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POOL/AFP via Getty Images

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Robert Service: "Não me parece que a perspetiva para a Rússia seja boa, mesmo com a morte ou a saída de Putin"

"Sangue na Neve" é o novo livro de um dos mais reputados investigadores sobre a história da Rússia. Em entrevista, Robert Service fala da Revolução, da guerra na Ucrânia e do futuro de Moscovo.

Poucos historiadores terão escrito tanto sobre a revolução russa e, ao mesmo tempo, sobre a Rússia contemporânea como Robert Service. Publicadas em Portugal temos quatro biografias – O Último dos Czares, Lenine, Estaline e Trotsky – e uma história do comunismo – Camaradas. Mas há muito mais obras importantes, como A History of Twentieth-Century Russia, The Russian Revolution, 1900–27 ou The End of the Cold War: 1985–1991. Isto sem esquecer Kremlin Winter: Russia and the Second Coming of Vladimir Putin, o seu livro mais recente até ao que acaba agora de chegar às livrarias: Sangue na Neve – A Revolução Russa, 1914-1924.

O que leva um historiador, aos 76 anos, a regressar a um tema que tratou tantas vezes e de tantos ângulos diferentes? No essencial, um novo ponto de vista, a tentativa de escrever uma história “de baixo para cima”, ou seja, de rever a história à luz de um conjunto de diários de gente comum, mas variada, que foi seguindo de longe e com sentimentos por vezes contraditórios o turbilhão de acontecimentos que levaram a Rússia de uma autocracia – o regime czarista – a uma autocracia ainda mais trágica e violenta, o regime comunista.

Foi um processo que ele quis balizar na década que se inicia com o arranque da I Guerra Mundial, em 1914, e termina em 1924, com a morte de Lenine e a ascensão de Estaline. Sendo que neste período, como nos explicou numa entrevista por Skype, quis também destacar um outro período quase sempre menosprezado, os oito meses que vão da revolução de fevereiro de 1917 à revolução de outubro, o tempo de um protagonista que de certa forma esta obra vê com outros olhos, mais benévolos: Alexander Kerensky, o socialista revolucionária que tentou a transição democrática e que, ao contrário dos seus adversários políticos à direita e à esquerda, não tinha a violência como arma política. Sangue na Neve tem por isso muitas revelações mesmo para quem pensa que já leu tudo sobre a revolução russa — e foi também sobre isto que conversámos com o autor.

A capa de "Sangue na Neve: a Revolução Russa 1914-1924", de Robert Service, na edição portuguesa da Temas e Debates

No livro escolhe um intervalo de dez anos – 1914-1924 – para enquadrar a Revolução Russa, que aconteceu em 1917. Porquê esses limites temporais?
É um detalhe importante. A razão é simples: parece-me que as histórias da Revolução Russa prestam muito pouca atenção à importância da Primeira Guerra Mundial. Foi minha intenção que o primeiro terço do livro fosse uma narrativa sobre a entrada e a permanência da Rússia na guerra até 1917 e quais foram as consequências dessas decisões. Isto porque a guerra foi tão longa e tão violenta e exigente face à economia e à população. É por isso que 1914 foi tão importante. De alguma maneira, a revolução tornou-se inevitável assim que a Rússia entrou na guerra.

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A revolução de outubro ou a de fevereiro? Porque foram muito diferentes…
A de fevereiro. Porque a de outubro não era inevitável, tornou-se, sim, mais provável, por causa de todos os problemas na agricultura, na indústria, nas finanças, por causa do conflito militar, das relações internacionais que diabolizaram Nicolau II, tudo isto aconteceu antes da revolução de fevereiro, mas tornaram-se piores, muito piores, depois de fevereiro e até outubro. Portanto, podemos dizer que outra revolução estava caminho. Não era inevitável que fosse aquela, naquele momento, mas estava a caminho.

Em Portugal este é um tema recorrente: durante a revolução portuguesa, em 1974, uma das figuras mais importantes foi o socialista Mário Soares. Ele disse uma vez a Henry Kissinger que não queria ser o “Kerensky português”. Mas Kerensky…
O problema para Kerensky foi este: de forma muito racional, ele considerou que a Rússia tinha de lutar, de prosseguir a guerra, porque se não o fizesse a Alemanha iria açambarcar território, acabando por quebrar a Rússia. Foi uma decisão racional, a de ficar e lutar, mas a consequência disso foi a pressão extra que recaiu sobre a indústria, sobre os camponeses, que queriam trabalhar as terras que há tanto tempo esperavam, sobre os soldados que questionavam os motivos de continuar em guerra. Perguntavam-se porque razão lutavam, por quem, pelos ricos nas cidades? Ou por eles próprios? E não tinham direito à terra, da mesma forma que os irmãos e as irmãs que trabalhavam o campo estavam a ter? Nessas circunstâncias, foi extraordinariamente difícil para Kerensky conseguir manter-se em funções, porque ele tinha tomado a decisão, que achava patriótica, de continuar a lutar, de manter a Rússia na guerra. E isso deu oportunidade aos comunistas de dizer “venham connosco, nós vamos acabar com esta guerra”.

