 47,2% (+30,6 milhões) que justifica boa parte do aumento de todas as exportações para aquele país — houve mais 46 milhões de euros (+20,2%), para um total de 274,9 milhões.

Exportações de animais vivos aumentam quase 21% em 2020 e impulsionam agroalimentar

Mas o que motiva, afinal, este aumento inusitado? Pode a pandemia ter criado novas dinâmicas no abastecimento de Israel, tendo em conta que um dos principais fornecedores é a Austrália? “As situações conjunturais, neste caso, a pandemia que estamos a viver, trazem sempre ajustes à oferta e à procura e até ao incremento ou redução de transações com determinados mercados”, começa por responder ao Observador o porta-voz do Grupo de Produtores Exportadores de Bovinos e Ovinos (GPEBO), que representa várias das maiores empresas do setor. No entanto, acrescenta que o crescimento verificado se deve também ao “aumento da capacidade das empresas nacionais” e a uma “maior segurança e garantia de qualidade que Israel encontra junto das empresas portuguesas”.

A resposta até pode estar relacionada com a Austrália, mas, questionado pelo Observador sobre o que estará em causa, o Ministério da Agricultura israelita indica que pode ter que ver “com a decisão das autoridades australianas de estabelecerem condições mais rígidas quanto ao bem-estar dos animais no transporte marítimo”. Uma situação “que pode ter afetado os demais participantes do mercado”. Ou seja, face às novas condições — depois de ter havido polémica sobre abusos no transporte de gado vivo da Austrália para Israel (em viagens que podem durar entre 18 a 30 dias) — os produtores israelitas podem ter-se virado para outros mercados, um deles Portugal.

O Grupo de Produtores Exportadores de Bovinos e Ovinos sublinha que, se esse foi o caso, não terá sido por haver poucas restrições em Portugal. O porta-voz do grupo garante que as empresas portuguesas têm dos padrões mais elevados a nível europeu em termos de bem-estar no transporte de animais.

Esta questão da qualidade do transporte de gado vivo também tem gerado alguma polémica em Portugal, com a Plataforma Anti-Transporte de Animais Vivos a denunciar vários abusos nos últimos anos, embora as acusações tenham sido reiteradamente negadas pelos representantes do setor. Em declarações ao Observador, o grupo de produtores e exportadores sublinha que as operações são sempre acompanhadas por veterinários ao longo de todo o processo, até ao momento do embarque — informação também sublinhada pela Embaixada de Portugal em Israel —, e que a morbilidade dos animais é, segundo dados oficiais, muito reduzida.

Só que não fica por aqui. Há ainda uma outra hipótese que poderá explicar o aumento de 47% nas exportações de bovinos para este país do Médio Oriente. Ao Observador, a Embaixada de Portugal em Israel refere que, sem poderem viajar para o estrangeiro, por causa das condições sanitárias e das restrições impostas, os israelitas passaram mais tempo ao longo do ano em celebrações familiares, onde a carne é um elemento importante. As importações de gado terão aumentado simplesmente porque o consumo de carne disparou nos vários feriados do calendário judaico.

E não podia Israel comprar a carne já embalada? A questão é que, para muitos israelitas, a comida tem de ser preparada sob as regras do judaísmo, o que começa, desde logo, pela matéria-prima. A carne “kosher” (assim se chama a comida que obedece a esses preceitos) não pode ser confecionada com algumas gorduras ou veias, por exemplo, que têm de ser removidas. Desta forma, a importação de animais desde tenra idade, para a engorda e posterior abate, garante aos israelitas um maior controlo do processo. A questão, no entanto, não é pacífica no país, tendo mesmo sido discutida nos últimos anos a proibição deste tipo de importações de gado vivo.

Manada de vacas de raça algarvia numa exploração agrícola em Vila do Bispo, 24 de novembro de 2020. Produtores e entidades do Algarve estão empenhadas em recuperar o bovino da raça algarvia assumindo uma crescimento dos atuais 11 para 150 animais até 2022. (ACOMPANHA TEXTO DE 13/12/2020) LUÍS FORRA/LUSA

As vendas de gado vivo para Israel tem aumentado todos os anos, mas em 2020 deram um salto de 47%

LUÍS FORRA/LUSA

A exportação de novilhos teve, de longe o maior contributo para o aumento das exportações portuguesas para Israel, mas não é a única. Com menos expressão, a categoria de produtos que inclui plantas utilizadas em perfumaria, medicina ou como inseticidas teve o segundo maior contributo para o crescimento.

