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Orlando Almeida

Orlando Almeida

Nuno Melo: "Vou apresentar moção ao Congresso do CDS e decisão de ser candidato não depende das autárquicas"

Em entrevista à Vichyssoise, Nuno Melo anuncia que vai apresentar moção ao Congresso, diz que decisão de ser candidato não depende das autárquicas e desconfia que direção quer antecipar congresso.

Três dias depois de ter arrasado a direção do CDS nas jornadas parlamentares do partido, Nuno Melo dá mais um passo frente em entrevista ao programa Vichyssoise da Rádio Observador: vai apresentar uma moção ao próximo Congresso do CDS. Já houve outras circunstâncias em que o eurodeputado apresentou uma moção de estratégia global, mas acabou por não a levar a votos. Desta vez, tudo pode ser diferente. Ser candidato à liderança é um objetivo? “Nunca excluí e não excluo agora“.

Há depois outros sinais que mostram que Nuno Melo está atento às movimentações na liderança do partido e para uma eventual sucessão de Francisco Rodrigues dos Santos. Desde logo, define um timing para um eventual avanço: “Qualquer decisão será tomada depois das autárquicas, com todas as consequências que entenda que na altura deva tomar se for candidato ou se não for candidato.”

Além disso, Nuno Melo denuncia que a direção pode estar a preparar uma antecipação da reunião magna do partido. “Se a direção quiser antecipar o Congresso será por uma razão tática de quem quer aproveitar o que quer que seja“, adverte.

[Ouça aqui a Vichyssoise na íntegra:]

Guerra no CDS e Costa no país das maravilhas

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Disse esta semana nas jornadas parlamentares do CDS o seguinte: “Muitos de nós que cá estamos já combatiam os socialismos quando muitos dos que hoje nos atacam sem necessidade nenhuma ainda estavam sentados nos bancos da escola. Quando assim é, há lições que eu não recebo”. Estava a referir-se ao líder do CDS?
A expressão foi realmente essa, dos bancos da escola, estava a referir-me àqueles que se atrevem e se permitem, num momento em que é preciso fazer uma oposição eficaz ao PS, a atacar repetidamente e apoucar a anterior direção do CDS sem necessidade alguma. Essa direção já não manda no CDS, mas é grande parte dessas pessoas constitui hoje o grupo parlamentar, eu que sou eurodeputado fiz parte dessa direção, há muitas outras pessoas que são autarcas, dirigentes a nível local ou distrital do CDS. Quando se escreve que essas pessoas, no caso mais concreto que despoletou a minha reação, escolheram parecer-se com o PS não só temos nisto um absurdo, tendo em conta tudo o que fizemos nessas direções. Aliás, nunca fiz outra coisa na minha vida que não fosse combater o PS. Era presidente do grupo parlamentar quando José Sócrates era primeiro ministro e sei bem como foram duras essas batalhas e as que nos levaram ao Governo e fizeram com que o PS perdesse eleições. Sei bem como nunca fizemos outra coisa. Foi assim também quando Assunção Cristas era criticada por ser supostamente demasiado contundente com António Costa. Escrever-se agora que há no partido duas correntes, duas políticas, dois partidos, não faz sentido.

Está a falar do artigo que Margarida Bentes Penedo, da direção de Francisco Rodrigues dos Santos, publicou no Observador.
Estou. É hoje membro da direção, cooptada por esta direção, sendo que estas coisas são ditas na sequência de uma rotina que desde o fim do Congresso ataca a anterior direção seja por causa das contas, dos resultados, do que seja, numa espécie de legitimação de quem aparece agora para fazer tudo melhor porque os outros fizeram tudo mal.

"Ninguém em condições normais exclui liminarmente ser candidato à liderança de um partido, em circunstâncias normais. Da minha parte nunca exclui e não excluo agora."

