Na imprensa vem descrito como “um dos homens de Isabel dos Santos” na administração da Efacec. Ângelo Ramalho, administrador-executivo da Efacec, de 56 anos, recusa o apodo. Diz-se “um homem da Efacec”. Só. Mas reconhece que a empresa tem dois momentos definidores: a entrada da filha do ex-presidente angolano no capital da empresa portuguesa (onde ainda detém mais de 67%, agora à venda) e dezembro do ano passado, com o rebentar do escândalo Luanda Leaks.
Desde que o caso foi noticiado que os bancos – muitos deles credores de Isabel dos Santos – montaram “um bloqueio em permanência” à Efacec. “Não temos nem linhas de financiamento nem a trade finance [as garantias bancárias essenciais na vida de uma empresa de projetos] necessária ao desenvolvimento das nossas operações”. Por isso não há tempo a perder: é essencial resolver a crise acionista, com a concretização – e rápida – da saída de Isabel dos Santos. Tudo se resolve a partir daí.
Aliás, a urgência é tão grande que Ângelo Ramalho não descarta como uma boa possibilidade uma nacionalização da empresa, como exige o PCP e sugere o Bloco de Esquerda. “Este quadro é de tal maneira premente e urgente que eu sou agnóstico a qualquer discussão sobre soluções. Precisamos de UMA solução. E para isto não há qualquer marcação de natureza ideológica”. Ângelo Ramalho no “Sob Escuta”, o programa de grande entrevista da Rádio Observador.
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