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José Tolentino de Mendonça é elevado este sábado a Cardeal pelo Papa Francisco
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José Tolentino de Mendonça é elevado este sábado a Cardeal pelo Papa Francisco

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

José Tolentino de Mendonça é elevado este sábado a Cardeal pelo Papa Francisco

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Um dia no Vaticano com Tolentino Mendonça, o bibliotecário e arquivista do Papa

Maria João Avillez passou um dia com José Tolentino Mendonça a conhecer os segredos do seu trabalho e da Biblioteca e Arquivo do Vaticano, experiência que nos conta no dia em que ele se torna Cardeal.

1“Isto não o excede?”, perguntei ao Arcebispo D. José Tolentino de Mendonça numa manhã de Maio último, em Roma.

“Excede, sim”, disse sem vaidade, olhando as estantes encimadas pelos frescos pintados nas paredes da Biblioteca do Vaticano. “Excede em beleza, em responsabilidade, em dimensão, em histórico…”.

José Tolentino de Mendonça foi convidado, no início deste ano de 2019, pelo Papa Francisco — pessoalmente, por telefone — para orientar o seu retiro quaresmal anual. O eco deixado na capela do Vaticano pelo verbo decisivo de Tolentino, a sua vastíssima cultura teológica, a vibração da sua fé, um discurso marcado pela irremediabilidade de avançar sempre em direcção ao âmago de tudo, a escolha, que lhe acontece naturalmente, das palavras mais espiritualmente poéticas com que serve esse discurso por se saber um poeta que assim melhor serve Deus, ainda hoje perdura na memória do clero presente no retiro. O rasto desta assinatura e o rasgo da tão profunda dimensão espiritual e cultural de José Tolentino ficaram para sempre impressos no pequeno templo.

Tempos depois — sem surpresa? — novo convite: de Lisboa para Roma, da Capela do Rato para o Vaticano, da sua vida religiosa e das suas intervenções culturais em Portugal, para uma missão civilizacionalmente tão prestigiante quanto desafiante em Itália, o passo foi afinal desproporcional ao “tamanho” do convite: foi simples e curto. A tarefa estava destinada a este tarefeiro que trazia em si os dons e os dotes para ela. O Papa Francisco tinha-o percebido: estava ali o “seu” bibliotecário-arquivista-mor.

2 Quando nos encontrámos numa das entradas do Vaticano na manhã do dia 14 de Maio deste ano, José Tolentino de Mendonça talvez já soubesse que o Papa Francisco o elevaria ao Cardinalato seis meses depois, eu obviamente não sabia e naturalmente não se falou nisso. E porque se haveria de falar se o propósito — inexcedível propósito — desta ida a Roma era a visita à Biblioteca Apostólica do Vaticano e ao seu Arquivo Secreto? Quando penso — e penso muitas vezes — no que constituiu o anúncio da possibilidade da visita, a marcação da data e, semanas depois, a sua concretização, percebo que vivi algo de absolutamente invulgar, quase fora deste mundo.

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"Quando penso no que significou esta visita, percebo que vivi algo de absolutamente invulgar, quase fora deste mundo"

Poder circular silenciosamente – com aquele pasmo emudecido que subitamente envolve os momentos raros — por infinitos corredores que guardam o tempo de todos os tempos; olhar estantes, armários, prateleiras e perceber que estava ali documentado o mundo através da história das civilizações; percorrer salas e passagens para outras salas, como se, diante de telas, tapeçarias, pedra esculpida, fossemos passando de século para século… E — privilégio supremo — poder observar a delicadeza meticulosa de mãos enluvadas que manuseavam tesouros amorosamente escolhidos por José Tolentino Mendonça para esta visita: diante da nossa incredulidade eram-nos contados alguns breves apontamentos da história de Portugal – em papel, moeda cunhada, objectos, registos, imagens.

