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Sara Matos

Sara Matos

Por mais energia feminina, nas redes da engenharia

A presença feminina no mercado de trabalho é um tema que ainda precisa de ser trazido para debate. Muito já foi feito, mas a verdade é que o caminho ainda é longo, rumo a um mundo mais igualitário.

“Vamos equilibrar a nossa rede. Por mais energia feminina”. Este foi o mote da 2.ª edição do Top Women Scholarship – um programa de bolsas de mérito desenvolvido pela E-REDES. Depois de um primeiro ano de muito sucesso, foi altura de chamar a palco novas mulheres e fomentar a igualdade de oportunidades no que diz respeito à presença feminina na área da Engenharia.

Depois de 80% dos participantes mostrarem o seu apreço pela edição passada, foi no passado dia 20 de novembro, na Sede da EDP, em Lisboa, que teve lugar a edição de 2023 e trouxe consigo algumas novidades: 30 foi o número de bolsas atribuídas, duplicando a oferta face ao ano anterior. Para além disto, este foi o ano em que mentores homens foram acolhidos no projeto, passando a fazer parte do percurso de algumas das mentees. Nesta edição, designada “Empowering You to Change the World”, foi, ainda, abrangida a participação de outras universidades de referência, como o Instituto Superior Técnico e alguns Institutos Politécnicos. Ao todo, foram 11 instituições académicas envolvidas, todas elas com um papel de relevo no ensino da engenharia.

Lançado em 2022, este programa de bolsas surge como resultado do compromisso da marca – promover a participação e a igualdade de oportunidades dentro da organização, mas estendendo também o apoio a outras áreas tecnológicas. A missão é a de fomentar o aumento do número de mulheres que escolhem o setor tecnológico, contrariando os desequilíbrios de género que ainda persistem. Ao ajudar jovens mulheres finalistas de mestrado nas áreas da Engenharia Eletrotécnica de Informática, o objetivo passa por despertar e aumentar o interesse pela área, dando ainda o contexto e as ferramentas necessárias para o ingresso no mercado de trabalho.

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“A nossa empresa é maioritariamente masculina. É algo que vem de trás e que nós tentamos alterar, mas que também depende de muitos fatores. Este é um contributo que damos para que isso aconteça, faz parte da nossa responsabilidade social”, começa por dizer José Ferrari Careto, Presidente do Conselho de Administração da E-REDES no início da tarde, acrescentando: “Nós queremos promover a capacidade formativa do país. Achamos que, com esta iniciativa, contribuímos para que cada vez mais jovens acabem por tomar a opção de abraçar a engenharia como escolha profissional. Tivemos resultados muito interessantes na edição passada. Uma esmagadora maioria de pessoas entenderam que havia mérito nesta iniciativa. E também foi isso que nos fez voltar, em moldes ainda mais ambiciosos”.

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Com o sentimento de dever cumprido, o Presidente do Conselho de Administração partilhou ainda que, ao olhar para a plateia repleta de mulheres, fica a expectativa de “no quadro de renovação que temos tido, serem potenciais candidatas a trabalhar connosco. Implementamos esta iniciativa com duas motivações – sensibilizar as presentes para poderem vir a trabalhar connosco; mesmo que não trabalhem connosco, ficamos contentes por termos dado um contributo para existirem mais mulheres a trabalhar nesta área”. Por fim, não abandona o seu lugar no palco sem antes deixar uma mensagem para as mentees deste ano: “Estão todas em início de carreira e é uma boa oportunidade para aproveitarem bem este contacto com a empresa e com os mentores. É uma excelente forma de prepararem a vossa entrada no mercado de trabalho: aproveitem”.

Gina Vara, Diretora de Recursos Humanos da E-REDES, foi a próxima a subir a palco, não tardando em afirmar que “é com um profundo sentido de missão que criámos este programa. Trabalhar em contextos de diversidade proporciona um valor para as empresas e para a comunidade muito maior. As mulheres trazem competências e qualidades que são muito importantes para entregarmos um serviço com maior qualidade”. Nas palavras da Diretora, este é um programa de bolsas muito rico e que vem potenciar a vontade de “fazer a academia perceber que queremos estes perfis e que estes estudantes percebam o que é este mundo empresarial”. Numa empresa com “perfis para todos os gostos”, Gina Vara reforça que há muito espaço para aprender, crescer, com muito espaço de mobilidade. “Acho que somos uma empresa muito alargada nesse sentido. Damos muito valor a ambientes diversos”, reforça.

