Mac DeMarco
O puto reguila de jardineiras apresentou “Salad Days”, disco “indie pop” que chamou a atenção da crítica ao longo de 2014. Entre álcool e alguns cigarros, ainda houve tempo para cantar os parabéns a um amigo que por ali andava.
© Hugo Amaral/Observador
FKA twigs
Tahliah Debrett Barnet, inglesa de sangue metade jamaicano, metade egípcio, despertou para a música como FKA twigs depois de “LP 1”, disco de estreia de 2014. No NOS Primavera Sound a curiosidade levou muito público a juntar-se ao palco para sentir as vibrações de uma batida “R’n’B” meio desacelerada, quase a fugir para o “trip hop”, aproximando-a de sonoridades onde reinam Tricky e Massive Attack.
© Hugo Amaral/Observador
Banda do Mar
Marcelo Camelo, Fred e Mallu Magalhães. A Banda do Mar, trio luso brasileiro formado em Portugal, viu a luz do dia em 2014. Daí até esgotarem as salas por onde passaram foi um instante. Fizeram a primeira aparição em festivais no NOS Primavera Sound. Em Julho repetem a dose no Super Bock Super Rock, em Lisboa.
© Hugo Amaral/Observador
Interpol
A banda de Nova Iorque chegou à boleia do último disco “El Pintor” mas foram os temas dos dois primeiros que arrancaram mais aplausos. Em 18 anos de carreira os Interpol nunca deixaram de carregar o estigma de serem uma banda pouco expressiva em apresentações ao vivo. No Porto foram os primeiros cabeças de cartaz e tiveram o público só para eles.
© Hugo Amaral/Observador
Um festival diferente
O NOS Primavera Sound tem uma personalidade bastante descontraída sem as ações de marketing “agressivas” que marcam os outros festivais. As filas para os brindes são facilmente trocadas pela descontração na relva num anfiteatro natural de fazer inveja.
© Hugo Amaral/Observador
The Juan Maclean
John Maclean e Nancy Whang levam bem a sério a missão de pôr a malta a dançar. O público sabia e chegou-se à frente.
© Hugo Amaral/Observador
Yasmine Hamdan
De Beirute para o Porto. Com os Soap Kills, Yasmine Hamdan foi uma das principais responsáveis pela abertura da cultura árabe a uma linguagem electrónica contemporânea. Descalça, cantou em árabe e abriu as atividades no palco ATP de uma forma intensa, sensual e exótica.
© Hugo Amaral/Observador
Giant Sand
Howe Gelb passou por Aveiro e comprou um chapéu. Usou-o no Porto enquanto revisitava 30 anos de canções ao serviço dos Giant Sand, num concerto que serviu de “aquecimento geracional” ao espetáculo de Patti Smith.
© Hugo Amaral/Observador
Patti Smith
Chegou ao Porto para duas atuações. Depois do primeiro concerto em registo spoken word (que não chegou bem a sê-lo) no palco Pitchfork, Patti Smith arrancou para a interpretação integral de “Horses”, registo maior na influência do punk rock nova iorquino que celebra este ano 40 anos da sua edição. “Jesus died for somebody’s sins, but not mine”. Seria um pecado estar no Porto e ter perdido o concerto.
© Hugo Amaral/Observador
José González
Coube-lhe a tarefa de tocar a seguir a Patti Smith. Sem medo, o compositor sueco de nome argentino enfrentou o palco e justificou porque esgotou o CCB meses antes do concerto em Fevereiro. O regresso a Portugal fez-se, desta vez, com direito a pôr do sol e com as já habituais versões de “Teardrop” dos Massive Attack e “Hand On Your Heart” de Kylie Minogue.
© Hugo Amaral/Observador
Público
Segundo números da organização, passaram pelo NOS Primavera Sound cerca de 77 mil pessoas de 40 nacionalidades.