“As equipas que trabalham comigo também me excederam… Quando cheguei, apercebi-me que as pessoas que aqui vim encontrar, quer na Biblioteca quer no Arquivo Secreto, possuem uma altíssima qualidade. São duas equipas diferentes, independentes uma da outra, eu sou o elo de ligação entre ambas. “

Éramos apenas três os interlocutores do nosso anfitrião, percorrendo largos espaços, subindo escadas íngremes, abrindo as janelas de terraços debruçados sobre Roma pintada de ocre rosado, sorvendo a doçura do dia num alto Zimbório, com a cidade aos pés, ciprestes em fundo e S. Pedro em volta. Como se fôssemos transportados pelas asas de um escondido anjo, entreolhávamo-nos com aquela espécie de estranheza que costuma tingir a indefinição entre a realidade e a irrealidade. Passando sem transição — nem preparação, mas talvez nunca haja preparação possível — do trivial da vida quotidiana para o quase demencial desafio que é testemunhar as marcas e os marcos daquilo que fez e foi a nossa civilização. (Citarei apenas um exemplo inscrito no ar deste tempo, de tal modo ele me surgiu como uma espécie de “primeiro Brexit”: a carta de Henrique VIII ao Papa Clemente VII, pedindo a anulação do seu casamento com Catarina de Aragão para se unir a Ana Bolena…).

3 E de que se compõe a Biblioteca Apostólica do Vaticano? Compõe-se da secção dos manuscritos; a secção dos livros impressos — a partir de Gutenberg; e a das medalhas e das moedas, uma das maiores do mundo (“um espólio absolutamente extraordinário”, comenta-nos o nosso cicerone e a verdade é que os nossos olhos atónitos e, depois, embaciados pelo emaravilhamento, puderam contemplar algumas moedas do tempo de Cristo).

Compõe-se da secção dos manuscritos; a secção dos livros impressos -- a partir de Gutenberg; e a das medalhas e das moedas, uma das maiores do mundo (com “algumas moedas do tempo de Cristo")

“Temos também um Gabinete Gráfico onde estão obras em papel que contém desenhos do Miguel Angelo, do Bernini, do Durer, de todos os grandes vultos enfim, da tradição ocidental até ao presente, porque continuamos a receber doações”, refere José Tolentino. “E em breve (pausa feliz) vamos acolher uma grande doação portuguesa…”

Igualmente surpreendente foi saber também que uma das exposições do ano de 2020 inscritas na Biblioteca Apostólica, virá do Vaticano para Lisboa, pela Páscoa. Tratará de numismática, ocorrerá no Museu do Dinheiro e os seus responsáveis — uma equipa italiana, outra portuguesa – já meteram mãos à obra, após se terem encontrado em Roma. Ou seja, “o trabalho está em curso”. Um acontecimento.

4 Face a tudo o que aqui vejo e ouço, que observo ou leio, percebo que dizer nobremente ou solenemente “missão”, nem sequer será suficiente. Ou exacto. Não chega. E mesmo se o próprio “guardião” escolhe esta mesmíssima palavra “missão”, o substantivo ficará sempre aquém. Quem cá vier que discorde… Mas eis o guardião a continuar a viagem pelo mundo que guarda:

“A Biblioteca e o Arquivo têm grandes missões: preservar este mar imenso de documentos e tesouros o que constitui em si um desafio enorme, complexo. O tempo é grande inimigo do papel, de livros, é preciso nunca descurar a procura do acondicionamento necessário, o melhor para cada documento em questão. Depois, quer a Biblioteca quer o Arquivo, têm laboratórios de restauro que estão continuamente, hora após hora, dia após dia, entregues ao restauro de tudo isto e mais seria preciso fazer para os manter capazes de passar a próxima geração e às vindouras… Um grande trabalho de preservação e segurança deste ‘mundo’ à nossa guarda, ameaçado pelo fogo, pela água, pelas pessoas, pela poluição, pelos vermes, pelo próprio tempo… E pelo próprio livro porque muitos deles, por exemplo, foram feitos com agrafos de ferro e isso também acaba por corroer. Enfim…” (Um “enfim” onde nos pareceu ouvir escorrer a água da eternidade).

