Se há quem diga que “somos o que comemos”, torna-se mais importante do que nunca perceber o que, de facto, constitui os alimentos que escolhemos colocar “no prato”. Em causa está a nossa saúde e bem-estar, bem como o compromisso que toda a cadeia de produção alimentar – desde produtores, fornecedores a retalhistas – assume para com os seus consumidores.
No Pingo Doce, a transparência e autenticidade dos seus produtos é, desde sempre, um dos pilares do trabalho desenvolvido pela marca. Foi precisamente de olhos postos nesta problemática que, em 2021, nasce o Laboratório de Biologia Molecular. Este laboratório, acreditado pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC), através do ADN, identifica as espécies presentes nos ingredientes dos produtos de Marca Própria bem como a presença de OGM´s (organismos geneticamente modificados) e assume-se como um marco pioneiro, sendo que o Pingo Doce é o único retalhista português com um Laboratório de Biologia Molecular próprio. Desde a sua inauguração, foram realizadas mais de seis mil análises de ADN em produtos do Pingo Doce.
“A importância deste laboratório é sobretudo a identificação de espécies, por sequenciação de ADN, o que nos permite identificar tudo aquilo que colocamos nos nossos produtos. Cada espécie tem um ADN único, que permite a identificação da mesma com todo o rigor. Utilizamos o método de sequenciação NGS (Sequenciação de Nova Geração), o qual nos permite identificar todas as espécies presentes no produto”, começa por explicar Carlos Santos, Director Global da Qualidade e Desenvolvimento Marcas Próprias, acrescentando: “Além da identificação das espécies, também fazemos o despiste da presença de organismos geneticamente modificados (OGM´s), uma vez que temos como política 0% de OGMs nos nossos produtos.”
“Este laboratório é Acreditado, foi um processo que concluímos há dois anos, garantindo a independência e imparcialidade dos resultados”, remata Carlos Santos.
A pesquisa do ADN dos seus produtos não é uma novidade para o Pingo Doce. Antes da construção de um laboratório próprio, este controlo já acontecia em laboratórios externos. “A vantagem de termos um laboratório interno é a rapidez da resposta e o aumento da capacidade de controlo. Numa situação de uma crise internacional de uma contaminação, ou de uma suspeita de contaminação, conseguimos fazer análises de forma mais célere e, portanto, ter resultados e atuar em conformidade”, palavras de Carlos Santos, que em muito se complementam com as de Sofia Nogueira, Gestora do Laboratório de Biologia Molecular: “O trabalho que fazemos é importante, porque garantimos a autenticidade dos produtos do Pingo Doce e também a sensibilização dos fornecedores. A verdade é que se os fornecedores souberem que há esta verificação, vão ter muito mais cuidado nos ingredientes que estão a ser utilizados. Isto também tem um efeito na cadeia toda. E o que aqui conseguimos ver é que os produtos estão cada vez melhores”.
Para Sofia Nogueira, esta acaba por ser uma ferramenta valiosa no combate à fraude alimentar, uma vez que permite um maior controlo no que à substituição por ingredientes com menor valor económico, ou menor qualidade, diz respeito.
Ainda assim, o trabalho desenvolvido no Laboratório de Biologia Molecular do Pingo Doce impacta não só os produtos, a qualidade da oferta, mas, também, a própria relação com o consumidor. Numa marca que se esforça por ser autêntica e transparente, ter a certeza de que o que o consumidor não é defraudado é de extrema importância para o Pingo Doce. “Os consumidores têm contacto com os nossos produtos através da rotulagem. Aquilo que fazemos é assegurar que tudo aquilo que prometemos no rótulo é cumprido”, reforça Carlos Santos, sublinhando a mensagem de que esta é “mais uma garantia de que, ao comprar os produtos da marca Pingo Doce, os clientes sabem com toda a segurança e transparência o que estão a consumir”.
Quanto ao futuro – do laboratório e da marca -, ficam no ar dois objetivos muito concretos: acompanhar a evolução tecnológica e abrir portas a uma prestação de serviços a terceiros. “Neste laboratório temos o que há de melhor em biologia molecular, mas teremos de acompanhar qualquer novo método que possa surgir. Uma vez que este laboratório é acreditado, temos a possibilidade de trabalhar com terceiros. Neste caso, estamos a falar sobretudo nos nossos fornecedores. Podemos ajudá-los a fazer um controlo mais apertado dos ingredientes e dos processos de fabrico, e ajudá-los em alguma situação em que eles não consigam identificar a origem de uma contaminação”, finaliza Carlos Santos, deixando no ar a vontade de fazer mais e melhor e de levar o combate à fraude alimentar o mais longe possível. Afinal, se somos o que comemos, importa saber que o que escolhemos comer é, de facto, o que se diz ser.