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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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Fotogaleria. Fomos tirar a máscara na rua — ao líder do PSD, a um estudante, a uma reformada e muitos outros

A partir deste domingo, acaba a obrigatoriedade de uso de máscara nas ruas. O Observador pegou numa máquina Polaroid e foi fotografar pessoas com e sem máscara. Do líder do PSD a um estudante.

A obrigatoriedade do uso de máscara nos espaços públicos exteriores acaba já este domingo, dia 12 de setembro — os partidos decidiram não renovar o diploma que determinava essa imposição aos maiores de 10 anos para o acesso, circulação ou permanência nos espaços e vias públicas “sempre que o distanciamento físico recomendado pelas autoridades de saúde se mostre impraticável”.

O Observador foi para a rua fotografar pessoas com e sem máscara e perguntar-lhes qual o momento que mais as marcou durante a pandemia. Rui Rio também aceitou ser fotografado — o primeiro-ministro António Costa e a ministra da Saúde Marta Temido preferiram não participar.

Todas as fotografias foram feitas com uma máquina Polaroid.

Rui Rio, 64 anos

Deputado, presidente do PSD e líder da oposição

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“O que mais me marcou neste tempo todo de pandemia, de longe, não tenho dúvida nenhuma, foram aquelas imagens em janeiro com as ambulâncias à porta dos hospitais e com aquelas pessoas sem lugar para serem tratadas, com o Serviço Nacional de Saúde esgotado”, contou ao Observador Rui Rio, fotografado à porta da sede nacional do PSD.

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“O fim da obrigatoriedade da máscara na rua é um marco incentivador para as pessoas, dá alguma esperança, mas sem esquecer que teremos de continuar a usar máscara em espaços interiores, continuar a ter todos os cuidados. É melhor isso do que quando tivemos de propor, nós próprios, o contrário”.

Rita Barros, 44 anos

Trabalhadora independente

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“Por ter duas doenças crónicas, desde fevereiro que uso máscara, antes mesmo de terem sido confirmados os primeiros casos em Portugal — e, por isso, o momento mais marcante… aliás, mais difícil, foi até antes de quando tivemos de ficar fechados em casa pela primeira vez e o facto de ter de usar máscara na rua. Antes desta pandemia, em fevereiro, já usava a máscara. Entrava nos transportes e as pessoas discriminavam-me, olhavam-me de lado, não se sentavam ao pé de mim… ia ao supermercado davam-me passagem… foi mesmo isso que mais me fez ficar apreensiva para o que aí vinha.”

Albertina Anjos, 85 anos

Reformada

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“O mais difícil foi o pânico que senti quando começaram a surgir notícias de que o vírus tinha chegado à Europa e depois intensificou-se quando os primeiros casos surgiram em Portugal. Não sabíamos que isto ia acabar como acabou… aliás, ainda nem acabou. Mas agora, graças à ciência, deixei de ter tanto pânico e medo. Confio muito na ciência.”

Janilson Tavares, 29 anos

Trabalhador na área da restauração

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“Nem de propósito… o uso da máscara foi uma das coisas mais complicadas para mim. A máscara não só como um objeto que nos tapa a boca e o nariz mas também pelo significado que isso tem. Foi difícil habituar-me, claro, mas nunca tinha pensado que algum dia iria deixar de conseguir fazer aquilo que sempre fiz, ter uma vida normal, tanto na rua como em espaços fechados. Claro, sem esquecer que quando ia passear via restaurantes e lojas vazias ou fechadas, as ruas desertas. Eu divido casa com outras pessoas e uma delas ficou infetada e eu tive de sair da minha própria casa por causa disso. Foi horrível”.

Iuri Pereira, 24 anos

Rececionista de hotel

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“Foram vários os momentos que me marcaram até porque parecia que estávamos a viver noutro planeta mas “o” momento foi mesmo quando o meu pai esteve de ficar em casa quando teve Covid-19. Eu tive de sair de casa e a minha mãe ficou sozinha a cuidar do meu pai. O meu pai ainda hoje tem sequelas. Corria três a quatro vezes por semana e teve de deixar de correr, há mais de um ano que não faz aquilo que mais gostava. Ainda não corre mas está melhor”.

Susana Silva, 46 anos

Trabalhadora no ramo hoteleiro

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“O pior foi ficar em lay-off um ano, sem trabalho — e o stress de estar em casa. Trabalhava num hotel, em Lisboa, que fechou e só agora estamos a regressar aos poucos, estamos a trabalhar 13 dias por mês. A retoma dos turistas está a ser feita de uma forma lenta, três quartos, dez, vinte… Em lay-off, não tive nenhuma quebra de ordenado, o Estado ajudou, continuei sempre a receber, mas foi chato ter de estar em casa. Como tenho duas filhas, nem sempre foi fácil de gerir tudo, especialmente com a telescola”.

Miguel Castro André, 23 anos

Estudante

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“Devido ao confinamento, eu e o meu namorado não nos víamos há muito tempo e isso fez com que a nossa relação de alguns anos terminasse. Tal como a minha, muitas outras relações também terminaram mas sempre está ao meu lado a minha mãe a apoiar-me.”

Márcio Jerson, 33 anos

Trabalhador independente

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“É difícil resumir este último ano e meio de pandemia num só momento marcante, mas destaco dois e é fácil perceber porquê: foram os dois confinamentos gerais que tivemos. O primeiro principalmente porque ninguém estava à espera que isto nos fosse acontecer a nós e muitas pessoas, eu incluído, foram apanhadas completamente de surpresa. Lembro-me que as pessoas procuraram desesperadamente por máscaras e álcool gel e não havia — e o que havia era bastante caro.”

Bruno Carmo, 22 anos

Trabalhador numa livraria e estudante

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“Estive a fazer Erasmus na Croácia e a vinda para Portugal foi caótica. Já estávamos em confinamento e eu não estava a conseguir embarcar para Portugal. Estava a ter uma dificuldade enorme em voltar a casa, não me estavam a deixar. Consegui voltar para Portugal através da minha faculdade, que teve de emitir vários documentos a provar que estava de Erasmus e só assim é que me deixaram embarcar. O choque de me dizerem que não podia embarcar foi mesmo a coisa que mais me aterrorizou… até porque já tinha saído do quarto onde estive aqueles meses a estudar e, não podendo sair do país, ficava sem sítio onde dormir.”

José Carlos Silva, 45 anos

Trabalhador no ramo hoteleiro

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“A parte que mais me custou foi quando estive em lay-off porque não deu para desfrutar do trabalho. Toda esta situação é triste porque queremos trabalhar e não conseguimos. No hotel onde trabalhava desempenhava as funções de motorista e também trabalhava na lavandaria. Estou desde março de 2020 em lay-off a 100%, mas continuo a receber. No ano passado trabalhei uma média de seis dias por mês em outubro o hotel fechou completamente porque não havia clientes suficientes. Além disso, também apanhei Covid-19 em outubro, eu e a minha família toda. Felizmente, estive assintomático, apenas senti algum cansaço e estive sem paladar. Não faço a mínima ideia onde contraí o vírus, talvez tivesse sido nos transportes públicos, ou então através de um colega de trabalho.”

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