É impossível contar a história da Europa, a aventura que foi fundar a Europa Moderna, desde a Idade Média... digamos, até à Revolução Francesa... Sim, é impossível “contá-la” sem passar pelo Arquivo Secreto

Para além das três tarefas principais — a conservação do espólio, os restauros, a abertura aos estudiosos –, há ainda as duas Escolas, uma no Arquivo, outra na Biblioteca Apostólica.

“E há evidentemente, todo o trabalho político porque a Biblioteca serve toda a colaboração do Papa Francisco com culturas de todos os povos e países. Neste momento por exemplo, temos mais de cinquenta exposições previstas para este ano, em que emprestamos manuscritos, volumes impressos, gravuras, moedas, medalhas que fazem parte do nosso espólio e nesse sentido, uma das minhas actividades é também o contacto com as embaixadas. Ainda hoje vou receber o embaixador da Mongólia. Da Mongólia, veja lá…”

Trabalhos de Hércules. Mas José Tolentino sorri, como os guardiões apaixonados que nada intimida:

“Na Biblioteca há 80.000 manuscritos o que faz dela a maior do mundo em manuscritos. Contabilizámos um milhão e meio de livros impressos até ao século XVIII e somos também uma das maiores bibliotecas do mundo em Livro Antigo. Termos mais de oitenta quilómetros de volumes que vocês irão ver… E em relação ao Arquivo Secreto é assim… (pausa) É impossível contar a história da Europa, a aventura que foi fundar a Europa Moderna, desde a Idade Média… digamos, até à Revolução Francesa… Sim, é impossível “contá-la” sem passar pelo Arquivo Secreto. Temos informação não só da Europa, mas de todos os países do resto do mundo. Desde o índios que escrevem ao Papa numa casca de bétula até aos chineses, os mundos do Extremo Oriente cujos primeiros contactos com a Europa foram através dos Papas, é absolutamente impossível contar o que foram esses mundos ou pensar, estudar, organizar essas sequências de acontecimentos, essa História, sem passar por aqui. “

Justamente: e quem pode passar por “ali”?

5 Francisco “quer a Biblioteca e o Arquivo abertos a todos os estudiosos do mundo”:

“E esta é a Biblioteca do Papa e este é o Arquivo do Papa”, situa Tolentino quando aludimos à “identidade” de ambas instituições: “Pertencem ao Papa e dele exclusivamente dependem”. O próprio José Tolentino e as duas equipas que orienta e dirige reportam também directamente ao Chefe da Igreja, não carecendo de depender da Cúria Romana, nem ”despachando” perante ela.

E como se “passa” então por aqui? Quem eram aqueles privilegiados “estudiosos”, pergunto ao observar nalgumas salas o silêncio imóvel e as cabeças curvadas de homens e mulheres sobre papéis abertos nas mesas a que se sentavam.

A Biblioteca do Vaticano que guarda alguns dos maiores tesouros da humanidade

Universal Images Group via Getty

“A única condição é possuírem os requisitos académicos para poderem utilizar, entender, manusear os documentos. De resto, isto está aberto a todos. A todas as religiões, aos homens e mulheres de todas as raças e lugares. Quanto ao Arquivo, como todos os arquivos nacionais, tem um período de abertura. Agora, por exemplo, estamos a trabalhar para a abertura do Arquivo de Pio XII, que vem até 1958 e será aberto na Primavera do próximo ano, muito provavelmente em Março. Trata-se de um acontecimento excepcional, já está a sê-lo, aliás, pois temos dezenas e dezenas de pedidos de acreditação! Ainda hoje de manhã recebemos o pedido da Comunidade Hebraica de Roma, para a qual o Arquivo é precioso para o conhecimento da questão da segunda Guerra Mundial, a relação com os judeus… No fundo para se entender todo o mundo contemporâneo.”