"A Rússia já não podia ceder mais. Teria sido uma enorme humilhação para Nicolau II se a Rússia não tivesse entrado na guerra. Isto apesar dos apelos para ele fazer o contrário, como os vindos do homem-santo do regime, Grigori Rasputin, que lhe dizia "não entre na guerra, vai perder o trono, vamos ser derrotados."

Mas, além disso, Kerensky também foi o único político, entre os principais protagonistas na altura, que não quis usar violência como um meio para concretizar os objetivos que tinha, ao contrário do regime czarista de Nicolau II e também em oposição a Lenine ou a Trotsky.
Kerensky foi, em termos de política doméstica, como o vosso Soares. Ele tentou moderar as forças à esquerda e também à direita, que na Rússia era muito forte. À esquerda estava Lenine, estava Trotsky, estava Zinoviev, estava Estaline. E foram todos muito astutos a apresentar as respetivas ideias. Disseram aos seguidores que aquela seria uma revolução fácil. E alguns deles, desses homens no poder, acreditaram mesmo nisso. Por exemplo, estou convicto de que Lenine estava convencido que seria uma revolução mais fácil do que acabou por ser. Mas todos eles, todos, estavam disposto a, caso se tornasse mais difícil do que estava previsto, usar mais métodos ditatoriais. Estavam abertos a isso, não quando falavam com o povo, mas quando falavam entre eles.

Mas não esperaram tempo nenhum. Um dos decretos dos primeiros dias de Lenine no poder mandou acabar com a liberdade de imprensa, logo a seguir criaram a [polícia política] Cheka. Não aconteceu dois ou três meses depois, aconteceu de imediato.
Aconteceu até porque foi surpreendente para muitos bolcheviques em cargos de liderança o facto de ter havido tanta resistência. Alguns queriam alcançar uma espécie de compromisso com os outros socialistas. Alguns pensaram que uma aliança socialista seria a melhor hipótese para a Rússia. Mas Lenine decidiu em sentido contrário, decidiu que aquela era uma hipótese não só para fazer uma revolução socialista na Rússia mas também para a estender por todo o continente europeu. Primeiro na Polónia, depois na Alemanha, na França, até ao Atlântico e à Grã-Bretanha.

Há quem defenda que se Lenine não tivesse chegado à Estação da Finlândia [em São Petersburgo, então Petrogrado] em abril não teria havido revolução em outubro. No fundo ,que era o homem que, naquela altura, fazia toda a diferença. Mas entre os bolcheviques houve discordâncias sobre isto, está no seu livro. Se o comboio com Lenine, que estava na Suíça, não tivesse atravessado a Alemanha com a proteção dos alemães, teríamos tido outra história?
Poderíamos ter com toda a certeza, sim. Isto foi Trotsky que disse e Trotsky era um líder político muito vaidoso e egocêntrico, mas ele escreveu nas suas memórias: se não tivesse existido Lenine, a revolução de outubro provavelmente nunca teria acontecido. O que teria acontecido teria sido uma aliança entre partidos socialistas, esses partidos socialistas teriam chegado ao poder, teriam enfrentado muitas dificuldades, porque o mesmo mal-estar entre os militares, os industriais e os camponeses teria existido. E provavelmente cairiam, perderiam o poder. Lenine, com Trotsky, decidiu que não seria assim, decidiram o uso da força, fizeram-no em constante aumento. Foi assim que ganharam a revolução, depois consolidaram o poder e por fim triunfaram na guerra civil.

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"Kerensky tinha tomado a decisão, que achava patriótica, de manter a Rússia na guerra. E isso deu oportunidade aos comunistas de dizer 'venham connosco, nós vamos acabar com esta guerra"'"

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E quem era realmente Trotsky nesse conjunto de personagens? Que papel teve ele? Ele só aderiu ao partido bolchevique já depois da revolução de fevereiro…
Trotsky era uma pessoa brilhante. Bom, Lenine também, tal como era Kerensky. Mas não tinham todos os mesmos instintos políticos. Lenine tinha instintos políticos muito refinados, ele sabia como colocar as pessoas umas contra as outras dentro do grupo que liderava os bolcheviques. Trotsky não era capaz disto. Trotsky era demasiado vaidoso para isso. Pensava que se ele tornasse a sua linha de pensamento e de vontade política o mais esclarecida possível perante o partido, as pessoas iriam segui-la de forma automática. Mas não fez o trabalho de campo necessário para levar os bolcheviques a aceitar as suas filosofias.