Diz que se sentiu ofendido…
A questão dos bancos da escola teve que ver apenas com essa questão específica do PS, de se dizer que decidimos nessa direção parecer-nos com o PS. Precisamente porque nunca fizemos outra coisa que não fosse combater o PS e fazíamos quando agora algumas das pessoas que hoje mandam no CDS realmente ainda estavam, por razão geracional, nos bancos da escola. É profundamente injusto essa acusação e a reação teve que ver com isso. Percebo que se fale de um partido, dois partidos, cinco partidos, num Congresso. Não são partidos diferentes, são diferentes visões acerca de um partido. Realizado um Congresso, legitimada uma direção, não podem existir dois partidos como se escreve. Há um partido, que pode ter pessoas que podem pensar diferente, mas é um só partido. Esta trincheira, este muro que se cria quando o CDS está tão debilitado é tudo o que o CDS não precisa.

Perguntava porque não é propriamente conhecido por ser um “snowflake” e é duro no debate. Quando se diz ofendido é por isso, por essa batalha que teve contra o PS na altura?
Não minha, é uma apreciação coletiva. O juízo é feito em relação a muitas pessoas, tanto na direção de Paulo Portas, como de Assunção Cristas.

Mas a sua crítica também não é coletiva no sentido em que não é apenas dirigida a Margarida Bentes Penedo mas também à atual liderança do CDS?
Evidentemente. Uma coisa é um artigo de opinião de uma pessoa, que tem todo o direito de pensar diferente, outra coisa é o pensamento sobre o CDS e sobre quem está no CDS, atacando alguns dos que são os seus principais protagonistas. E refiro-me ao grupo parlamentar desde logo, nem falo de mim como deputado europeu, com deputados que fazem tudo para combater este PS ainda hoje. Foi uma apreciação de alguém que é membro da direção e que é também, pela conivência e pelo silêncio, dessa direção.

Vamos a um balanço daquilo que a atual direção fez até ao momento. O balanço que  faz e que traça é claramente negativo?
Eu esses balanços farei no Congresso.

Ataques de Margarida Bentes Penedo são também, pelo "silêncio e pela conivência", da direção de Francisco Rodrigues dos Santos

Mas olhando para o que estávamos a falar, na questão da experiência do combate político, dessa experiência a fazer também oposição ao PS — e até há quem compare o Partido Socialista de há uns anos com o atual — pergunto-lhe se Francisco Rodrigues dos Santos tem respeitado o legado também do CDS e de anteriores direções e se era preciso um pulso mais firme e outro tipo de experiência para fazer o combate nos dias de hoje?
O que digo é que há um esforço de agregação, que parte sempre do topo para a base. O que equivale a dizer que esse esforço deve partir da direção em relação a todos os outros, do grupo parlamentar, aos militantes, passando pelo dirigentes locais. Quando o partido está numa situação visivelmente difícil seria suposto que essa agregação acontecesse para que se contasse com todos. Não é nos discursos, é genuinamente com todos, até porque muitos destes são instrumentos decisivos da luta política do CDS. A reação nestas jornadas teve que ver com uma espécie de defesa de honra coletiva, mas traduz um pouco aquela terceira regra de Newton, da ação-reação. Toda a força da ação determina uma reação em sentido oposto, basicamente é isso. Cheguei a um ponto em que quando não faço outra coisa que não seja combater o PS, estou cansado de ouvir juízos pejorativos em relação a uma direção anterior que já não tem de ser atacada porque já lá não está, mas também porque não fez outra coisa que não fosse combater esse PS e com muita eficácia.

Teme que com o caminho agora seguido se vão perdendo tropas pelo caminho, mais do que já aconteceu?
É evidente. As pessoas têm gosto em estar quando são estimadas, sentem-se pior quando são apoucadas. Desde logo desfiliações não são uma coisa boa e comentários aligeirando desfiliações também não ajudam a coisa nenhuma.

Está a falar de Francisco Mendes da Silva?
Estou a falar de várias pessoas, esse é um caso, porventura o mais mediático, mas estou a falar de várias pessoas. O partido deve fazer para que todas as pessoas queiram para ficar, não para que saiam e depois a os apoiantes da direção dizerem: “Saem uns mas entram outros”. As coisas não são assim. Agora, devemos estar mobilizados neste momento em duas coisas: fazer oposição ao PS e ter um bom resultado nas eleições autárquicas.