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E porque não há nada como ouvir a experiência de quem já passou por este programa na primeira pessoa, Rita Simão, mentora da 1.ª edição, e Beatriz Freitas, mentee, foram chamadas a palco para partilhar o seu testemunho. Com as alunas deste ano a assistir, foi um momento importante de encorajamento e de partilha. “É um balanço mesmo muito positivo. Senti-me muito mais confiante para o mundo do trabalho. Estar num meio empresarial foi muito bom para todas nós”, partilha Beatriz, aproveitando o momento para deixar uma palavra a todas as colegas: “Acreditem que é uma oportunidade enorme, e única, que podem ter na vida. Sejam proativas, estejam sempre dispostas a aprender e de braços abertos para aquilo que a E-REDES vos pode oferecer, mas para o que podem fazer também. Dediquem-se ao máximo, dêem-se a conhecer, estejam sempre dispostas e disponíveis”. Já Rita, faz das palavras de Beatriz as suas, partilhando ainda a importância do programa para as mulheres do futuro: “Na minha altura não havia assim tanta informação sobre o mercado de trabalho. Este tipo de programa dá a possibilidade de a empresa mostrar aos jovens que tipo de oferta é que vão ter. A nossa empresa é muito diversificada, aqui é possível fazer um percurso com várias funções. É importante que as mentees possam conhecê-las e perceber que caminho gostariam de seguir”.

Palavras de motivação não faltaram e vontade de dar início a mais uma edição também não. O caminho começou agora e a tarde terminou com a entrega das bolsas. Entre aplausos, sentido de dever cumprido e de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido até aqui, as jovens mulheres subiram a palco com a certeza de que este foi mais um passo dado, rumo a um futuro que se quer mais justo, igualitário e de sucesso. Com as energias no sítio certo, há espaço para todas, e todos, e esta tarde foi um exemplo disso!

30 mulheres vencedores, 30 exemplos de que é possível!

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Mariana Mirra Monteiro: Engenharia Informática e Computação, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;

Teresa Ferreira Nunes Galvão Correia: Engenharia Informática e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Catarina Palma: Engenharia Informática e de Computadores, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa;

Maria Campos: Engenharia Informática e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Maria Inês Teixeira: Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;

Daniela Pinto Dias: Engenharia Informática, Universidade de Aveiro;

Ema Barão: Engenharia de Software, Instituto Politécnico de Setúbal;

Eva Bartolomeu: Engenharia Informática, Universidade de Aveiro;

Margarida Assis Ferreira: Engenharia Informática e Computação, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;

Rita Castro Oliveira: Engenharia Informática e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Camila Bertelli: Engenharia Informática e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Juliana Galvão: Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação, Universidade do Minho;

Alexandra Rodrigues: Engenharia Informática e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Matilde Bravo: Engenharia Informática, Universidade do Minho;

Mariana Rosa: Engenharia Informática, Universidade de Aveiro;

Ana Matilde Barra: Engenharia Informática e Computação, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;

Eunice Amorim: Engenharia Informática e Computação, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;

Catarina Pires: Engenharia Informática e Computação, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;

Beatriz Coutinho: Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto;

Luzia Saraiva: Engenharia Informática – Sistemas de Informação, Instituto Politécnico de Viseu;

Beatriz Reis: Engenharia Electrotécnica e de Computadores, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa;

Daniela Fernandes: Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Universidade de Coimbra;

Eva de Castro: Engenharia de Telecomunicações e Informática (MI), Universidade do Minho;

Raquel Pereira: Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Marta Xavier: Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Matilde Plácido: Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Raquel Chin: Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Mónica Jin: Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, Instituto Superior Técnico;

Ana Milroy: Engenharia Informática, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa;

Carina Alas: Engenharia Informática, Instituto Superior de Engenharia do Porto.

 

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