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“Imagine um hotel onde todos querem ficar, mas os quartos estão cheios. Há duas opções: ou não se recebe mais hóspedes ou se põe duas pessoas em cada cama de solteiro.” O hotel não é um hotel, é antes uma faculdade, neste caso o Instituto Superior Técnico, em Lisboa. A comparação é feita pelo seu presidente, Rogério Colaço, que assim explica por que motivo não tem capacidade para receber mais alunos.

Não é o único. Em Coimbra, o diretor da Faculdade de Medicina não abriu nenhuma das novas vagas que podia — uma discussão à parte, mantendo-se um braço de ferro entre o ministro do Ensino Superior e a classe médica. Em contrapartida, na Universidade de Évora ainda é possível acolher alunos com o corpo docente existente, mas a reitora lembra que sem aumentar o financiamento a situação tende a complicar-se. Soluções inovadoras é o que procuram os politécnicos de Setúbal e do Cávado e do Ave que apostam em cursos híbridos e salas de aula fora do campus para responder à procura.

Nos últimos dois anos, houve um novo boom no número de candidatos ao ensino superior, como já não se via há 25 anos. E se há algumas instituições que ainda sofrem da quebra de alunos sentida nos anos da troika e da crise económica, outras há que não têm lugar para sentar todos os alunos se estes decidissem aparecer ao mesmo tempo na sala de aula. 

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