Ficou implícito, senão mesmo explícito, nas suas palavras que esta direção do CDS tem muitas falhas. Qual é a melhor altura para um Congresso eletivo para substituir esta direção, tendo em conta que disse há pouco que falará no Congresso? É a seguir às autárquicas? Disse em fevereiro também que o CDS “não aguentará mais um ano nesta litigância” e, na verdade, o prazo está a acabar.
O Congresso tem um prazo estatutário normal e esse prazo significa que deverá acontecer no início do próximo ano, a menos que a direção entenda taticamente antecipá-lo, se o quiser antecipar será isso mesmo, por uma razão tática de quem quer aproveitar o que seja…

Parece-lhe que isso está a ser cozinhado?
Não sei se está se não está, mas é uma possibilidade. Quem está na política, não sendo ingénuo sabe muito bem como as coisas acontecem. Até lá, até às eleições autárquicas, vou-me concentrar essencialmente nessas eleições autárquicas, também como candidato e ajudando os candidatos que entendam que a minha presença possa ser útil e tenciono estar em vários lugares, eu como muita gente que hoje é mais considerada no CDS, mas que tem um trajeto, e as pessoas conhecem-nas e são úteis, pelo menos junto desses autarcas e desses candidatos. Esse é o meu empenho e depois das autárquicas logo se verá.

Esse empenho pode ser também uma candidatura à liderança do CDS? Isto porque disse nestas jornadas parlamentares: “Não desistam, não deprimam, enquanto tiver de ser eu estou cá”. É um pré-anúncio de uma candidatura?
Em primeiro lugar vou apresentar uma moção ao Congresso, isso posso dizer desde já que farei. Em segundo lugar vou empenhar-me nas autárquicas, também como candidato. E em terceiro lugar a decisão que tomar em relação a esse congresso não terá que ver seguramente com o resultado das eleições autárquicas, mas sim com o estado geral do partido. Isto porque será impossível medir o estado geral do partido pelo resultados em eleições autárquicas, se tivermos em conta que, nas principais candidaturas, o CDS vai coligado com o PSD e, portanto, o músculo, o peso e a relevância do CDS não se consegue medir nessas coligações. Pode até acontecer o PSD e o CDS perderem em todas essas coligações e aumentarem o número de autarcas, basta que os candidatos do CDS estejam num lugar razoavelmente cimeiro porque serão autarcas. Portanto, as autárquicas não permitem medir o estado geral do partido e a decisão que tenha de tomar terá em conta esse estado geral do partido.

Não exclui chegar-se à frente, já percebemos que não vai depender do resultado autárquico essa decisão, mas por aquilo que tem visto parece-lhe que o partido precisa de si? Pelo menos tem havido alguns apelos dessa gente que ao longo dos últimos anos tem lutado pelo CDS e contra o socialismo, alguns com funções governativas, no Parlamento como esteve. Está disponível ou admite a possibilidade de levar esta moção a votos para a liderança?
Disse sempre que ninguém em condições normais exclui liminarmente ser candidato à liderança de um partido, em circunstâncias normais em determinado circunstancialismo, digamos assim. Da minha parte nunca exclui e não excluo agora.

E está mais perto agora do que quando foi o último Congresso?
Vou apresentar uma moção e depois das autárquicas, sem ter a ver com o resultado dessas autárquicas, mas com a validação do estado geral do partido que faça, decidirei. Até lá, todo o meu empenho estará em ajudar o CDS nessas eleições autárquicas para que tenha o melhor resultado possível e também nesse combate ao PS porque o PS precisa muito dessa oposição.

Insistindo. Se olharmos para aquilo que aconteceu em 2020, na altura acabou por retirar a moção que iria apresentar e dizia que passava à qualidade de soldado raso no CDS. Isso quer dizer que neste momento está também na hora de deixar de o ser, ou seja, mantendo esse olhar para as bases mas assumindo um papel de maior preponderância?
Enquanto eurodeputado tenho sempre preponderância em representação do CDS.

