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O Super Bock Super Rock prepara-se para voltar à Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, entre esta quinta-feira, 18 de julho, e sábado, dia 20. Serão três dias de música, com os artistas espalhados por três palcos, a partir do final da tarde e pela noite dentro. Ainda há bilhetes à venda: os diários custam 72€, o passe de três dias fica por 164€ até dia 17, mas há outras opções para explorar.
Se vai a partir de Lisboa e não desejar levar o carro, talvez o melhor seja optar pelo combinado de uma viagem de comboio com um shuttle do festival. Todas as informações úteis sobre como chegar ao recinto estão disponíveis no site oficial do Super Bock Super Rock.
Resta-nos a música. Nos últimos anos, a programação do festival virou-se mais para o hip hop e o R&B — sinais dos tempos, dos novos padrões de consumo e de uma série de artistas que ganharam uma preponderância incontornável na indústria a nível mundial. Ainda assim, o evento promovido pela Música no Coração guarda um dia dedicado a sonoridades rock; e todas as noites haverá atuações de música eletrónica que prometem transformar o Meco numa enorme pista de dança. Este é um possível roteiro para os próximos três dias de Super Bock Super Rock.
QUINTA-FEIRA, DIA 18
Tom Morello
Palco Super Bock, 18h45
Que melhor maneira de começar um festival do que com Tom Morello, emblemático guitarrista dos Rage Against the Machine? Aos 60 anos, o músico e ativista norte-americano tem um currículo preenchido, tendo também passado pelos Audioslave e Prophets of Rage, além de ter lançado uma série de discos em nome próprio ou com o projeto The Nightwatchman. Recentemente, tem apresentado novos temas, como Soldier In The Army of Love ou Gossip, uma colaboração com os Måneskin, que tocam na mesma noite no Meco. Será que a parceria também chega a palco?
Royal Blood
Palco Super Bock, 20h45
Um ano após terem passado pelo Campo Pequeno, onde anteciparam o álbum Back To The Water Below, editado meses depois, os Royal Blood estreiam-se no Meco com honras de palco principal. A dupla britânica — que percorre uma série de estéticas dentro do universo do rock, do garage ao stoner, tendo também influências dos blues — é conhecida pelas performances magnéticas. Muito graças ao baixo de Mike Kerr, que, graças a uma série de efeitos e pedais, também soa a guitarra elétrica; e à maneira enérgica e dedicada como Ben Thatcher se agarra à bateria.
WillButler + TheSisterSquares
Palco Pull&Bear, 21h45
É outro regresso de alguém que passou recentemente por palcos portugueses. Will Butler — mais conhecido por ter sido um dos membros dos Arcade Fire durante quase 20 anos, ao lado do seu irmão Win — está de volta com os seus The Sister Squares para apresentarem o disco homónimo que lançaram no ano passado. Desde 2015 que o músico canadiano, formado na escola indie rock mas também com referências eletrónicas, tem apresentado discos em nome próprio, embora agora esteja oficialmente acompanhado por uma banda composta por Sara Dobbs, Jenny Shore, Julie Shore e Miles Francis.
Måneskin
Palco Super Bock, 22h45
Explodiram quando conquistaram a Eurovisão em 2021 com Zitti e Buoni, mas desde então que os italianos Måneskin ganharam uma relevância extra no panorama musical. No ano passado lançaram o muito popular RUSH!, álbum que sucedeu a Teatro d’Ira Vol. 1, que por sua vez já se tinha tornado num sucesso internacional. A aguardada estreia em Portugal, mesmo que algo tardia, acontece agora enquanto cabeças de cartaz do primeiro dia de Super Bock Super Rock.
Nina Kraviz
Palco Super Bock, 1h30
Presença regular nos palcos portugueses, a DJ russa tornou-se uma referência mainstream no circuito do techno. O Super Bock Super Rock aposta em nomes fortes da eletrónica para encerrar cada dia de festival e, na quinta-feira, será a vez de o Meco se vergar perante as batidas poderosas de Nina Kraviz.
SEXTA-FEIRA, DIA 19
Mahalia
Palco Super Bock, 19h
Depois de um dia mais dedicado a sonoridades rock, na sexta-feira o festival volta-se sobretudo para o rap e para o R&B, áreas da música em que tem apostado nos últimos anos e que têm ganho uma outra preponderância na indústria musical. A abrir o palco principal, Mahalia volta a um evento onde já foi feliz, desta vez para apresentar o seu segundo álbum, IRL, editado no ano passado. Ao longo de 13 faixas, geralmente enérgicas e viradas para a pista, é um registo R&B de influências hip hop e ambições pop.