6 Tanto Nicolau V, como Xisto V, os dois Papas fundadores da Biblioteca Apostólica, decidiram que ela não versaria apenas material teológico nem seria só um repositório das Ciências Sagradas mas possuiria um “carácter Universal”:

“Ambos os Papas queriam que a Biblioteca abarcasse tudo o que era humano e por isso ela é variadíssima e riquíssima em medicina, astronomia, arquitectura, botânica, ciências, humanidades, organizadas em secções: a dos manuscritos; a dos livros impressos — a partir de Gutenberg.

Novo assombro com a travessia da Biblioteca de Pedra, baptizada de “Galeria Lapidária”.

(E não, não se julgue este texto demasiado empolgado. Seria apressado e sobretudo injusto. Afinal estamos num dos maiores, senão o maior templo do saber do mundo, que hão-de as palavras fazer senão servir o templo? )

Voltando à Galeria Lapidária: é lá que estão reunidas as lápides — cristãs e pagãs – dos primeiros séculos. Um local extraordinário. Ver para crer. Um conjunto vastíssimo de pedras, de vários tamanhos, formas e volumes: “São exemplares únicos pela sua qualidade, quantidade e raridade”, explica-nos Tolentino e… quase não seria preciso fazê-lo, o esplendor do lugar impõe-se por si (e foi-nos muito difícil sair de lá, o que teria apetecido era continuar naquela Galeria por mais um bom bocado da nossa vida). Mas já o nosso guia nos leva com ele, predisposto a apresentar-nos novos tesouros.

"Existe também toda a correspondência mantida com os Papas por todos os núncios que estiveram no nosso país, o que significa um excepcional manancial de informação qualificadíssima, em todos aqueles volumes... Estou a dar exemplos de tesouros portugueses mas poderia falar do mundo, de todo o mundo...”

“Iremos ver um dos livros mais antigos editados em Portugal, que era o vade mecum das navegações portuguesas, o “Tratado de Marinhagem”; temos connosco o Cancioneiro da Literatura Galaico-Portuguesa, o mais antigo que existe é o da Ajuda mas logo a seguir, quase da mesma época, temos o Cancioneiro do Vaticano… Existe também toda a correspondência mantida com os Papas por todos os núncios que estiveram no nosso país, o que significa um excepcional manancial de informação qualificadíssima em todos aqueles volumes… Estou a dar exemplos de tesouros portugueses mas poderia falar do mundo, de todo o mundo…”

“Poderia falar de todo o mundo”, disse ele, e de novo sem sombra de pompa ou privilégio. Sim, “todo o mundo” ou a quase vertiginosa dimensão de tudo aquilo.

Por isso também de novo pergunto a José Tolentino que diz ele a ele próprio, como se olha a si mesmo, ali dentro?

“A vida, através de Deus, deu-me infinitamente mais do que alguma vez pude sonhar.”

7 José Tolentino Mendonça vive em Roma numa residência que o Papa destina aos seus Bispos, fora do Estado do Vaticano, mas ali bem perto, a dois passos do seu ofício de bibliotecário e arquivista.

Está no Vaticano até às 18 horas todos os dias e, daí em diante, o “tempo é mais ou menos seu”: lê, estuda, escreve a sua coluna diária para o “L’Avvenire”*, colabora em diversas publicações, acode a mil solicitações, sendo a sua presença constantemente requisitada por instituições, universidades, embaixadas, estudiosos. Uma agenda sempre fechada mas que a sua generosidade vai também sempre abrindo. Como hoje, connosco. Como ontem ou como amanhã, com outros.