Outra coisa que jogou contra Trotsky é que ele falava constantemente na necessidade de uma revolução socialista europeia. Isto numa altura em que a Rússia estava de joelhos, numa altura em que a maioria dos bolcheviques queria tempo e espaço para respirar. Alguém que dizia a mesma coisa era Estaline. Nessa altura ele acreditava também na exportação da revolução.

Trotsky não fazia bom uso das suas qualidades políticas, o que fez não foi suficiente relativamente ao que lhe era exigido. É por isso que a autobiografia de Trotsky, ainda que seja um livro brilhante, é, na verdade, uma queixa contra a História. Ele não conseguiu perceber onde é que falhou. Mas é óbvio, olhando para trás, que ele fez uma grande confusão com todas as hipóteses que teve. Trotsky poderia ter liderado o partido bolchevique depois da morte de Lenine, mas a verdade é que não era um político suficientemente bom para o conseguir.

Regressando ao início: uma das coisas que aponta é que Nicolau II não podia evitar ter entrado na guerra. O czar não era um líder brilhante, bem pelo contrário, mas houve momentos em que a Rússia poderia ter ido por outro caminho, momentos em que a Rússia poderia ter sido um país diferente – a indústria estava a crescer muito rapidamente, tinha uma agricultura rica… O que aconteceu que precipitou o colapso?
Se Nicolau II não tivesse tomado a decisão fatal de entrar na Primeira Guerra Mundial, a História poderia ter sido diferente. Mas teria sido muito difícil evitar essa ordem de ir para a guerra. Ele tinha feito muitas concessões em anos anteriores aos austríacos e aos alemães. A opinião pública na Rússia era muito importante. Os media eram censurados, mas havia muita discussão em público. Um terço dos adultos no Império Russo sabia ler e escrever. Havia muita informação disponível. Portanto era uma questão de honra, de respeito próprio do Império. Naquele momento, a Rússia já não podia ceder mais. Teria sido uma enorme humilhação para Nicolau II se a Rússia não tivesse entrado na guerra. Isto apesar dos apelos para ele fazer o contrário, como os vindos do homem-santo do regime, Grigori Rasputin, que lhe dizia “não entre na guerra, vai perder o trono, vamos ser derrotados”.

Nicolau II era um otimista. Pensou que, com aliados como a França e a Grã-Bretanha, a Áustria poderia ter sido derrotada e a Alemanha também. Houve uma certa dose de estupidez, mas também houve o aperto que representava para ele e para a Rússia a História recente, o czar não podia fazer muito mais. Aliás, ele praticamente não teve dúvidas. E foi aplaudido pelo parlamento [a Duma] que ele próprio montou depois da revolução de 1905. A maioria da opinião política estava a favor do que ele tinha decidido, que era ir para a guerra.

"Sou muito pessimista em relação ao que pode acontecer em caso de derrota russa. Haverá uma guerra pelo poder, que envolverá aqueles que controlam as polícias e as forças armadas. Os grandes negócios que agora estão alinhados com Putin também entrarão neste jogo. Haverá mais um período de desordem e não será fácil para a democracia ganhar."

Foi assim que acabámos por ter a substituição da autocracia do czar pela autocracia do Partido Comunista, sem que agora, na atualidade, temos ainda um tipo diferente de autocracia. Porque é que isto acontece de forma sucessiva? A Rússia está condenada à autocracia?
Essa é uma das grandes questões sobre estes tempos que vivemos: será mesmo inevitável que a Rússia se submeta a um autocrata como Putin? Diria que essa sujeição a autocracias aconteceu sempre em momentos de enorme crise. 1917 foi um período de crise, gigantesca crise. No início, os russos não se viraram para Lenine. Inicialmente viraram-se para socialistas mais moderados, como Kerensky. Só em desespero seguiram Lenine. Nos anos 1990 a Rússia entrou numa depressão económica e perdeu a Guerra Fria. E estas são circunstâncias clássicas para a desordem, para a desmoralização vivida ao longo de toda essa década. Tudo sempre a alimentar um desejo de ordem, de estabilidade, de liderança forte e de regresso à superfície. Diria que não há uma inclinação biológica ou genética para a autocracia entre os russos. Tem havido, isso sim, uma sucessão de dificuldades e crises que têm alimentado a possibilidade de uma autocracia.