Slow J
Palco Super Bock, 20h45
Lançou no ano passado o seu Afro Fado, quarto disco de originais, e alcançou o feito histórico de esgotar duas MEO Arenas consecutivas. Agora, Slow J apresenta-se numa série de festivais e volta àquele por onde passou por todos os palcos, onde sempre foi bem recebido e acarinhado. Após alguns anos afastado dos concertos, João Batista Coelho voltou em força com um formato renovado de banda, pronto para servir temas como Where U @, Tata ou CorDaPele.
Mabel
Palco Pull&Bear, 22h
Por enquanto, Mabel pode ser mais promessa do que certeza, mas a cantora britânica tem a quem seguir as pisadas, uma vez que é a filha de Neneh Cherry e do produtor Cameron McVey, conhecido por trabalhar com bandas como os Massive Attack ou os Portishead. Entre a pop e o R&B, conta já com três discos — Ivy to Roses (2019), High Expectations (2019) e About Last Night… (2022) —, que servem de aperitivo para o concerto que irá dar no Super Bock Super Rock. Don’t Call Me Up mantém-se como o seu single mais popular de todos.
21 Savage
Palco Super Bock, 23h
É a estreia em Portugal de um dos rappers mais relevantes dos últimos anos. Nascido em Londres mas criado em Atlanta, o berço do trap, 21 Savage tornou-se uma referência desde 2016, quando apresentou o EP Savage Mode, em colaboração com Metro Boomin. O single Bank Account, lançado no ano seguinte, seria apenas o início de uma carreira fulgurante que o levaria a colaborar com muitos dos nomes grandes da indústria, de Drake a J. Cole, tornando-se ele próprio também num deles. Com uma voz inconfundível e uma escrita que reflete as suas vivências ligadas à rua, o rapper de 31 anos vem apresentar o terceiro álbum, american dream, onde se destaca o single redrum.
Aminé
Palco Pull&Bear, 00h15
Depois de, no ano passado, Kaytranada ter passado pelo Super Bock Super Rock, agora é a vez da outra metade de Kaytraminé, projeto editado no ano passado que, como é fácil de perceber pelo nome, juntou os instrumentais do produtor canadiano às rimas do norte-americano Aminé. Com uma série de discos no currículo, o rapper tem-se pautado por um registo alternativo dentro do hip hop, explorando diversas sonoridades e expandindo limites criativos, cruzando rimas, melodias e beats distintos. Caroline, Reel It In ou 4EVA são temas que não deverão faltar no alinhamento.
Black Coffee
Palco Super Bock, 1h15
É natural que o nome Nkosinathi Innocent Maphumulo não soe familiar, mas se falarmos em Black Coffee talvez já seja diferente. Referência da música eletrónica, o DJ e produtor sul-africano explora os universos da música house, muitas vezes cruzando-os com as suas raízes tradicionais em sets envolventes.
SÁBADO, DIA 20
Mind da Gap
Palco Super Bock, 19h
Oito anos após anunciarem o fim, os Mind da Gap estão reunidos para um concerto que promete ser especial — até porque não existe qualquer confirmação de que se venha a repetir. Ace, Serial e Presto formam este trio portuense, autênticos veteranos e pioneiros do rap português, que tanto contribuíram para abrir portas para as gerações que se seguiram. Para o palco, levam mais de duas mãos cheias de êxitos, de Todos Gordos a Bazamos ou Ficamos?, de Não Stresses a És Onde Quero Estar. Será uma viagem nostálgica Sem Cerimónias com os Suspeitos do Costume, naquilo que promete ser um Regresso ao Futuro.
Vulfpeck
Palco Super Bock, 20h45
Banda norte-americana que cruza música pop com funk, jazz e soul, os Vulfpeck são um quarteto que opta por um registo minimal e indie e que já conta com uma discografia considerável (e um virtuosismo instrumental fora do comum). O álbum mais recente, Schvitz, data de 2022; mas consigo trazem canções de toda a carreira como Back Pocket, Wait for the Moment ou 1612.
Stormzy
Palco Super Bock, 22h45
Stormzy até já passou pelo Super Bock Super Rock, numa atuação ao final da tarde para uma MEO Arena ainda muito vazia, faz agora meia-dúzia de anos. Agora, com outro tipo de destaque, o mais popular rapper do Reino Unido encabeça o terceiro e último dia de festival no Meco. Heavy is the Head, já dizia no segundo álbum, que entretanto já teve seguimento em 2022 com This Is What I Mean. Nascido nas profundezas do grime mas hoje com um alcance e uma sonoridade bastante mais transversal, Stormzy é mais um nome a não perder nesta edição.