"Primeiro vou apresentar uma moção ao Congresso, em segundo lugar vou-me empenhar nas eleições autárquicas e a decisão que tomar e que não terá que ver com as autárquicas, mas com o estado geral do partido será tomada depois dessas autárquicas, com todas as consequências que entenda que na altura deva tomar se for candidato ou se não for candidato."

Obviamente, mas enquanto eurodeputado há sempre uma ideia de que se está um pouco mais longe, ainda que se esteja também a lutar pelos interesses do partido e do país nesses casos. Mas uma maior preponderância mais perto do território nacional.
As eleições autárquicas, desde logo, determinam que todos nós sejamos capazes de dar o nosso esforço em vantagem para o partido. Tive essa disponibilidade e, portanto, necessariamente estarei mais ativo como muitas outras pessoas que não estão na direção. Desde logo grande parte das pessoas que fizeram parte da direção da Assunção Cristas e Paulo Portas estão disponíveis para serem candidatos e vão ser candidatos. Portanto, nessa parte já não serei tanto soldado, serei candidato. A expressão soldado tem a ver com a perspetiva de dirigente do partido, enquanto dirigente nacional.

No jantar em São João da Madeira estavam líderes distritais como Manuel Isaac, de Leiria, Álvaro Castello-Branco, do Porto, Henrique Monteiro, da Guarda, Hélder Amaral, de Viseu, Nuno Magalhães, de Setúbal, e João Gonçalves Pereira, ainda líder da distrital de Lisboa. Essas pessoas inspiram-no e dão-lhe confiança de que se um dia decidir que tem essa vontade de avançar para a liderança do CDS tem ali um apoio de peso?
O CDS só me faz sentido com todos e o CDS tem nessas pessoas quadros extraordinários, como outros que não estavam ali, muitos também próximos desta direção e outras pessoas novas que se devem juntar ao CDS, desde que o partido tenha a capacidade de se mostrar útil e ser apetecível do espaço político, desde logo no plano eleitoral.

E se for candidato à liderança do partido abandona o cargo em Bruxelas ou se vier a ser eleito presidente do CDS?
Primeiro vou apresentar uma moção ao Congresso, em segundo lugar vou-me empenhar nas eleições autárquicas e a decisão que tomar e que não terá que ver com as autárquicas, mas com o estado geral do partido será tomada depois dessas autárquicas, com todas as consequências que entenda que na altura deva tomar se for candidato ou se não for candidato.

O principal adversário do CDS é a Iniciativa Liberal, o Chega ou o PSD?
É o PS. Aos meus olhos é o PS. Houve uma reconfiguração político-partidária que trouxe novos players que concorrem por espaços do novo eleitorado, não necessariamente pelo mesmo eleitorado, mas o espaço eleitoral é o mercado e esse mercado escolhe.

Mas dentro desse mercado, desse espaço eleitoral a que se refere, qual destes três partidos com quem é que concorre mais diretamente o CDS?
Neste momento tenho o PSD como aliado.

Sobra então a Iniciativa Liberal e o Chega.
Se tiver em conta que estamos coligados com o PSD em mais de metade do país seria estranho decidir-se celebrar coligações em plenas autárquicas — e esse é o ciclo eleitoral com o PSD — e depois estarmos aqui a argumentar que o PSD é o adversário. Não é. Sendo que em eleições legislativas depende também muito daquilo que seja a estratégia aprovada nesses ciclos eleitorais.

Foi companheiro de Paulo Rangel numa campanha eleitoral. Seria mais fácil reeditar uma nova PàF com Rangel do que com Rui Rio?
Participei em listas de coligação com o PSD com o Paulo Rangel a cabeça de lista, como tendo o Paulo Rangel em listas próprias pelo PSD e eu em representação do CDS. E, portanto, tenho uma experiência e outra. Tenho uma relação pessoal muito boa com o Paulo Rangel, como é normal, dadas as circunstâncias por esse trajeto que tivemos comuns enquanto candidatos, mas também por um relacionamento pessoal que entretanto fomos construindo no Parlamento Europeu e fora dele. Separo a política do relacionamento pessoal, mas por vezes há sobreposições que acontecem. Tal e qual eu tenho uma boa relação com o dr. Rui Rio, de há muito anos.