Ou seja, se na guerra com a Ucrânia a Rússia não conseguir a vitória que Putin deseja, teremos uma outra autocracia? É difícil para a Rússia lidar com uma derrota e com o facto de não ter o império que teve no passado?
Sou muito pessimista em relação ao que pode acontecer em caso de derrota russa. Haverá uma guerra pelo poder, que envolverá aqueles que controlam as polícias e as forças armadas. Os grandes negócios que agora estão alinhados com Putin também entrarão neste jogo. Haverá mais um período de desordem e não será fácil para a democracia ganhar. Porque a democracia tornou-se uma palavra muito difícil para muitos russos durante os anos 1990. Talvez até para a maioria dos russos. Porque foi-lhes dito por Boris Ieltsin que aquilo que tinham era uma democracia. E os russos pensaram “sim, mas não temos salários, temos uma escalada enorme de preços, temos crime nas cidades e nas aldeias”.

Não me parece que a perspetiva para a Rússia seja boa, mesmo com a morte ou a saída de Putin. Os russos foram alimentados por Putin com propaganda imperialista durante 20 anos. Apesar de tudo o que possa ter feito de errado, isto Ieltsin não fez depois da queda do comunismo. Putin provocou enormes estragos, tal como Estaline fez nos anos 30.

Uma das coisas que lembra no seu livro é a discussão sobre a região do Donbass. É na verdade uma discussão com pelo menos cem anos. Pode ser resolvida?
Em toda a Ucrânia, especialmente no centro e no Leste, há uma mistura de povos, de gente que fala russo e ucraniano e aí cada vez mais dizem “a partir de agora só vamos falar ucraniano”. Muitas vezes surge a pergunta “o que aconteceria se houvesse um referendo no Donbass, o que é que a população escolheria?”. Se a paz chegar, haverá um período político muito complexo. Ambos os lados invocariam a liberdade para os falantes das respetivas línguas. A contestação pelo futuro da Ucrânia vai começar quando a guerra acabar. E ninguém consegue prever o que vai acontecer. Na Ucrânia ocidental é diferente, há um feroz sentimento anti-russo. No centro, também há esse ideal. No Leste já foi mais favorável à Rússia do que é agora, mas há ainda muita gente que quer juntar-se à Rússia ou que pelo menos quer a paz a qualquer preço. Não vai ser um paz fácil de conseguir. As autoridades russas não estão com vontade que isso seja feito de forma fácil e simples.

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Lenine discursa perante militares do Exército Vermelho na praça Sverdlov, em Moscovo, a 5 de maio de 1920. À direita, sobre a multidão, está Leon Trotsky

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Voltando ao livro, nele faz uso de muitos diários, alguns de pessoas que não tiveram qualquer relação com o poder, “pessoas normais” se assim lhes podemos chamar. Porquê? É melhor entender uma revolução como esta através daqueles que não acompanharam diretamente as decisões e os acontecimentos políticos e militares?
Os diários, atravessando todas as classes de uma sociedade, transmitem uma sensação mais fiel sobre aquilo que as pessoas de facto pensavam em 1917 e nos anos seguintes. Elas estavam sobretudo a pensar em como conseguir comida, em ter abrigo, em evitar confrontos, em cuidar das crianças. Estes diários mostram de forma mais abrangente quais as opiniões e os sentimentos das pessoas na Rússia. Mais do que as memórias, porque as memórias são escritas normalmente anos depois e os diários por regra são escritos por quem não espera fazer parte de um arquivo histórico. Não estão a escrever com o viés da opinião dos outros. No limite, o viés é o da vida quotidiana. Isto abre uma avenida para uma forma diferente de olhar para a revolução russa. Trabalhadores que não se tornaram bolcheviques. Camponeses que não pensavam sempre em matar os proprietários. Soldados que estavam dispostos a lutar pelo seu país, mas queriam ser tratados de outra forma pelos oficiais. Para mim foi uma revelação.

Uma pergunta final, sobre o ofício de historiador. Hoje os historiadores usam diários, usam também muito a correspondência, o que os soldados escreveram às famílias, por exemplo… Como é que vai ser no futuro, se agora a forma de guardar memórias e de comunicar já não é a escrever cartas ou documentos, se hoje tudo ou quase tudo passa pelas redes sociais, que podem ser muito efémeras?
Vai ser muito difícil. A não ser que alguém esteja a guardar muita informação dessas redes sociais. Caso contrário, vamos perder o acesso a este tipo de informação. E não vamos saber tão bem como devíamos como é que um cidadão da Ucrânia se sente em relação a decisões tomadas pelo presidente Zelensky. Como é que essa pessoa se sente em relação a um possível bombardeamento sobre tropas russas. É difícil para um historiador ter acesso a um determinado tempo sem chegar às fontes, e como é que vamos chegar às fontes se a maioria das pessoas envia mensagens pelas redes sociais? Só espero que um empreendedor arranje maneira de guardar todo este material. Provavelmente, por incrível que pareça, a guerra na Ucrânia vai ser mais difícil de documentar do que a guerra civil russa de 1918 ou toda a Primeira Guerra Mundial.

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