© Hugo Amaral/Observador
The Replacements
Já cá andam há muito tempo mas continuam a sofrer de uma espécie de síndrome de adolescência tardia muito própria. Tocaram “20th Century Boy”, um hino que não é deles, e anunciaram que este foi o último concerto da banda. Outra vez.
© Hugo Amaral/Observador
Belle & Sebastian
Os escoceses têm em Portugal uma legião de fãs considerável. Stuart Murdoch liderou a “mini orquestra pop” e fez a festa antes da melancolia de Antony.
© Hugo Amaral/Observador
JUNGLE
Uma das revelações da música urbana do último ano, os JUNGLE regressaram a Portugal depois da passagem pelo Alive em 2014.
© Hugo Amaral/Observador
Manel Cruz
Filho da terra, Manel Cruz joga ao ataque. Mais um projeto – Estação de Serviço – e mais uma aposta ganha em jeito de revisão da matéria dada com os Pluto, Supernada e Foge Foge Bandido. E um gozo muito próprio de o ouvir cantar naquele sotaque deliciosamente nortenho as palavras que só ele sabe escrever. “Olá, mandei vir o sol e é português” disse, quando pisou o palco. Obrigado, dissemos nós.
© Hugo Amaral/Observador
Thurston Moore Band
As apresentações são dispensáveis quando se trata de Thurston Moore, não só pelos Sonic Youth mas por toda a contribuição da escola “indie rock” que carrega aos ombros desde os inícios de 80. No Porto, provocou uma das maiores enchentes de fim de tarde no palco ATP.
© Hugo Amaral/Observador
Profissão: colecionador de festivais
Os pulsos exibem orgulhosamente as pulseiras dos festivais e das noites sem dormir. Tudo em nome da música.
© Hugo Amaral/Observador
Babes in Toyland
O tempo passou-lhes por cima, mas elas não se importam.
© Hugo Amaral/Observador
Damien Rice
O irlandês, tipo bem parecido e cheio de pinta, entrou em cena debaixo de uma grande ovação para apresentar “My Favorite Faded Fantasy”. O imenso palco que, à partida, seria um desafio, foi facilmente ultrapassado quando Rice pôs as meninas da fila da frente a cantar em uníssono.
© Hugo Amaral/Observador
Imagem de marca
O pôr do sol visto do anfiteatro natural do Parque da Cidade parece cliché mas já é uma imagem de marca do festival.
© Hugo Amaral/Observador
Einstürzende Neubauten
Instituição germânica de culto, pioneira em sacar sons de pedaços de metal esquecidos numa sucata qualquer.
© Hugo Amaral/Observador
Death Cab For Cutie
Os americanos ajustaram contas com o Primavera Sound depois da chuva ter forçado o cancelamento da sua estreia em Portugal há três anos, no mesmo festival. A linha de baixo inconfundível de “I Will Possess Your Heart” abriu as hostes em jeito de celebração.
© Hugo Amaral/Observador
Ride
Herdeiros da sonoridade britânica dos anos 90 algures entre o chamado “shoegaze” e o “britpop”, os Ride ofereceram um espetáculo certinho alinhado ao milímetro. Foram anunciados como um dos destaques do cartaz do festival, mas não conseguiram captar a atenção do público que ao fim de três dias já se dispersava pelo recinto.
© Hugo Amaral/Observador
Underworld
“Os Underworld são aqueles da música do Trainspotting?”, perguntava alguém, minutos antes do duo britânico subir ao palco. Passados quase 20 anos, a associação ao filme de culto de toda uma geração continua a ser inegável. “Born Slippy.NUXX” é um dos temas mais conhecidos dos Underworld e marca registada da música de dança da década de 90 que também viu nascer “dubnobasswithmyheadman”, disco interpretado por inteiro no Porto.
© Hugo Amaral/Observador
Para o ano há mais
Três dias de maratona entre quatro palcos fazem mossa em qualquer um. O corpo já pede descanso. O NOS Primavera Sound regressa ao Parque da Cidade nos dias 9, 10 e 11 de Junho de 2016.
© Hugo Amaral/Observador