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Bruno Barata

Bruno Barata

Ter a certeza do que está a consumir? É possível

Quando lemos o rótulo de um produto, é fundamental termos a certeza da autenticidade dos ingredientes que o constituem. A pensar nisto mesmo, o Pingo Doce criou o seu Laboratório de Biologia Molecular

Se há quem diga que “somos o que comemos”, torna-se mais importante do que nunca saber o que, de facto, constitui os alimentos que escolhemos colocar “no prato”. Em causa está a nossa saúde e bem-estar, bem como o compromisso que toda a cadeia de produção alimentar – desde produtores, fornecedores a retalhistas – assume para com os seus consumidores.

No Pingo Doce, a transparência e autenticidade dos seus produtos é, desde sempre, um dos pilares do trabalho desenvolvido pela marca. Foi precisamente de olhos postos neste compromisso que, em 2021, nasce o Laboratório de Biologia Molecular. Através da análise do ADN, identificamos as espécies presentes nos produtos de Marca Própria, Perecíveis e Comida Pronta, bem como a presença de OGM´s (organismos geneticamente modificados). Assume-se como um marco pioneiro, sendo que o Pingo Doce é o único retalhista português com um Laboratório de Biologia Molecular próprio. Desde a sua inauguração, foram realizadas mais de seis mil análises de ADN em produtos do Pingo Doce.

“A importância deste laboratório é sobretudo a identificação de espécies por sequenciação de ADN, para tal utilizamos o método de sequenciação NGS (Sequenciação de Nova Geração) que nos permite detectar todas as espécies presentes nos nossos produtos.  Cada espécie tem um ADN único, o que permite a identificação da mesma com todo o rigor. ”, começa por explicar Carlos Santos, Director Global da Qualidade e Desenvolvimento Marcas Próprias, acrescentando: “No entanto, além da identificação de espécies, também fazemos o despiste da presença de organismos geneticamente modificados (OGM´s), uma vez que temos como política 0% de OGMs nos nossos produtos.”

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“Este laboratório, está Acreditado pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC). Esta Acreditação, obriga rigor na execução das análises, exigindo também o dever de imparcialidade e confidencialidade nos produtos e resultados, desta forma garante o reconhecimento dos resultados perante qualquer entidade”, remata Carlos Santos.

A pesquisa do ADN dos seus produtos não é uma novidade para o Pingo Doce. Antes da construção de um laboratório próprio, este controlo já acontecia em laboratórios externos. “As vantagens de termos um laboratório próprio são a rapidez de resposta, o aumento da capacidade de controlo e reação a qualquer emergência  . Numa situação de uma crise internacional de uma contaminação, ou de uma suspeita de contaminação, conseguimos fazer análises de forma mais célere e, portanto, ter também os resultados disponíveis num curto espaço de tempo para atuar em conformidade”, palavras de Carlos Santos, que em muito se complementam com as de Sofia Nogueira, Gestora do Laboratório de Biologia Molecular: “O trabalho que fazemos é importante, porque garantimos a autenticidade dos produtos do Pingo Doce mas também tem um efeito não menos importante que é a sensibilização dos fornecedores. O facto de termos este laboratório cria uma pressão a montante, em toda a cadeia, no sentido do rigor e seleção dos ingredientes que estão a ser utilizados no fabrico dos nossos produtos.”.

Para Sofia Nogueira, esta acaba por ser uma ferramenta valiosa no combate à fraude alimentar, uma vez que permite um maior controlo no que à substituição por ingredientes com menor valor económico, ou menor qualidade, diz respeito.

  • Carlos Santos, Director Global da Qualidade e Desenvolvimento Marcas Próprias
    Bruno Barata
  • Sofia Nogueira, Gestora do Laboratório de Biologia Molecular
    Bruno Barata

Ainda assim, o trabalho desenvolvido no Laboratório de Biologia Molecular do Pingo Doce impacta não só os produtos, a qualidade da oferta, mas, também, a própria relação com o consumidor. Numa marca que se esforça por ser autêntica e transparente, ter a certeza de que o que o consumidor não é defraudado é de extrema importância para o Pingo Doce. “Os consumidores têm contacto com os nossos produtos através da rotulagem. Aquilo que fazemos é assegurar que tudo aquilo que prometemos no rótulo é cumprido”, reforça Carlos Santos, sublinhando a mensagem de que esta é “mais uma garantia de que, ao comprar os produtos da marca Pingo Doce, os clientes sabem com toda a segurança e transparência o que estão a consumir, permitindo desta forma uma escolha informada.”.

Quanto ao futuro – do laboratório e da marca -, ficam no ar dois objetivos muito concretos: acompanhar a evolução tecnológica e abrir portas a uma prestação de serviços a terceiros. “Neste laboratório temos o que há de melhor, em tecnologia  e equipamentos, em biologia molecular mas teremos de acompanhar qualquer novo método que possa surgir. Uma vez que este laboratório é acreditado, temos a possibilidade de trabalhar com terceiros. Neste caso, estamos a falar sobretudo nos nossos fornecedores. Podemos ajudá-los a fazer um controlo mais apertado dos ingredientes e dos processos de fabrico mas também dar apoio em alguma situação em que eles não consigam identificar a origem de uma contaminação”, finaliza Carlos Santos, deixando no ar a vontade de fazer mais e melhor e de levar o combate à fraude alimentar o mais longe possível. Afinal, se somos o que comemos, importa saber que o que escolhemos comer é, de facto, o que se diz ser.

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