Não são rosas nem girassóis, pelo menos a grande maioria — das três toneladas exportadas, 2,5 serão da responsabilidade da Tilray, que no início do ano passado anunciou uma remessa de canábis medicinal para Israel (naquela que foi a primeira importação israelita deste produto). Em 2019, a categoria de plantas em que se insere este canábis valia 438 mil euros. Agora soma 5 milhões de euros.

“Em poucos anos a canábis medicinal vai notar-se no PIB português”, diz ex-presidente do Infarmed Eurico Castro Alves, agora ligado ao setor

Automóveis, óleos e ouro também deram uma ajuda

Entre os 78 mercados que importaram mais valor de produtos portugueses, há 12 que se destacam pelo peso relativamente maior que têm para as exportações nacionais (entre os 115 milhões de euros exportados para a Arábia Saudita e os 619 milhões no caso da Suécia).

Estão, no entanto, bem longe dos grandes parceiros comerciais de Portugal. Em conjunto, esses 12 mercados em crescimento (incluindo as que destacámos ao longo do texto) são responsáveis por um aumento de 540 milhões de euros face a 2019, e bastará a comparação com qualquer um dos principais parceiros comerciais de Portugal para perceber que esse bom desempenho não chegou para impedir o trambolhão dos “gigantes” — só para Espanha, as exportações caíram 1,1 mil milhões de euros; para França 475 milhões; para a Alemanha 814 milhões; e para o Reino Unido 575 milhões. Nestes quatro mercados, em conjunto, as vendas de bens tiveram uma quebra total de 3 mil milhões de euros.

Em todo o caso, aqueles 12 mercados deram uma ajuda, com Gibraltar a ter o crescimento mais expressivo, de 105% (+95,9 milhões de euros), seguido da Coreia do Sul (+76,7%, ou seja, 77,2 milhões) e Japão (+60,6% — 91,6 milhões).

Gibraltar Border Crossing as Spain, U.K. Negotiate Brexit Issue

O "Rochedo", como é conhecido Gibraltar, foi o mercado com maior crescimento para as exportações portuguesas entre os mais representativos

Bloomberg via Getty Images

No caso dos dois países asiáticos, o aumento foi verificado essencialmente à boleia do setor automóvel. O Japão, que em 2019 tinha importado apenas 207 mil euros neste segmento, passou para 108 milhões de euros no ano passado. Terá contado com um forte contributo da Autoeuropa, que vendeu para o país cerca de 6 mil veículos (3,1% dos 192 mil exportados pela fábrica de Palmela para todo o mundo).

Já a Coreia do Sul importou 34 milhões de euros em automóveis, face a uns residuais 10 mil euros do ano anterior. Também aqui teve contributo da Autoeuropa, com o modelo T-Roc da Volkswagen— que chegou pela primeira vez ao mercado coreano. A isto juntam-se ainda mais 19,2 milhões de euros em pneus do que em 2019. No total, Portugal exportou mais 77,2 milhões de euros para a Coreia do Sul face a 2019, ou seja, um crescimento de 76,7%.

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Entre os países da União Europeia, as exportações para a Suécia cresceram 4,3% (em grande medida por causa de produtos que se enquadram na categoria “construções”, como pontes, comportas ou pórticos, e de bens ligados a “motores e máquinas motrizes”, ambos com aumentos na ordem dos 60%); as vendas para a Dinamarca aumentaram 4,1% à boleia de “hormonas naturais ou sintéticas”; e para a Hungria aumentaram 1%, com destaque para o aumento registado em “aparelhos receptores para radiotelefonia, radiotelegrafia ou radiodifusão”.

Para Gibraltar, o pequeno território pertencente ao Reino Unido, está em causa um aumento de 107,7 milhões de euros na categoria “óleos de petróleo ou de minerais betuminosos”. Também em Cabo Verde, este tipo de produtos explica a subida das exportações portuguesas em 6,1%. Na Suíça (+5,5%, +34,5 milhões de euros), é o ouro, “em formas brutas ou semimanufacturadas, ou em pó” que explica o aumento, com 31,3 milhões de euros. No ano anterior, estas exportações não existiam. E para a Arábia Saudita, Portugal exportou mais 22,9% (+21,6 milhões de euros), sobretudo por via de “circuitos impressos” (eletrónica).

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