"A almoçar na Casa de Santa Marta, residência do Papa Francisco, onde o Chefe da Igreja católica também estava a almoçar: a regra é ninguém se levantar ou ir cumprimentá-lo

O Bispo Tolentino toma as suas refeições na casa onde habita mas pode também almoçar na Casa de Santa Marta, residência do Papa Francisco e foi lá que nos levou no dia em que o visitámos. Recordo-me de ter estranhado esta morada para uma refeição de três estrangeiros tão anonimamente leigos quanto nós ali, mas… o “ cicerone” nem pestanejou: o almoço era lá. E também não pestanejou, apenas sorriu, face ao nosso súbito atabalhoamento quando, ao entrar na casa de jantar da Casa, nos apercebemos de um vulto branco, alto, sentado de costas, numa mesa mais recatada, numa reentrância da mesma sala.

“Sim, é o Papa” diz-nos simplesmente José Tolentino. Almoça sempre aqui, naquela mesa, com alguns cardeais”. Pausa: “E só há uma regra: ninguém o cumprimenta, ninguém se levanta quando ele entra ou sai, ninguém o aborda. Francisco quer ser mais um, entre os outros que aqui estão”.

E foi assim que, quando o Papa, terminado o seu almoço, se levantou e dirigiu à porta para sair, ninguém se mexeu, nem se ouviu um som, nem se arrastaram cadeiras. Era mais um comensal a sair da mesa, mesmo que o não fosse. Francisco igual a Francisco.

Mas… e que dizer agora? Se a visita à Biblioteca Apostólica e ao Arquivo Secreto fora um inesperadíssimo, raríssimo privilégio, que dizer do inesperadíssimo e raríssimo privilégio de um almoço a dez metros do Papa Francisco, na “sua” casa de jantar?

“Sim, é o Papa” diz-nos simplesmente José Tolentino. Almoça sempre aqui, naquela mesa, com alguns cardeais”. Pausa: “E só há uma regra: ninguém o cumprimenta, ninguém se levanta quando ele entra ou sai, ninguém o aborda. Francisco quer ser mais um, entre os outros que aqui estão”

8 Despedida sob um céu azulíssimo, com Roma, naquela tarde de Maio, estampada contra ciprestes e cúpulas e nós, subitamente, meio desamparados face à antecipada certeza de termos vivido uma dádiva irrepetível.

José Tolentino Mendonça regressa a sua casa, fora do Estado do Vaticano. Regressa de certo modo a si próprio e ao espaço de silêncio que lhe é vital e onde fala com Deus sem ninguém ouvir. Estão só os dois. Escreve, reza, lê, volta à sua poesia. E conversa com Deus, não se imagina sem isso. É o que o inspira, o alimenta. O que o define, a bem dizer. E o que no-lo explica, a nós, se é que algumas coisas têm explicação.

A hora a que me lêem, este grande Amigo, um sacerdote que conheço bem, com quem tantas vezes colaborei e muito falei, com quem vivi alguns momentos de difícil definição — como a Páscoa de 2016, por exemplo, ou a celebração de mais uma sessão do “Pátio dos Gentios”, em Guimarães, onde, a seu convite, me coube apresentar o Cardeal Ravasi, as “Conversas sobre Deus” na Capela do Rato, e tantas outras coisas — já terá sido elevado a Cardeal da Cúria Romana. Naquele dia de Primavera em Roma era ainda Arcebispo, mas não falámos nisso. Voltei a encontrá-lo por puro acaso, há um mês, num Carmelo, em Fátima. Estava acompanhado de Luís Miguel Cintra e foi uma festa. E hoje estarei em Roma, porque se ele fosse receber um grande prémio de Cultura eu estaria lá, certamente, assim estarei em S. Pedro. E mesmo que não o veja senão ao longe, a festa será bem maior. Ambos sabemos isso.

*Um caso de inteligência o “L’Avvenire”: de inspiração católica, fundado em 1968 por impulso do Papa Paulo VI, está em sexto lugar entre os diários italianos. O seu enorme respeito pela doutrina católica vai de par com a autonomia que pratica face à Hierarquia. Os seus fundadores não teriam gostado que ele fosse apenas mais um Observatore Romano. O tempo deu-lhes razão.

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