Coligação pré-eleitoral PSD-CDS? "Essa é uma avaliação que a direção do partido do momento terá de fazer. Acho que dois ou três anos em política é realmente muito tempo"

Em 2015, o PSD e o CDS foram juntos a legislativas e até beneficiaram, em termos de mandatos, de irem juntos nessa coligação pré-eleitoral. Essa seria uma boa solução para 2023?
Essa é uma avaliação que a direção do partido do momento terá de fazer. Acho que dois ou três anos em política é realmente muito tempo. Num ano acontece tanta coisa. Não me esqueço daquele ciclo que, no tempo de poucos meses, José Manuel Durão Barroso transitou para a presidência da Comissão Europeia. Depois disso, o dr. Santana Lopes, que ninguém acharia em condições normais e naquele momento acabou por ser primeiro-ministro e o dr. Jorge Sampaio — quando havia uma cooperação boa entre o PSD e o CDS a apoiar esse Governo — dissolveu o Parlamento. Isso aconteceu no espaço de semanas ou meses. Desde esse tempo que me habituei a nunca fazer previsões na política.

Até porque pode ser o presidente do partido na altura e depois já se está aqui a comprometer com isso.
Seja quem seja. Sabemos lá o que vai acontecer até 2023.

Temos de avançar, mas uma última pergunta: Sílvio Cervan, vice-presidente do CDS, acabou de entrar para a administração da SAD do Benfica. Esta relação entre a política e o futebol faz-lhe confusão? Sabemos que é benfiquista assumido.
Optei sempre por não misturar nunca política e futebol, mas é uma opção própria. Até porque não sou nenhum professores da bola, já que há imensos em Portugal e de bancada toda a gente percebe imenso de futebol, toda a gente me dá muitos palpites. Eu gostei de futebol, mas não me transfiguro por causa do futebol. Agora, sou amigo do Sílvio Cervan há muitos anos, desde os bancos da faculdade, e tenho a certeza que o Sílvio Cervan fará bom juízo daquilo que sejam as suas circunstâncias antes e a partir do momento em que vai para a administração da SAD do Benfica.

"tenho a certeza que o Sílvio Cervan fará bom juízo daquilo que sejam as suas circunstâncias antes e a partir do momento em que vai para a administração da SAD do Benfica"

Vamos agora avançar aqui para a segunda fase da nossa refeição, o Carne ou Peixe, em que lhe colocamos quatro perguntas de escolha múltipla.

Quem levaria de companhia para uma caçada: Francisco Rodrigues dos Santos ou Filipe Anacoreta Correia?
O Francisco Rodrigues dos Santos, por quem tenho estima pessoal. Acho que Francisco Rodrigues dos Santos tem características muito boas e é uma pessoa com quem eu falo cordatamente e acho, apesar de tudo, seria um companheiro de caça mais leal que Filipe Anacoreta Correia. Não atiraria às perdizes dos outros.

Quem gostaria de ter tido no seu batalhão quando foi recruta na Escola Prática de Cavalaria: Mamadou Ba ou António Carlos Monteiro?
António Carlos Monteiro. Há comparações que nem sequer se fazem. São quase pejorativas. O António Carlos Monteiro é alguém que esteve, a seu tempo, enquanto estudante de formação que eu diria militar. As realidades não são comparáveis. Tenho a certeza que daria um extraordinário cadete a par de mim na Escola Prática de Cavalaria. Que, já agora, lastimo ver no estado em que está em Santarém

Com que líder do PSD gostaria de negociar uma coligação pré-eleitoral ou partilhar um Governo: Rui Rio ou Paulo Rangel?
Diria que com ambos. A relevância teria de ser dada pelo PSD, naturalmente. Eu tenho um bom relacionamento pessoal com ambos.

Se fosse primeiro-ministro de um Governo PS/CDS, quem convidaria para ministro das infraestruturas: Pedro Marques ou Pedro Nuno Santos?
Não faria parte de um Governo de coligação PS-CDS.

Mas entre os dois, se tivesse de escolher um?
Pedro Marques, sem dúvida. É uma pessoa simpática e com quem se pode conversar muito bem.

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